Steve Rogers é um órfão que trabalhou a vida toda pra se sustentar e de repente é acusado de assassinato onde acaba precisando da ajuda de uma das melhores advogadas do país.
durante esse processo ele acaba sentindo muito mais do que gratidão por su...
Bruce me pediu para encontrar com ele num centro gastronómico e imaginei que seria um almoço. Já que passava das 11:00.
Quando entrei e o vi sentado com uma mulher e uma mesa repleta de doces entendi o que estava acontecendo.
- Nat, minha vida! -- ele sorri amoroso até demais. - Olá..-- ri sem graça. - Esta é Kim. Ela vai nos apresentar opções de pratos salgados e doces pro casamento. - Não sabia que íamos começar os preparativos! -- olhei confusa. - Estamos noivos a tempo suficiente! - É um prazer conhecer você, Kim! -- num. Estalo me lembrei de comprimentar a mulher.
Me sentei e aproveitei pra comer bastante, tinha muita coisa gostosa, mas algumas coisas eram desnecessárias. Tipo caviar? Eu não sou muito fã, mas Bruce diz que precisamos ter caviar no prato do casamento.
De repente vi um número desconhecido, mas pelo código soube que era o telefone da penitenciária. Era o Steve.
Sorri e olhei pra Bruce pensando num jeito de sair dali.
- Com licença eu preciso atender! -- comecei a me levantar. - É um. Número desconhecido!-- Bruce se aproxima olhando a tela do meu celular. -- Pronto! -- disse pondo a mão na tela e desligando a chamada. - Hey! -- olhei brava -- porque fez isso?! - Não era importante. Se fosse seria um número salvo! -- Ele da de ombros.
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- Como você sabe? Nem sabe quem era!!! - E você sabe quem era?-- franziu o cenho. -- Por acaso é alguém que está sem nome de propósito? - Vou deixar vocês por um momento! -- Kim a recepcionista nos deixou provavelmente porque estava desconfortável.
Ameacei pegar o telefone em cima da mesa e rapidamente Bruce pegou meu antebraço segurando com força.
- Quem era? -- olhou dentro dos meus olhos, mas fala sussurrando. - Se deixasse eu atender, saberia responder sua pergunta! -- o encarei de volta. - Em casa nós vamos conversar! -- ele diz entre os dentes -- Kim?! Vamos continuar?!-- ele se levantou falando alto e tentando soar o mais simpático possível.
Me perguntei o que Steve queria conversar comigo. Dei meu telefone a poucos dias, talvez só esteja entediado, fico com pena porque ele só tem direito a uma ligação por dia e ele gastou ligando pra mim.
Como não atendi espero que deixem ele tentar novamente.
Experimentei muitos doces e adorei o sabor de vários, mas se alguém perguntar quais não vou saber responder, minha mente estava longe, cheia de devaneios envolvendo algo importante acontecendo na penitenciária.
Terminamos a degustação e Bruce e eu dirigíamos cada um seu carro até o escritório.
Meu celular estava conectado ao som do carro e quando vi que estava tocando atendi rapidamente.
- Alô! É... Senhora Natasha?!-- ele parecia estar com medo de falar. - Steve! Oi!-- sorri aliviada de conseguir atender seu telefonema. - Espero não estar te atrapalhando. - Não está! -- digo prestando atenção na estrada. -- me fala, do que precisa? - Preciso da.. de você!-- ele gagueja -- por conta do livro, eu queria ter alguém pra comentar sobre o livro. - Ótimo. Em que capítulo você está? - No 10. - Uuh é quando começa ficar bom..-- Conhecia bem o livro.
Era uma história sobre uma mulher Alemã que se apaixonou por um soldado americano durante a guerra. É assinado como ficção, mas não duvido que algo assim seja possível.
Uma mulher de um país frio e supostamente inimigo e um homem fiel a sua nação em missão de guerra se apaixonando perdidamente um pelo outro.
- Eu tenho uma teoria sobre a Janet. -- ele diz jogando um verde. Não vou dar nenhum spoiler sobre esse livro. - Hummm..-- o incentivei a continuar. - Acho que o pai dela é nazista ou ela é uma espiã.-- ele faz silêncio esperando minha reação. - Você tá viajando. -- fingi demência -- continua lendo e depois me liga. - Eu tenho que ir agora. Obrigado por me ouvir! -- era como se eu pudesse ouvir a gratidão em sua voz. - Não é nada. Quando eu chegar em casa vou até ler esse livro de novo. -- suspirei -- me deu saudades! - Até logo! Até a noite quando vamos estar lendo juntos! -- ele diz antes de desligar.
Sorri empolgada em voltar para aquela história, de um livro que eu gosto tanto. Steve foi um amor, olha o jeito que ele fala! Não tem condições desse cara ser um assassino.
Preciso investigar mais, preciso ajudar ele de algum jeito.
Fiz de tudo pra escapar das perguntas do Bruce e deixar a briguinha pra outro dia.
Quando finalmente consegui um tempo pra visitar o Steve numa quinta feira qualquer, me lembrei no meio do caminho que tinha que levar uma surpresa.
Comprei algo não tão convencional, mas sabia que era algo que ele não teria acesso estando preso.
Entrei na sala e esperei por ele. Quando ele entrou não pude evitar de notar os olhos marejados, a ponta do nariz levemente vermelha.
Ou Rogers estava resfriado ou andou chorando.
- Boa tarde! - Boa tarde.. -- o olhei nos olhos enquanto ele se sentava -- aconteceu alguma coisa? - Não, porque? - Parece que andou chorando. -- fiquei genuinamente preocupada. - Não é nada.. foi o..-- ele da um sorriso tímido. - O livro? Você terminou o livro?-- pergunto interessada., - Sim acabei de terminar. O final me deixou muito emocionado.. -- ele diz com o olhar distante provavelmente pensando em alguma parte do romance.
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- não posso te julgar, eu também chorei um pouco..-- dei de ombros. - Ver a Janet e o Rick se encontrando na Inglaterra depois de achar que eles nunca mais iam se ver..-- ele suspirou -- foi realmente comovente. - Já que gostou prometo trazer mais livros.. - O que trouxe hoje? -- ele perguntou tentando não parecer ansioso. - essa caixa de framboesas frescas. Sei que aqui tudo vem de uma lata e não comem muitas frutas frescas! - Acho que nem lembro a última vez que comi framboesas! -- ele sorri abrindo a caixa de papelão e comendo as frutas imediatamente. - Que bom que gostou! -- sorri de canto vendo ele aproveitando as frutinhas. - Eu nunca vou conseguir agradecer tudo o que faz por mim! -- ele me encarou com um brilho no olhar.. por um segundo achei que ele fosse chorar na minha frente. - Sou sua advogada. Não precisa agradecer...-- pus minha mão sobre a dele ques descansava sobre a mesa fria. - Você não é só minha advogada..-- ele virou a mão fazendo seus dedos envolverem os meus. -- Você é uma amiga se me permite te chamar assim.. - É claro..-- digo seria, mas concordo.
Não podia tirar meus olhos dos dele e o jeito que segurou minha mão fez meu coração acelerar. Por quê uma reação tão intensa?
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De repente o tempo parou e o brilho dos olhos do meu cliente me prendeu e o mais estranho de tudo é que ele também olhava fixamente pra mim.