𝙉𝙤𝙞𝙩𝙚 𝙙𝙚 𝙏𝙚𝙧𝙧𝙤𝙧

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Lizzie entrou em casa com um sorrisinho no rosto, mas seus olhos vagavam, refletindo a tempestade de pensamentos em sua mente. A sala estava iluminada pela luz suave do entardecer, e o cheiro de café fresco preenchia o ar. Ela foi direto para a sala e se sentou no sofá, na esperança de acalmar seus pensamentos turbulentos.

Seu coração batia acelerado, e ela sentia um nó na garganta. Cada respiração parecia um esforço, como se o ar estivesse pesado com a carga de seus pensamentos. Lizzie decidiu que ligaria para Tatum dizendo que depois da aula iria para a casa dela.

Tatum era namorada de Stuart; eles namoravam há algum tempo. Às vezes, Lizzie se perguntava como Tatum aguentava um cara que fazia piadas até sobre coisas sérias. Lizzie tentou ligar para tatum, mas caiu na caixa postal. Lizzie se encostou no sofá, respirando profundamente.

As escadas de sua casa começaram a fazer barulho, indicando que alguém estava descendo. Lizzie sabia que era sua mãe. A mãe de Lizzie caminhou até a cozinha e depois para a sala. Lizzie sabia que sua mãe sairia desde a noite anterior, antes de saber sobre a tragédia. Sua mãe disse que iria a um compromisso. Antes, Lizzie não via problema em ficar um tempo sozinha, mas agora talvez estivesse com um pouquinho de medo, até por causa da ligação.

Sua mãe, Sandy, era alegre e divertida. Depois que seu pai faleceu, Sandy entrou em um estado de depressão, mas agora estava melhor. Sandy, com um vestido vermelho e saltos altos, entrou na sala.

— O que você está fazendo aí? Está tudo bem? Onde você estava?”.— Lizzie a olhou, não queria deixar sua mãe preocupada com ligações e essas coisas horrendas. Ela queria resolver isso sozinha. A polícia não tinha pistas de nada, e uma simples ligação de uma pessoa com voz estranha não mudaria as pistas deles.

— Eu fui na casa dos pais da Casey para prestar minhas condolências pela perda da filha. Eles estão passando por um momento extremamente difícil.

Sandy a olhou com tristeza e disse:

— Se você quiser, posso cancelar meu compromisso e ficar aqui com você.

Lizzie levantou-se do sofá e falou:

— Pode ir, mãe. Você já tinha marcado esse compromisso antes de tudo acontecer e ainda teve que esperar eu chegar em casa.

— Tudo bem — respondeu Sandy, se aproximando de Lizzie e beijando sua testa. Ela deu um dinheiro para Lizzie comprar um lanche.

Depois que Sandy saiu, Lizzie decidiu que tomaria um belo banho para recompor as energias, pediria comida e assistiria a um filme para passar o resto da noite. Ela foi andando até as escadas, que ficavam no centro da casa. A casa era espaçosa, com uma sala de estar ampla e bem iluminada, decorada com móveis modernos e elegantes. As paredes eram pintadas de um tom suave de bege, complementadas por quadros de arte abstrata. A escada era uma peça central impressionante, feita de madeira escura com detalhes intrincados. Os degraus eram largos e confortáveis, e cada passo ecoava levemente pela casa. No topo da escada, havia um corredor que levava aos quartos, todos decorados com um estilo acolhedor e sofisticado.

Depois que chegou ao seu quarto, ela foi direto ao seu guarda-roupa. O quarto era aconchegante, com paredes pintadas em tons suaves e uma cama grande coberta por um edredom macio. Apesar de não estar frio dentro de casa como estava lá fora, ela decidiu vestir um moletom e um short para ficar confortável. O guarda-roupa era espaçoso, com portas de madeira clara e puxadores de metal. Ao abrir as portas, ela encontrou suas roupas organizadas em prateleiras e cabides, escolhendo rapidamente um moletom macio e um short leve. Foi diretamente para o banheiro e tomou um belo banho que pudesse repor todas as energias necessárias e talvez refrescasse seus pensamentos. Lizzie decidiu que lavaria seus cabelos ruivos também. Depois do seu belo banho ela desceu as escadas e foi direto ao telefone, ligando para uma lanchonete que vende pizza.

Depois, foi direto para a sala para escolher um filme qualquer. Enquanto fazia isso, o telefone tocou barulhentamente. Lizzie suspirou e foi direto atender.

— Alô? — Lizzie não ouviu nada na ligação, mas seu coração dava pontadas.

