O salão, que até então estava imerso na música de Fátima, foi tomado por um silêncio pesado. Fátima parou de tocar, as mãos ainda pairando sobre as teclas, e olhou para ele, atônita. O público, confuso e desconfortável, não sabia como reagir.
Diana, por outro lado, avançou de imediato, seus olhos queimando de fúria.
— Quem você pensa que é para falar assim com ela? — Diana respondeu, firme, se colocando entre Fátima e Robson. — Ela não precisa da sua permissão para nada, muito menos para brilhar! Você não vai falar com ela desse jeito.
Robson olhou para Diana com desdém, mas antes que pudesse responder, Viola também interveio, a postura autoritária e intransigente.
— Aqui no Voilà Violeta, tratamos todos com respeito, Robaln. Você sabe muito bem disso. E a Fátima é nossa convidada de honra essa noite. Se você não está disposto a respeitar isso, é melhor sair.
O clima estava tenso, o público observava a cena, aguardando o desfecho. Fátima, apesar de abalada pela intervenção abrupta de Robson, encontrou força nos olhares de Diana e Viola. Ela sabia que não estava sozinha.
Robson, em um acesso de raiva, ignorou as palavras de Diana e Viola, e continuou com seus insultos.
— Você não manda em nada, Diana! — ele vociferou, avançando na direção dela. — E você, Viola, pode ser minha chefe, mas aqui quem resolve sou eu! — a voz dele ecoava pelo salão, atraindo olhares cada vez mais atentos e preocupados.
Viola, séria e firme, deu um passo à frente, deixando claro que não seria intimidada.
— Robson, é melhor parar por aqui. Isso não é aceitável de maneira alguma, e se você não mudar o seu comportamento agora, essa pode ser sua última noite no Voilà Violeta — a voz de Viola carregava autoridade. — Eu não vou permitir que você trate Fátima ou qualquer outra mulher desse jeito. Você está fora de si!
Robson bufou, ignorando completamente a advertência, e voltou a disparar palavras duras contra Fátima.
— Você acha que pode fazer o que quiser agora, não é? Sempre se achando talentosa, a especial! — Ele se virou para Fátima, o rosto deformado pela raiva. — Olha só pra você, ridícula! Nem sei por que me casei com você!
A tensão no ar era palpável, e o público assistia em um misto de incredulidade e desconforto. Fátima, devastada pelas palavras cruéis, permaneceu em silêncio, sua expressão marcada pelo choque e a dor, mas Diana não ia deixar isso passar.
— Já chega, Robson! Você não vai falar assim com ela! — Diana se colocou mais uma vez entre os dois, os olhos faiscando de indignação. — E você acha que vai me intimidar também? Pode tentar, mas eu não vou sair do seu caminho.
Nesse momento, Robson deu um passo ameaçador na direção de Diana, e a sala congelou. O ar ficou pesado, todos aguardando o que viria a seguir. Viola se aproximou novamente, pronta para intervir, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Hugo apareceu de repente, os olhos em chamas, interrompendo a tensão.
— Você é louco, Robson? — Hugo gritou, sua voz cheia de indignação. Ele avançou rapidamente, se colocando entre Diana e Robson. — Tá pensando que vai fazer o quê? Bater na minha mulher? É isso? — a sua voz era grave, carregada de fúria.
Diana ficou em choque, surpresa pela presença de Hugo. Ela não fazia ideia de que ele já tinha voltado, e o fato de ele ter chegado sem avisar e já se envolver diretamente na situação a deixou momentaneamente sem palavras.
Robson, em meio aos seus gritos e insultos, mal percebeu quando Viola, firme e autoritária, se aproximou ainda mais. O salão todo assistia em silêncio, esperando a resposta definitiva da chefia.
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Querida Vizinha - Diana & Fátima
RomantikEm um condomínio onde as aparências enganam, Diana e Fátima, duas mulheres em casamentos tóxicos, descobrem uma conexão inesperada ao se ajudarem a enfrentar seus medos e inseguranças. Enquanto lidam com maridos possessivos e ciúmes, elas se veem em...