A semana de provas chegou como um vendaval, trazendo com. ela o estresse habitual e a ansiedade de todos os alunos. O primeiro ano do ensino médio estava quase no fim, e todos estavam ansiosos pelas férias que se aproximavam. Com as provas finais batendo à porta, eu sabia que precisava de todo o foco possível. Estava em casa, cercado por pilhas de livros e folhas de anotações. O sol da tarde entrava pela janela, iluminando meu quarto, mas não era o suficiente para afastar a pressão que eu sentia. Decidi que era hora de chamar Miguel para estudar comigo. Desde que nos aproximamos, ele se tornou não apenas meu rival no vôlei, mas também um amigo inesperado.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem rápida:
Gabriel
Ei, Miguel! Que tal vir estudar comigo? Precisamos passar nessas provas.Depois de alguns minutos, meu celular vibrou com a resposta.
M❤️
Claro! Estou a caminho.Quando Miguel chegou, ele parecia relaxado, com um sorriso no rosto que sempre me deixava em um estado misto de nervosismo e empolgação.
— Então, pronto para estudar? — ele perguntou, enquanto se jogava no meu sofá, como se estivesse em casa.
— Mais ou menos — respondi, tentando esconder a ansiedade. — Estou mais preocupado com matemática do que com qualquer outra coisa.
— Matemática é fácil! O truque é entender os conceitos. — Miguel se levantou e pegou meu livro. — Vamos lá, me mostre o que você está tendo dificuldade.
Sentamos lado a lado no sofá, e ele começou a me explicar alguns problemas. A cada explicação, a química entre nós parecia crescer. Eu me perdia em seus olhos, ouvindo sua voz, e era difícil não me distrair. A tensão que havia entre nós anteriormente se transformou em um conforto que eu não esperava.
— Olha, Gabriel, é só usar essa fórmula aqui — ele disse, apontando para um exemplo. — Se você entender isso, vai se sair bem na prova.
— Você realmente sabe tudo, não é? — brinquei, tentando aliviar a tensão que estava começando a se formar.
— Só o suficiente para te ajudar a passar — ele respondeu, um sorriso provocativo no rosto.
Após algumas horas de estudo, decidimos fazer uma pausa. Miguel se espreguiçou e olhou para mim, sua expressão era de diversão.
— E se a gente fizesse um pequeno desafio de perguntas? Um quiz sobre a matéria? — sugeriu ele, com um brilho nos olhos.
— Quiz? Isso é só para você me vencer de novo? — respondi, cético.
— Não, é para ver quem vai ter o direito de escolher a próxima rodada de estudos. O perdedor estuda o que o vencedor quiser.
— E se eu ganhar? — perguntei, curiosidade tomando conta.
— Então você pode escolher o que quiser, mas tem que me prometer que não vai me beliscar de novo — ele disse, rindo.
— Ah, isso pode ser difícil — respondi, rindo junto com ele.
Decidimos começar o quiz, as perguntas começaram a fluir, e a competição se intensificou rapidamente. Ríamos e provocávamos um ao outro a cada resposta correta ou errada. O clima estava leve, e a pressão das provas parecia desaparecer por um momento.
— Ok, última pergunta — disse Miguel, enquanto nós dois estávamos praticamente em um empate.
— Estou pronto — respondi, com um sorriso.
— Qual é a fórmula da área de um triângulo? — ele perguntou, desafiador.
— Fácil! É base vezes altura dividido por dois! — gritei, sentindo uma onda de confiança.
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Além da Rede
Ficção AdolescenteGabriel é o capitão de um time universitário de vôlei e está focado em levar sua equipe ao topo do campeonato estadual. Tudo parecia estar sob controle até ele conhecer Miguel, o capitão do time adversário. A princípio, é apenas uma rivalidade dentr...