𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒? | Miguel Mora and Sadie Sink |

𝐎𝐥𝐡𝐚𝐫𝐞𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐧𝐭𝐫𝐢𝐠𝐚𝐦

   Depois do empurrão de Sasha e do breve momento de contato visual com Robin, tentei focar na conversa com Gwen e Finney, mas minha mente estava inquieta. O rosto de Robin tinha uma semelhança perturbadora com o garoto da foto que encontrei na noite anterior. Um amigo de infância que eu nunca mais vi depois que ele se mudou. Será que poderia ser ele? A ideia parecia absurda, mas a semelhança não saía da minha cabeça.

Gwen notou minha distração e me deu um sorriso compreensivo.

— Não se preocupe com Sasha. Ela é assim com todo mundo novo, especialmente quando percebe que pode incomodar – Gwen sussurrou, trocando um olhar de cumplicidade com Finney, que assentiu.

Sorri, aliviada por ter apoio.
— Obrigada. É só que... não entendo o motivo disso. Mal cheguei – respondi, tentando parecer despreocupada.

Finney deu de ombros e riu baixinho.

— Ela gosta de ser o centro das atenções. E, como você já deve ter percebido, o Robin também atrai bastante olhares.

Eu ri de leve, mas senti uma leve curiosidade brotar. Era verdade; Robin tinha uma presença que chamava atenção, mas o que realmente me intrigava era essa possível conexão com o meu passado.

A manhã seguiu sem maiores incidentes, mas o peso do olhar de Robin e a atitude de Sasha ainda pairavam sobre mim. Quando o intervalo chegou, saí com Gwen e Finney para o pátio, aproveitando o ar livre para espairecer.

Enquanto conversávamos, ouvi uma risada familiar do outro lado do pátio. Eu sabia de quem era. Sasha. E, como esperado, ao seu lado estava Robin, parecendo totalmente à vontade. Ele era o centro do grupo, cercado de risadas e conversas altas.

Minha atenção se desviou para ele, mas dessa vez por pura curiosidade. Por mais que eu tentasse evitar, a memória daquela foto e a dúvida de quem ele realmente era me faziam observá-lo.

— Ele é complicado, sabe? – disse Gwen, como se lesse meus pensamentos. — Robin tem o jeito dele, um pouco... intenso. Mas, se você conhece o verdadeiro Robin, entende que ele é muito mais do que essa pose de bad boy que ele insiste em mostrar.

Eu me perguntei se um dia entenderia de onde vinha essa intensidade, ou se ele continuaria a ser apenas um rosto familiar. A curiosidade era uma coisa, mas aquilo não me dava nenhuma certeza.

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   As aulas seguiram lentamente naquela manhã. História foi a primeira, e mesmo sendo uma das matérias que eu gostava, não conseguia parar de pensar nos acontecimentos recentes. Quando o intervalo finalmente chegou ao fim, seguimos para a próxima aula. Era literatura, e, apesar do ambiente descontraído, eu ainda me sentia um pouco deslocada.
Finney estava na fileira ao meu lado e, em um momento, sussurrou:

— Você já ouviu falar do novo parque que abriram na cidade?

Eu neguei com a cabeça, interessada.

— Abriu na semana passada! É pequeno, mas tem algumas atrações legais. Gwen e eu vamos dar uma passada lá sábado. Você quer ir com a gente?

A ideia de sair e me distrair um pouco me animou, então aceitei o convite com um sorriso. Finney parecia ser uma pessoa confiável e fácil de lidar. Desde que cheguei, ele e Gwen tinham sido um apoio importante.

⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄Mais tarde: Norefeitório⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁

O professor de matemática faltou, então fomos para o refeitório, fomos juntos para o refeitório e sentamos em uma mesa no canto. A conversa girou em torno de filmes, músicas e dos professores, e Gwen mencionou o quanto estava empolgada para o passeio ao parque.