Conforme trabalhamos, uma sensação de normalidade e conforto vai se instalando em mim. Essa mudança, mesmo com todo o estresse, é também uma nova oportunidade. O peso da tensão e da insegurança que senti mais cedo começa a desaparecer, enquanto me concentro em ajudar minha família.
Depois de um tempo, quando a sala começa a tomar forma, paro para observar tudo. O lugar está começando a parecer com um lar.— Olha, conseguimos muito hoje! – minha mãe diz, admirando o trabalho que fizemos.
— É verdade, e ainda temos mais amanhã! – digo, sentindo-me um pouco mais leve. A ideia de que cada dia é um passo em direção a algo novo me dá esperanças.
Depois de terminar de arrumar o que consegui, fui para o meu quarto e me deitei na cama. Olhei para o meu despertador e vi que era 19:36. Fiquei ali, deitada, olhando para o teto, perdida em pensamentos. A luz do sol já estava diminuindo, e uma sensação de cansaço me envolvia.
Após alguns minutos, decidi que era hora de me levantar. Levantei da cama e fui até a caixa onde encontrei aquelas coisas do passado. Comecei a vasculhar, lembrando de como era bom ter aqueles momentos guardados. Ao revirar, encontrei um álbum de fotos antigas, coberto de poeira. Sentei no chão e comecei a passar as páginas, revivendo cada memória.
As imagens traziam sorrisos e risadas, momentos de felicidade pura. Então, uma foto chamou minha atenção. Era eu, pequena, ao lado de um garoto que usava uma bandana. Ele sorria de forma contagiante, e uma onda de nostalgia me atingiu. Era como olhar para o Robin, mas ao mesmo tempo não era. O garoto na foto tinha uma energia diferente, uma inocência que eu não via no Robin.
O garoto com a bandana era meu melhor amigo de infância. Lembrei-me das brincadeiras que tínhamos, das aventuras no parque e da tristeza quando ele se mudou. Seus pais haviam falecido em um acidente, e ele foi morar com o tio. Desde então, perdi contato. O tempo e a distância nos separaram, mas ver aquela foto trouxe de volta uma avalanche de memórias.
Fiquei encarando a imagem por alguns minutos, a lembrança do garoto tão parecido com Robin me deixou pensativa. Havia algo no olhar de Robin que me lembrava dele, mas não sabia exatamente o quê.
Com um suspiro, decidi que era hora de deixar aquelas memórias no passado. Fechei o álbum e o coloquei de volta na caixa. A luz do dia estava se esvaindo, e a fadiga começou a me vencer. Assim, arrumei meu travesseiro, me cobri com o edredom e fechei os olhos, tentando me afastar dos pensamentos que assombravam minha mente.
— Amanhã ainda é quinta-feira – murmurei para mim mesma antes de finalmente me deixar levar pelo sono.
Enquanto eu caía no sono, uma parte de mim se perguntava se o destino reservava mais surpresas, mais encontros inesperados. Mas isso era algo para se descobrir depois...
Continua...
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𝐍𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚:Este capítulo e o anterior foi dividido em duas partes e já que estava muito longo
No próximo capítulo, vamos nos aprofundar mais nas relações de Ayana e como suas memórias do passado a influenciam no presente. A história está apenas começando, e prometo que muitas surpresas ainda estão por vir!
Espero que gostem e fiquem atentos!! Bjs da Mah 💋
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𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒? | Miguel Mora and Sadie Sink |
Romanceˑ𖥻ִ Robin Arellano é conhecido por ser o valentão da escola; um cara destemido, que parece não se importar com ninguém além de si mesmo e prefere manter todos à distância. Mas a chegada de Ayana Mitchell, uma garota reservada e tímida que só quer...