Sob o Céu das Férias

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— AHHHHHHH! — gritei, jogando o celular na cama com um sorriso gigantesco no rosto. Eu mal podia acreditar no que estava vendo.

Do andar de baixo, ouvi passos apressados subindo as escadas. Em segundos, a porta do meu quarto foi aberta com força, e lá estavam minha mãe e Miguel, com os olhos arregalados, claramente preocupados.

— O que foi, Gabriel? — minha mãe perguntou, ofegante, como se estivesse pronta para lidar com algum desastre.

Miguel veio logo atrás dela, olhando para mim com as sobrancelhas arqueadas. — O que aconteceu? Você tá bem?

Eu apenas apontei para o celular, ainda sorrindo, e disse com a voz cheia de emoção:

— Tirei 9,5 em matemática!

Os dois se entreolharam por um segundo antes de correrem até mim. Minha mãe me abraçou forte.

— Meu Deus, filho, estou tão orgulhosa de você! — ela disse, me apertando.

Miguel soltou uma risada de alívio e bagunçou meu cabelo, me puxando para um abraço logo em seguida.

— Eu sabia que você ia arrasar! — disse ele, me olhando com aquele sorriso de sempre.

— 9,5, cara... Quase um dez! — repliquei, ainda sem acreditar.

Minha mãe, sempre prática, me soltou e deu um tapinha em minhas costas.

— Isso é o resultado de todo o esforço que você colocou. Eu disse que valeria a pena.

Miguel se encostou na mesa do meu quarto, balançando a cabeça como se estivesse saboreando a vitória junto comigo.

— A gente devia comemorar. Que tal a gente sair depois? — ele sugeriu.

Eu sorri, sentindo um alívio que há dias não experimentava.

— Sabe o que seria uma boa ideia? — falei, olhando para os dois com um sorriso malicioso. — Ir para a praia! O sol está lindo hoje, e depois de todo esse sufoco com as provas, eu mereço tomar um solzinho em comemoração a essa nota.

Minha mãe riu, cruzando os braços. — Só você mesmo pra pensar em praia nessa hora. Mas acho que você merece, sim.

Miguel deu de ombros, já animado com a ideia. — Concordo! Nada melhor que um bronzeado pra celebrar o gênio da matemática.

Eu ri, pegando minha toalha e já começando a arrumar a mochila. — Então tá combinado. Vamos pra praia!

Peguei minha mochila e joguei dentro dela uma garrafa de água, protetor solar e, claro, uma bola de vôlei. Miguel já estava no ritmo, vestindo uma camiseta e procurando o boné dele enquanto minha mãe assistia a cena, divertida.

— Só não voltem muito tarde, hein? — disse ela, rindo enquanto se apoiava na porta.

— Pode deixar, mãe! Vou só dar um mergulho e relaxar. Nada de loucuras, prometo — respondi, piscando para ela.

Miguel soltou uma risada, claramente duvidando da minha última frase. — Desde quando você sabe ser "calmo" na praia, Gabriel?

— Hoje é um dia especial, talvez eu surpreenda! — brinquei, já me dirigindo para a porta.

Saímos de casa em um ritmo descontraído, o calor do sol batendo no rosto e nos incentivando ainda mais a chegar logo na praia. Quando finalmente chegamos à orla, senti aquela brisa gostosa e o som das ondas acalmando minha mente. Era o lugar perfeito para comemorar.

— Aqui tá perfeito — falei, jogando a toalha na areia e tirando a camisa.

— Bom, se vamos celebrar, que seja com estilo. Vamos jogar uma partida? — Miguel sugeriu, pegando a bola de vôlei e girando-a nas mãos.

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