capítulo 3

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Haruchiyo Sanzu estava na cozinha da mansão, a luz suave do luar filtrando-se pelas janelas e criando sombras dançantes ao seu redor. O cheiro do cigarro de maconha pairava no ar, misturando-se com a leve fumaça que ainda saía do isqueiro que ele acabara de usar. Com os músculos bem definidos à mostra, seu torso exibia tanto cicatrizes antigas — testemunhos de batalhas passadas — quanto novas, marca de uma vida repleta de conflitos. Sanzu sempre foi um homem que carregava em seu corpo a história de sua lealdade e sua brutalidade.

A tranquilidade daquela madrugada foi quebrada pelo som sutil de passos cautelosos, quase como um sussurro contra o chão de madeira da cozinha. Com seu instinto afiado, ele virou-se lentamente, os sentidos alertas. Os músculos de seu corpo se contraíram, mas ao perceber a figura familiar, seus olhos se suavizaram.

Ayame, a princesa da Bonten, apareceu à porta da cozinha, envolta em uma camisola clara que caía suavemente sobre sua pele. A estampa de um coelho contrastava com a seriedade do ambiente, trazendo uma inocência quase imprópria para o mundo violento que a cercava. Seus olhos brilhavam sob a luz da lua, expressando uma mistura de surpresa e apreensão ao se deparar com Sanzu naquela condição.

Por um momento, ela congelou no lugar, um retrato de confusão e curiosidade. O coração dela batia acelerado, pois a imagem de Sanzu, tão imponente e vulnerável ao mesmo tempo, a fazia sentir uma mistura de emoções que ela não conseguia controlar. O ar parecia mais denso entre eles, e a cozinha, que deveria ser um espaço de alegria e aconchego, tornou-se um cenário carregado de tensão e não-ditos.

— Você não deveria estar acordada a essa hora —  Sanzu comentou, sua voz rouca e baixa, como se estivesse se esforçando para manter a normalidade. Ele sabia que o que havia acontecido anteriormente na sala de tortura era uma parte sombria do mundo da Bonten, e agora, ao se deparar com Ayame, ele sentia o peso de suas ações.

Ela finalmente moveu-se, avançando alguns passos hesitantes até a mesa que separava os dois. O olhar dela se concentrava não apenas em seu corpo, mas nas cicatrizes que contavam histórias, transmitindo dor e sobrevivência. — E você? O que estava fazendo aqui, sem camisa? —  A curiosidade e a preocupação brilhavam em seus olhos.

Sanzu observou atentamente enquanto Ayame se aproximava, seu olhar percorrendo suas curvas suaves sob o tecido fino da camisola. Ele sabia que ela era delicada, uma princesa em um mundo de homens brutos. Mas ali, na quietude da madrugada, ele sentia que ela era o único pedaço de luz em sua vida escura.

Ele soltou uma risada sarcástica. — Eu não sou um príncipe encantado, princesa. Eu sou um assassino. — Seu olhar se deslocando para suas cicatrizes.

Ayame parecia hesitar, os dedos finos se apertando  com a barra da camisola enquanto olhava para ele, tentando encontrar as palavras certas. — Você… você não precisa fazer o que não  quer..—disse ela, e em seus olhos havia uma determinação que ele não esperava.

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