— Olá novamente. Sentiu minha falta? — Um arrepio percorreu sua espinha ao reconhecer a voz. Ela tentou parecer corajosa, mas seu coração começou a bater mais rápido.

— O que você quer?

— Quero continuar nosso jogo. Você ainda não respondeu minha pergunta. Qual é o seu filme de terror favorito?

Ela olhou ao redor da sala, procurando qualquer sinal de perigo. Sabia que precisava ganhar tempo e pensar em uma maneira de se proteger.

— Eu… eu gosto de “Halloween”.

— Boa escolha. Agora, vamos ver se você consegue sobreviver a esta noite.

Antes que ela pudesse responder, a linha ficou muda. Desligou o telefone rapidamente e correu para trancar todas as portas e janelas da casa. Seu coração estava acelerado, e sabia que precisava encontrar uma maneira de se proteger.

Depois disso, foi para a cozinha, pegando uma faca. Sentiu o peso frio do metal em sua mão, tentando se sentir mais segura. O silêncio da casa era opressor, e cada pequeno ruído parecia amplificado. Com a faca firmemente em mãos, ela voltou para a sala, seus olhos varrendo cada canto em busca de qualquer sinal de movimento. O telefone tocou novamente, fazendo-a pular. Ela respirou fundo e atendeu, tentando manter a voz firme.

— Vejo que você está se preparando. Isso é bom. Mas será que uma faca será suficiente?

Ela engoliu em seco, tentando pensar em uma resposta. Sabia que precisava manter a calma e encontrar uma maneira de sair daquela situação.

Lizzie estava suando frio com sua faca na mão e o telefone em seu ouvido.

— O que você quer? Por que você está fazendo isso?

— Porque é divertido ver o desespero das pessoas sabendo que irão morrer.

Depois disso, a ligação ficou muda. Lizzie desligou o telefone, seu coração batendo descontroladamente. Ela olhou ao redor, tentando ouvir qualquer som que indicasse a presença de alguém. De repente, sentiu um movimento atrás de si. Antes que pudesse reagir, uma mão forte agarrou seu ombro. Lizzie girou rapidamente, brandindo a faca, mas o atacante era rápido. Ele desviou e tentou agarrá-la novamente. Ela lutou com todas as suas forças, usando a faca para manter o agressor à distância. Sentindo o perigo iminente, Lizzie correu para o andar de cima, subindo as escadas o mais rápido que podia. Seu coração batia forte enquanto ela se dirigia ao quarto. Entrando rapidamente, ela trancou a porta atrás de si, tentando recuperar o fôlego. Sabia que precisava pensar rápido para se proteger.

Enquanto ouvia ele batendo na porta sem parar, Lizzie pensava em alguma forma de sair antes que ele conseguisse entrar. Decidiu que pularia pela janela, mesmo sabendo que poderia se machucar. Abriu a janela e olhou para baixo, avaliando a altura. Respirou fundo, pronta para saltar. Com um último olhar para a porta, ela se preparou e pulou pela janela, gritando por socorro enquanto caía. A queda foi rápida e dolorosa, mas ela conseguiu se levantar, apesar das dores. Continuou gritando por ajuda, sua voz ecoando pela vizinhança. Um vizinho ouviu seus gritos e correu para fora, vendo Lizzie caída no chão. Ele imediatamente pegou o telefone e chamou a polícia, descrevendo a situação com urgência.

Depois disso, Lizzie levantou-se e encostou na parede, apesar do esforço e da dor. Ela estava pensativa e querendo chorar, pois quase foi morta. O vizinho que ligou para a polícia já estava no quintal de sua casa, perguntando se ela estava bem e o que tinha acontecido.

Lizzie não sabia nem o que dizer, talvez fosse o choque depois de tudo o que aconteceu e a quase morte que enfrentou. As lágrimas estavam querendo descer. A faca que ela segurava estava no chão.

De repente, as sirenes da polícia começaram a ecoar pela vizinhança. Lizzie ouviu os carros se aproximando rapidamente. Em poucos minutos, os policiais chegaram e correram até ela.

— Você está segura agora, está tudo bem — disse um dos policiais, tentando acalmá-la.

Enquanto Lizzie tentava processar tudo o que havia acontecido, um dos policiais entrou na casa para verificar se o agressor ainda estava lá. Lizzie olhou para a janela de onde havia pulado, sentindo um calafrio percorrer sua espinha. Ela sabia que, embora estivesse segura por enquanto, o pesadelo ainda não havia acabado. Algo dentro dela dizia que essa não seria a última vez que enfrentaria aquele terror.

Sussurros de Woodsboro - Ghostface Onde histórias criam vida. Descubra agora