Aranhaverso - Multiverso da dor de cabeça.

Lado cômico.

Ola pessoal, mais um capítulo para vocês.
Obrigada a todos que estiverem lendo e peço que não esqueçam de deixar o seu gostei. 🥀

Agora bora para o capítulo.

🚫

🕸️Miguel🕸️

Acordei com o som da chuva batendo contra a janela, cada gota ecoando como um metrônomo irregular. Abri os olhos lentamente, sentindo a cortina balançando suavemente.

Forcei-me a levantar, mas meu corpo parecia tão pesado quanto se tivesse sido atropelado por um trem. No mesmo instante meus braços perderam as forças e tombei de volta no sofá.

- Droga - exclamei, percebendo que estava sem a máscara, deitado sob uma manta quente.

Isso não era obra da Alchemax; se fosse, eu já estaria preso em uma gaiola ou com uma focinheira.

Tentei recordar os últimos acontecimentos: Deadpool, o tranquilizante, a Alchemax...

Espere, Deadpool?

Com um esforço, olhei ao redor da sala, usando minha super audição para captar qualquer som. Logo ouvi a familiar cantoria que vinha do banheiro. Aquela voz...

Não é que ele realmente me sequestrou.

Revirei os olhos e decidi me manter em silêncio, fingindo dormir enquanto a situação se desenrolava.

A porta do banheiro se abriu, e eu fechei rapidamente os olhos.

- Ainda dormindo? - a voz de Deadpool ecoou na sala, vibrante e cheia de energia. - Eu sei, eu sei. É como se ele estivesse me pedindo para agarrá-lo.

Houve um silêncio constrangedor, como se ele estivesse se debatendo entre o que fazer.

- Sim, sim, eu sou um anti-herói, mas não um assediador, isso é baixo até para mim... - ele disse para si mesmo.

Curioso, abri os olhos devagar, espiando por baixo das pálpebras. Deadpool estava em pé na entrada do banheiro, sua silhueta destacando-se contra a luz suave que filtrava pela porta entreaberta.

Ele estava de máscara, mas seminú, com apenas uma toalha enrolada na cintura, deixando o peito exposto.

O frasco de shampoo que segurava estava posicionado como se fosse um microfone.

- Acordou bela adormecida! - ele exclamou, como se eu tivesse perdido o maior espetáculo do mundo. - Estava começando a achar que você tinha ido para o além!

Forcei-me a abrir os olhos completamente, a realidade começando a se materializar ao meu redor. Tentei novamente me levantar, mas a sensação de peso ainda me impedia de agir

- Ei, calma aí, Aranha! O tranquilizante ainda está fazendo efeito! - Deadpool disse, quase pulando em minha direção.

- Você me drogou? - perguntei, quase ofegante.

A ideia de que Deadpool, o anti-herói mais insano do universo, havia me feito de cobaia para alguma de suas experiências alucinatórias não era exatamente reconfortante.

Ele se aproximou de mim, e instintivamente me encolhi no sofá, como se fosse um animal encurralado. Nunca havia me sentido tão indefeso, como um gato sendo perseguido por um cachorro animado.

- Eu até tentei... - ele disse, com um tom de voz exagerado, como se estivesse contando uma tragédia. - Mas você foi mais rápido do que eu. - Então se agachou na minha frente, deixando nossos rostos na mesma altura.