Capítulo 10

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Matteo Cavallieri

Estava destraido no celular quando senti as mãos de Ivy em meu ombro e me virei.

-E então vamos almoçar? -pergunta próximo ao meu pescoço e aquele simples ato já me faz esmorecer. -Desculpa a demora, estava falando com minha mãe no celular. -proclama.

-Tudo bem, eu estava vendo as fotos deles no Brasil. Minha mãe está quase travando meu celular de fotos. -digo e ela sorri, e é incrível como a cada vez que ela sorri parece que algo dentro de mim se entrega mais.

Ivy foi andando em minha frente e eu lhe acompanhei atrás dela, realmente eu devo me perguntar como ela fica mais linda se é de frente ou de costas.

Na mesa parecia ter comida para um batalhão de pessoas, sendo que somente nós dois iríamos comer. Logo fomos servidos e começamos a comer e percebo que o olhar de Ivy vez ou outra está em mim, assim como o meu nela.

-Vamos hoje a noite? -Ivy perguntou de repente e estou pensando em que resposta lhe dar, porque nesse exato momento a minha vontade é que este dia não se acabe.

-Podemos ir amanhã cedo se quiser, e é claro acordar cedo. -pontuo.

-Ótimo, prometo acordar cedo. Quero passar essa noite com você. -eu não esperava por essa resposta de Ivy e no mesmo instante começo a tossir, pois engasguei.

Estava tossindo compulsivamente, acabei me engasgando com o que ela disse, quer dizer eu não faço ideia do que ela realmente quis dizer com isso. Ivy se levantou e veio até mim, dando tapas nas minhas costas, e aos poucos parei de tossir.

-Toma bebe. -ela disse me entregando a taça com água que peguei e bebi sentindo aliviar.

De repente Ivy entrou numa crise de riso gargalhando alto e se apoiando na mesa, lhe olhei sem compreender até que parou e recuperando o fôlego me olhou.

-Isso tudo é só porquê eu disse que quero passar a noite com você? -indaga e como ela é desbocada, ao ponto de ser tão direta que deixa qualquer um sem graça. Ela deve ter sem dúvidas algum parentesco com tia Sophia.

Não respondi nada, antes a mesma vem até meu colo e afasto a cadeira dando espaço para que sente. Ela passa as pernas pelo lado de meu corpo e apoiando as mãos em meu pescoço me olha fixamente nos olhos.

-O que você quer garota? -pergunto subindo minhas mãos por sua cintura e dou um leve aperto, sentindo sua pele macia, já que está apenas de biquíni e uma saia.

-Quero você! -exclama com a voz baixa e manhosa bem rente a mim. -Tudo com você, cada detalhe. -diz e eu não consigo sequer controlar meu corpo quando está por perto, pois meu pau já se enrijece abaixo dela.

-Ivy. -digo tentando lhe fazer recobrar os sentidos.

-Queria que tivesse sido meu primeiro beijo, odiei quando te vi beijando aquela menina uma vez ao lado da escola, sabia?! -diz retórica e não faço ideia de onde quer chegar. -Mas agora como não pôde ser meu primeiro beijo, quero que seja o primeiro e único homem a tocar em mim, quero que faça amor comigo como nunca fez com ninguém, quero ser sua Matteo, eu desejo isso a tanto tempo que mal consigo me recordar. -fala enquanto passa a mão ao lado de minha face com cuidado e fazendo meu corpo arrepiar.

-Ivy nós devemos ir com cal.. -ela não me deixa falar pondo o dedo indicador na frente de meus lábios.

-Xiii.. -repreende. -Quero que vá com calma, quando estiver se enfiando dentro de mim. -cada palavra que ela diz mexe com meu sistema e desço minhas mãos até suas coxas perto da bunda apertando com força.

-Cuidado com o que deseja Ivy, pode se arrepender. -falo com a voz rouca, quase embargada.

-Eu nunca vou me arrepender de estar com você, de nada, absolutamente nada. -responde bem próxima a meus lábios.

A proximidade entre nós aumentava, a intensidade da troca de olhares, e o mundo ao redor parecia desaparecer, deixando apenas nós dois ali, respirando o mesmo ar. Senti o calor dela enquanto minhas mãos, quase sem pensar, envolviam a cintura dela, puxando-a um pouco mais para perto. As mãos dela tocaram o meu rosto, deslizando suavemente até o pescoço, e então, lentamente, nossos lábios se aproximaram.

O beijo começou delicado, quase tímido, mas logo a intensidade foi crescendo. Cada toque era como um silêncio que falava mais do que palavras. Seus lábios exploravam os meus, e o ritmo do beijo oscilava entre o doce e o urgente, como se nenhum dos dois quisesse que aquele momento tivesse fim. Era um beijo quente e profundo, o qual nossas línguas percorrem uma à outra bailando numa sintonia inquebrável.

As mãos dela agora estavam em meus ombros, segurando-o com leveza, mas transmitindo uma entrega absoluta. Aperto firme sua bunda e sinto ela se esfregar em meu pau que já está duro e desejoso dessa garota.

A conexão entre nós dois ia além do físico; era uma mistura de sentimento e desejo, uma troca silenciosa que falava de cumplicidade. A gente se perdeu ali, esquecendo o tempo, enquanto o beijo nos envolvia, fundindo respirações e pulsos em uma dança sem pressa, onde cada instante parecia eterno.

Interrompemos o momento para recuperar o ar somente por ouvirmos a empregada vir e nesse instante devagar Ivy saiu de cima de mim.

Quando voltou ao seu lugar, a observei e notei que seus olhos estavam famintos e não era de comida que eu me refiro, a tensão entre nós era palpável que até mesmo a empregada que chegara ali poderia perceber.

O que eu realmente vou fazer com essa garota?! É o meu questionamento interno, perto dela me parece faltar controle e pulsação é como se me tomasse inteiramente para si, sem o menor dos esforços.

-O que está pensando Mat? -Ivy diz e lhe olho atravessado a fazendo rir minimamente pois comia algo.

-Não me chame assim, odeio esse apelido que o tio Nick me deu. -bufo advertindo a agora sim ela gargalha e solta:

-Eu sei, é uma graça. -repeliu me provocando enquanto ri.

...

Depois de finalizarmos nossa refeição a qual basicamente foi protagonizada por investidas torturantes de Ivy fomos para a piscina, ou melhor para a área. Nunca vemos muita graça exatamente em piscina quando estávamos na praia, desde criança. É simplesmente inexplicável como os nossos gostos são tão parecidos.

-Quero ir lá pra cima! -Ivy proclama repentinamente assim que chegamos ao local, e lhe olho desacreditado.

-Por quê? Se sente mal? -pergunto preocupado e nega com a cabeça.

-Quero sentir você dentro de mim, estou me sentindo torturada desde que sentei em seu colo. -diz se vitimizando, mas que garota.

-Eu que fui torturado por você Ivy Scarlett e pare de falar isso assim. -lhe adverti e ela da de ombros virando de costas e retira a saia do corpo jogando num lugar qualquer.

Em seguida sem dizer mais nada ela apenas se vira e saí prendendo o cabelo e rebolando na minha frente, e essa sem dúvidas deve ser um dos melhores momentos para agradecer por poder enxergar.







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⏰ Última atualização: Nov 03 ⏰

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