Cap-19 (Eco de Passos)

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Era um dia cinzento e pesado na escola, e a atmosfera estava carregada com um misto de ansiedade e desconfiança. Safrah saiu da sala de aula, o eco dos passos dos colegas se perdendo na distância. O corredor estava vazio, mas algo a incomodava. Era uma sensação estranha, como se estivesse sendo observada. A mente dela girava com os eventos dos últimos dias, as mensagens misteriosas e a presença constante de Liar.

Assim que ela cruzou o pátio, um arrepio percorreu sua espinha. Ao longe, podia ver Jonh, que conversava com alguns amigos perto do antigo anfiteatro da escola. O anfiteatro, com suas escadas desgastadas e os bancos de madeira, sempre foi um lugar de refúgio para os alunos, um espaço para ensaios e apresentações. Mas agora, à luz da situação atual, parecia mais um palco para dramas ocultos.

Safrah: "Jonh! Espere!"

Ela apressou o passo, mas, antes de alcançá-lo, ouviu passos atrás de si. A respiração dela acelerou enquanto ela se virou rapidamente, mas não havia ninguém. O vazio do pátio a fez sentir-se ainda mais exposta. Desconcertada, voltou-se para Jonh, que a olhava com preocupação.

Jonh: "O que houve? Você parece pálida."

Safrah: "Sinto como se estivesse sendo seguida. Ouvi passos, mas não tinha ninguém atrás de mim."

Ele franziu a testa, ainda sem acreditar completamente nas palavras dela. Safrah não era do tipo que se deixava levar pela paranoia, mas algo a incomodava.

Jonh: "Talvez seja só sua imaginação. Com tudo o que está acontecendo, é normal ficar assim."

Antes que ela pudesse responder, o telefone de Jonh vibrou em seu bolso. Ele olhou para a tela e a expressão dele mudou instantaneamente. A chamada era de um número desconhecido.

Jonh: "É uma chamada anônima. Deixa eu atender."

Ele colocou o celular perto do ouvido, a expressão mudando rapidamente de curiosidade para preocupação. Safrah segurou a respiração enquanto esperava por qualquer sinal do que estava acontecendo.

Jonh: "Alô? O que você quer?"

Uma respiração pesada ecoou do outro lado, seguida por um sussurro quase inaudível.

Voz Anônima: "A verdade queima."

Jonh se afastou um pouco, a expressão de confusão agora misturada com medo. Ele desligou a chamada, olhando para Safrah com olhos arregalados.

Jonh: "Isso foi... estranho. O que será que isso significa?"

Safrah: "Talvez seja uma ameaça. Precisamos contar aos outros."

Juntos, eles se dirigiram para o anfiteatro. O espaço, normalmente vibrante e cheio de vida, agora estava envolto em um silêncio inquietante. As luzes do teto piscavam levemente, lançando sombras nas paredes de pedra. O lugar estava abandonado, exceto por algumas cadeiras empilhadas no canto e o palco, onde ensaios e apresentações costumavam acontecer.

Assim que entraram, o cheiro de madeira envelhecida e poeira tomou conta do ar. Os bancos de madeira rangiam sob o peso de seus passos, e a iluminação fraca fazia as sombras parecerem mais longas. O anfiteatro era um labirinto de assentos e escadas, com uma acústica natural que amplificava até os sussurros mais baixos.

Mellbell e Dan já estavam lá, conversando em voz baixa. Quando Safrah e Jonh se aproximaram, eles pararam abruptamente, como se houvessem falado de algo que não deveriam.

Safrah: "O que está acontecendo? Jonh recebeu uma chamada estranha e eu me senti seguida."

Dan olhou para Jonh, seu olhar sério.

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