3° Lili, Gabriel e Alex.

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**Alex**

Madame e eu já estávamos cavalgando por muito tempo no meio da mata. A chuva grossa caia incessantemente, mas não posso parar, a uma hora dessas já viram os estragos que eu fiz.

- TA MUITO LONGE? – grito por causa do barulho.

- Não, está mais pra frente.

Obriguei madame me mostrar o local exato que a menina caiu. Percorremos uma longa trilha por quase a noite inteira até chegar em barro.

A mulher observou bem o local, aponta para o desfiladeiro que a filha caiu, mas não tinha ninguém, nem sinal da garota em nenhum canto.

- Você está me enganando! – aperto o pescoço dela.

- Acha mesmo que ela viva ficaria no mesmo local por dias desde quando caiu? Lógico que fugiu! – diz apressada – E tomara que tenha ido pra bem longe...

- Tem razão. – tiro as mãos do pescoço da mulher.

E agora? Será que esqueço a moça e tento fazer oque quero só com a mãe? E se der errado e a filha retorna ao seu posto? Se recusarem o resgate depois disso?

Mesmo que eu queira ir atrás da garota, não faço a menor ideia de onde esteja, demoraria dias...

Olho para a floresta escura, tudo chuvoso e só com som de folhas e insetos. Comecei a galopar em direção da mata sem nem saber direito oque estou querendo fazer.

- Agora somos só nós dois! Espero que a Madame me faça lucrar muito! – Falo irritado.

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**Narrador**

(Mais de 20 dias depois...)

Lili está agachada na beira do riacho dando seu melhor para lavar alguns dos vários uniformes e fardas dos homens que estão lutando na guerra. Junto dela têm muitas outras mulheres do vilarejo fazendo a mesma coisa.

A beleza da jovem moça que nem se quer viu um pedaço de sabão pra lavar roupa se misturava em meio as manchas de sujeira no seu rosto e corpo. Para as mulheres mais experientes a sua presença nada mais estava sendo como inútil por mais que as pontas macias de seus dedos nunca trabalhados estivessem vermelhos pelos esforços.

- Eu quero sair deste lugar... – fala pra si mesma – Quero minha casa... Minha família... – Esfrega.

As mulheres que estavam perto riem do seu murmuro.

- Quer voltar pro seu palácio real!? OH minha rainha!! – debocha uma delas fazendo com que todas as outras também rissem.

Depois que as muitas mulheres lavaram as roupas dos soldados, ficaram por mais um tempo estendendo no varal. Quando terminaram foram colher legumes e outros vegetais para o jantar dos soldados, levaram para a grande cozinha em enormes cestos, lavaram e cortaram tudo. E assim já se aproximava do final do dia.

A garota cansada decide sair um pouco da cozinha e tomar ar fresco do lado de fora. A grande tenda foi improvisada para fazer de cozinha, assim as mulheres poderiam cozinhar para os soldados que chegam de batalhas cansados e feridos, também é um porto seguro para os moradores do vilarejo contra possíveis ataques dos inimigos.

Assim que Lili sai pra fora se ajoelhou no chão se derramando em lágrimas de desespero.

- Oque eu estou fazendo aqui?? – põe a mão na cabeça – Eu não aguento mais tanto trabalho!! Eu quero a minha CASAA!!

O povo que passava de um lado para o outro riem dela.

- Começou o espetáculo dramático de novo! – comenta um senhor.

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⏰ Última atualização: Oct 24 ⏰

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