Dark Romance| +18
𝓢𝓽𝓮𝓵𝓵𝓪 𝓒𝓪𝓶𝓹𝓫𝓮𝓵𝓵:
Eu conheci o amor da minha vida.
Ou, pelo menos, pensei que fosse.
Para me livrar da dor que ele me causava, eu o matei.
Mudei de número, de estado e estava determinada a recomeçar.
Uma nova vida, uma...
Por favor, não deixe eles olharem através das cortinas
Foto, foto, sorria para a foto
Pose com o seu irmão, você não será uma boa irmã?
Todos acham que somos perfeitos
Dollhouse - Melanie Martinez
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Três anos atrás
Quando o sinal toca, guardo meu e coloco a mochila no ombro.
Está chovendo. Vou precisar ir para casa a pé, infelizmente. Apesar de morar perto da escola, não escapa da chuva. Não trouxe guarda-chuva, e meu casaco é inútil contra a água gelada.
Deveria ter verificado a previsão do tempo. Agora só consigo pensar no quanto você vai me molhar e no quanto esses materiais foram caros. Envolvo minha mochila com o casaco preto, amarrando as mangas em um nó apertado. Pelo menos isso talvez seja uma proteção.
Ao sair da área coberta da escola, a chuva fria me atinge como uma enxurrada de agulhas. Cada gota parece cortar minha pele. Os carros passam pelas poças com pressa, e mantêm distância da estrada para evitar os respingos. O frio faz meus pelos se arrepiarem, e meus lábios tremem enquanto apresso o passo, tentando chegar logo em casa.
Finalmente, ao alcançar a porta, tire a chave da bolsa, mas pare no mesmo instante. A porta está entreaberta.
Meu coração dispara.
Entre devagar, sentindo o peso do silêncio que toma a casa. — Mãe? — chamo, mas minha voz ecoa pela sala bagunçada.
O sofá está fora do lugar. A televisão, ligada. Travesseiros espalhados pelo chão, roupas largadas no meio da sala. Isso não faz sentido.
Minha mãe deveria estar no trabalho. E, mesmo que estivesse em casa, jamais deixaria a porta aberta assim.
Com passos cautelosos, você vai até a cozinha. Quando vejo o que está lá, paro de respirar por um momento.
Alice está de pé, encostada na pia. Seu rosto está molhado, os olhos vermelhos e inchados como se tivesse chorado por horas.
— Mãe, você está bem? — pergunto, deixando minha mochila escorregar no chão. O frio da casa parece me atingir ainda mais forte, e os aquecedores não ajudam.
Ela levanta o olhar para mim, mas sua expressão é séria, distante. — Sabe por que eu e seu pai brigamos tanto? — pergunta, a voz firme, mas relacionada a algo que não consigo identificar.