A Família Cullen

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P.O.V. Alec.

Assim que chegamos ao apartamento da híbrida topamos com Edward e Isabella Cullen. E os dois nos olhavam com seus olhinhos dourados cheios de julgamentos especialmente porque eu carregava a garota que estava completamente bêbada.

-O que vocês fizeram com a minha filha?!- Ouvi Bella gritar indignada.

-Nada. Trouxemos ela para casa depois de ter ficado bêbada.- Respondi friamente.

A híbrida ficou em pé, mas por pouco.

-O que aconteceu com você? Olha o seu estado minha filha.- De repente Isabella fez uma careta, uma cara de dor.

-Isso é cheiro de sangue. Sangue humano e está fresco.- Disse a mãe.

-Oh, olha se não é polícia da moralidade. Sim, eu afundei as minhas presas no pescoço de uma humana cujo nome eu não sei e nem quero saber, eu bebi o sangue dela e EU ADOREI! Eu enchi a cara e beijei um Volturi e dai? Você não é ninguém para me recriminar. Nenhum de vocês dois é!- Disse a híbrida mal ficando em pé, ela falava arrastado e apontava o dedo para os pais.

P.O.V. Edward.

Vendo a minha filha completamente embriagada, com sangue humano fresco escorrendo pela boca. Mal ficando em pé eu me sinto culpado. 

-Ótimo! Porque a culpa é sua mesmo. Sua e da vadia da sua mulher!- Renesmee gritou.

-Não fale assim da sua mãe!- Eu a recriminei.

-E porque não? Vocês, vocês dois nunca me falaram nada. Deixaram eu dormir com ele, deixaram ele tirar a minha virgindade! Vocês me venderam como se eu fosse um cavalo para aquele cão sarnento me montar sempre que ele quisesse! E vocês nem me venderam, me deram de brinde!- Gritou a minha filha.

Ela está falando é claro do imprinting. Apesar de desde muito jovem ela saber que dividia uma conexão especial com Jacob, ela não sabia sobre o imprinting. Ela só ficou sabendo depois que os dois ficaram juntos, depois de ter se entregado e como alguém que sempre desejou ter a sua primeira vez com alguém que realmente a amasse e a quem ela realmente a amasse minha filha se revoltou depois disso. Eu ainda posso ouvir o som do grito dela. Foi um grito de pura fúria. Posso ouvir seus pensamentos ela sentiu usada, traída, enganada. Naquele mesmo dia depois de ter partido para cima de Jacob e batido nele até quase matá-lo, Renesmee fez as malas chorando entrou num Uber e foi embora gritando que nunca mais iria voltar.

-Isso não é verdade e você sabe disso.- Falei.

-Sei? Eis o que eu sei, vocês sabiam sobre o maldito imprinting o tempo todo! Sabiam e não tiveram a decência de me contar. Eu me lembro de ter A Conversa com a mamãe e contar a ela o que eu planejava fazer e mesmo sabendo que eu ia dar para ele... ela não falou nada! Só cruzou os braços e deixou aquilo acontecer! Vocês me traíram! Escolheram um lado e não foi o meu!- Esbravejou a minha filha.

Posso ouvir os pensamentos dela e em momento algum ela mentiu sobre o que disse ou como se sente. Ela nos odeia profundamente, nos culpa pelo o que aconteceu. Tanto que nos expulsou de seu apartamento. Não há como debater com ela neste estado então achamos melhor deixar isso para amanhã.

P.O.V. Alec.

A híbrida expulsou os pais de seu apartamento e então cambaleou até o banheiro onde eu ouvi o chuveiro ser ligado, alguns minutos depois o som do chuveiro parou e... eu a ouvi chorar. Ela ficou lá dentro por quase vinte minutos antes de sair. Lavou o rosto antes disso eu ouvi o som da torneira. Então ela saiu vestida, usava uma blusa henley azul e com os cabelos molhados. A garota ficou sentada na cama por um bom tempo, os olhos castanhos encarando o nada.

Ela parecia distante e cansada, então a contra gosto se levantou e secou os cabelos com secador de qualquer jeito sem se importar com a aparência

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Ela parecia distante e cansada, então a contra gosto se levantou e secou os cabelos com secador de qualquer jeito sem se importar com a aparência. Uma vez que o cabelo ficou seco, a híbrida caiu na cama e não levantou mais. Dormiu um sono pesado com direito a roncos e baba no travesseiro.

Quando a híbrida finalmente acordou começamos a conversar.

-Problemas no paraíso?- Questionei.

Ela respirou fundo antes de responder.

-Assuntos de família são... complicados. Amo meus pais, mesmo quando os odeio.- Disse Renesmee.

Começamos a conversar, falar sobre nossas famílias e eu não tinha muito a dizer não me lembro dos meus pais. Só sei seus nomes porque eles estão escritos num dos livros de registro do Clã Volturi. Por algum motivo o Mestre Aro mantém registros, verdadeiras árvores genealógicas de todos os novos membros da guarda. E quando contei isso á Renesmee sua resposta me surpreendeu.

-Inteligente. Sabe, meu avô tem uma teoria sobre porque alguns vampiros são dotados de poderes especiais e outros não. Ele acha que tem a ver com genética, mutação. De acordo com ele o Poder sempre esteve lá, a transformação só... o ativou. E faz sentido quero dizer, ambos os meus pais são dotados e eu nasci com meu Poder de transmitir imagens e emoções com um toque.- Disse a garota.- Até onde eu sei só eu posso penetrar o escudo da minha mãe e ai... vieram as outras coisas.

Outras coisas. Sim, eu me lembro do que ela fez com a humana na festa.

-Por outras coisas você quer dizer...

-A telepatia, o escudo e outra coisa. Algo que para mim é um Poder bastante... ruim.- Disse Renesmee.

-Que poder?- Perguntei.

-Este dom é uma maldição, com uma palavra te levo á escravidão. Se eu continuar usando tenho medo do que vou virar. Mas, a coisa é que.. uma vez que você deixa a escuridão entrar... não tem mais volta. Meu avô me examinou e provou que sua teoria estava certa. Ele examinou meu código genético. Sou uma mutante. Portadora do gene Z, igual a você e a Jane.- Disse a híbrida.

Ela não respondeu a minha pergunta, mas continuamos a conversar e ela falou muito. Revelou muitas coisas sobre as pesquisas de Carslile, sobre as cobaias utilizadas e a maneira como ele classificou as mutações. Zeta, Alfa e Ômega sendo os Ômega os tipos mais raros e poderosos de mutantes.

-E de que tipo você é?- Indaguei.

-Do tipo que é capaz de destruição em larga escala. Capaz de controlar energia, a matéria e as mentes alheias. Projeção, indução, alterar, implantar e apagar memórias. Eu não queria, não quero ser assim... nem sempre consigo controlar quando fico com raiva as coisas acabam mal.- Disse a garota.

Então ela contou que seus poderes foram completamente ativados quando ela tinha sete anos após ter sofrido um acidente de carro que matou sua melhor amiga humana e os pais dela.

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⏰ Última atualização: Oct 26 ⏰

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