Féerico

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"A palavra inglesa 'fairy' (fada), do francês antigo 'faerie' deriva do latim 'fata', traduzido como destino/fatalidade. Porém tão comum como o termo fada/feérico termos como 'o povo bom', 'bons vizinhos' ou Sidhe, que são parte da tradição religiosa e mágica ligada à esses seres. Féericos são vários povos, podendo variar de gnomos e fadas até altos elfos e ninfas. Os alto elfos estão geralmente no topo do poder, servindo apenas aos seus deuses, às suas próprias leis e regras. Acredita-se que Féericos vieram de outro plano dimensional, e por algum motivo estão no nosso, mas esse motivo é desconhecido."

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Harry acordou cedo na manhã seguinte.

A luz entrando pela janela e aquecendo sua face, o fazendo lembrar do que aconteceu na noite anterior e o fazendo abrir um pequeno sorruso. No entanto, esse sorriso logo desapareceu, porque o medo de encarar a realidade e descobrir que tudo foi um sonho era a pior coisa do mundo. Significaria que ele não era uma criatura mágica coisa alguma, e nem que ele tinha sido salvo por seu padrinho e um homem gigante para a escola de Hogwarts. Um sonho significava que era apenas mais um dia comum, que ele estava em baixo da escada e que o calor em seu rosto era apenas pelo abafado e não por causa do sol.

A decepção era uma das maiores armas para destruir o coração de alguém, especialmente uma criança.

"Foi um sonho", disse a si mesmo com firmeza. "Sonhei que um gigante chamado Rubius Hagrid veio me dizer que eu ia para uma escola mágica. Sonhei que um homem que se dizia meu padrinho estava com ele, e que ele só não apareceu antes por causa de um erro muito grave. Quando abrir os olhos estarei em casa no meu armário."

De repente ouviu um ruído alto de batidas.

"É a tia Petúnia batendo na porta", pensou Harry, desanimando. Mas, ainda assim, não abriu os olhos. Tinha sido um sonho tão bom.

Tac. Tac. Tac.

– Está bem – resmungou Harry. – Já estou levantando.

Sentou-se e o pesado casaco de Hagrid escorregou de seu corpo. O casebre estava inundado de sol, a tempestade passara, o próprio Hagrid estava dormindo no sofá desmontado e havia uma coruja batendo com a garra na janela, trazendo um jornal no bico.

O cheiro delicioso de bacon na manteiga encheu o lugar, e Harry ergueu-se num pulo. Feliz, tão feliz que era como se um balão estivesse crescendo dentro do seu peito, pedindo para voar longe e bem alto.

– Harry, pode abrir a janela para a coruja? – A voz de Sirius veio da cozinha.

Harry foi direto à janela e abriu-a com um puxão. A coruja entrou voando e deixou cair o jornal em cima de Hagrid, que nem acordou. A coruja então voou pelo chão e começou a atacar o casaco do gigante Hagrid.

– Não faça isso.

Harry tentou espantar a coruja, mas ela o ameaçou com o bico e continuou a atacar ferozmente o casaco.

– Hagrid! – chamou Harry em voz alta. – Tem uma coruja...

– Pague a ela – resmungou Hagrid dentro do sofá.

– Quê?

– Ela quer receber o pagamento pela entrega do jornal. Procure nos bolsos.

O casaco de Hagrid parecia ser feito só de bolsos – molhos de chaves, fichas de metal, rolinhos de barbante, balas de hortelã, saquinhos de chá... e, finalmente, Harry puxou um punhado de moedas estranhas.

Hogwarts: Escola mágica para criaturasOnde histórias criam vida. Descubra agora