Cap. 2

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Mila: Filha, ela está muito magra, o Arthur fica muito encima dela, descobri hoje de manhã que ela dá de mama ainda para o menino, quando questionei o porquê disso, ela disse que o dinheiro que recebe mal dá para comprar o leite do menino, se você vê ela - disse com a voz chorosa.

Dul: Mãe, eu vi ela no final de semana passado, não é possível que ela tenha emagrecido tanto assim! É muito caro o leite? - olhou a mãe.

Mila: Seu pai já comprou, e falou para ela não ter vergonha de pedir as coisas, estamos aqui para ajudar ela e o Arthur. - disse respirando fundo. - eu tenho dó filha, porque sua tia tem condições, mas por conta do marido dela, ela não pode ajudar e nem aceitar a filha que "desonrou" a família, e o que eles fazem? Não é errado? - olhou a filha indignada.

Dul: Mãe fique calma, deixa eles e os ideais deles para lá, o que importa é que a gente tá fazendo algo para ela e o tutu, e sei que a nossa consciência lá na frente vai estar limpa. - disse sorrindo e pegando nas mãos da mãe, as duas logo disfarçaram, quando Any entrou pelo portão, Dul encarou a mãe, realmente Any estava mais magra do que a duas semanas atrás, seu semblante era de tristeza.

Any: Oi tia bença!? - beijou a cabeça da tia, que lhe respondeu. - Oi prima como vai? - beijou e abraçou Dul.

Dul: Bem e você? Sente-se aqui com a gente, estávamos fofocando, comendo rosquinha tomando café. - disse sorrindo.

Any: Ah, obrigada. - disse sorrindo e se sentando, mas recusou comer algo. - Tia hoje eu recebi o meu salário e não vou precisar comprar mais nada lá para casa, queria te dar para ajudar na luz e na água. - disse colocando um envelope sob a mesa.

Mila: ANAHI! Guarde isso, eu nunca cobraria algo de você! Oh Céus! Compre frauda, leite para o Arthur! Compre um lanche, vá ao salão! Por Deus! - disse olhando Dul.

Dul: Any! Que tal você ir à academia comigo? Sabe se distrair? Lá onde o Ucker trabalha, tem aula de dança e eu sei que você gosta de mexer os esqueletos. - ela disse requebrando na cadeira.

Any: Ah Dul, eu tenho vergonha! - disse sorrindo da prima.

Dul: Por favor! Pense com carinho, eu passo aqui para te pegar de biz todos os dias - sorriu.

Any: Eu vou ver - sorriu.

Pedro: Olha quem chegou do mercado com o tio Din - chegou com o Arthur no colo, o menino segurava um saco de salgadinho na mão.

Any: Meu Deus! Mercado? Olha a cor do Arthur - riu.

Dul: Iria dizer isso - riu.

Pedro: É que ele foi brincar no parquinho, enfrente o mercado. - sorriu entregando ele para Any, cumprimentou a filha e foi no carro descarregar as compras.

As brincadeiras com Arthur e a conversa se estendeu para a janta, depois Any foi para a sua casa dar banho no filho, e tomar banho, colocou o menino para dormir e voltou para se despedir da prima.

Dul: Amanhã eu passo para te pegar. - sorriu.

Any: Eu peço para a tia te avisar, caso de para eu ir - sorriu.

Dul: Tá, mas eu vou passar aqui mesmo assim, te amo tá - beijou a testa da prima e a abraçou.

Any: Te amo. - sorriu com vergonha.

Dulce saiu da casa dos pais, e foi para a academia para encontrar o marido.

Dul: Oi Rafa! Boa noite. - disse colocando a digital e entrando na academia.

Rafa: Oi Dul, tudo bem? - disse organizando o balcão da recepção.

Dul: Bem, sabe onde está o Ucker? - olhou pela academia e só viu os marombas que treinavam juntos sem a ajuda de Ucker.

Rafa: Está no corredor com Poncho, foram ver algo do ar condicionado. - disse apontando, para a porta que dava para a área para relaxar, Dul agradeceu e seguiu até lá.

Dul: Boa noite rapazes! - disse cumprimentando Poncho com um beijo no rosto e abraçou o marido e deram um selinho.

Ucker: Demorou hoje! - disse olhando ela.

Poncho: Faltou a aula de Dança de salão. - sorriu com a careta dela.

Dul: Primeiramente senhor Alfonso! Sua aula de dança de salão é voltada para a terceira idade, e presumo que eu não  me incluo nessa faixa etária, e como hoje era o dia do meu cardio, eu me dei uma folguinha - disse dando um sorriso sapeca, ele apertou o nariz dela e riu. - segundamente maridinho lindo, estava na minha mãe, depois Any chegou lá, conversamos um pouco, depois papai chegou com o Arthur, daí você sabe aquele menino me desmonta. - sorriu lembrando do filho da prima.

Ucker: E como estão? - disse sorrindo vendo a felicidade da mulher.

Dul: Ah - disse mais séria. - Any está tão magra, ela não come direito, estava dando de mama para o Arthur só para juntar dinheiro para dar aos meus pais para os gastos da casa. - disse encarando o marido.

Ucker: Eu te disse que ela iria entrar em depressão, isso que aconteceu com ela é muito triste, e ela tá aguentando tudo " sozinha" sem a mãe e o pai, Dul! - disse abraçando a mulher.

Poncho: É sobre aquela sua parente? - Dul concordou. - Sinto muito, se a gente puder fazer algo para ajudar, é só falar tá! - olhou ela.

Dul: Eu queria que ela viesse comigo para a academia, e fizesse as aulas de dança, ela amava dançar quando mais nova, porém ela está relutante, está com vergonha. - disse olhando o cunhado.

Poncho: Ah diga que ela será muito bem vinda, e que ela não precisa ter vergonha, a dança muda a nossa vida, dançar é libertador! - disse sorrindo.

Dul: Eu sei disso, por isso vou convencer ela a vim! - sorriu.

Ucker: Eu te apoio! Eu busco ela se precisar - sorriu e Dul o abraçou.

Dul: Obrigada meninos! - disse sorrindo. - Agora vamos amorzinho? Estou exausta, ainda tenho que lavar meus cabelos hoje. - disse fazendo careta.

Ucker: É o evento! - riu.

Poncho: Imagino! Falou! - se despediu do irmão, e da cunhada.

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