As Estrelas Voam Por Mim

13°

Após o dia se passar em lágrimas e tristeza, Aika tentou de tudo para fazer Yuichiro sair de seu quarto, mas o garoto continuou a insistir que não iria sair. Então derrotada, a mulher se retirou do quarto do rapaz com um suspiro tristonho.

Como o sol já havia se escondido, Aika foi andando em direção até o escritório de seu marido, Hiroki Tokito. Foi um longo caminho até chegar na frente da conhecida porta avermelhada, a mulher deu três batidas antes de entrar no local.

Quando entrou no escritório, rapidamente pôde ver seu marido de pé na frente de uma enorme janela. O céu está repleto de estrelas, mas brilhante do que as outras vezes, também não havia nenhuma nuvem no céu.

Seu marido Hiroki tokito tinha olhos avermelhados iguais as rosas, mas que também lembravam as framboesas. E também cabelos escuros iguais aos seus.

Aika concordava que adorava ver seu marido observando a noite, mas ela sempre dizia que Hiroki ficava mil vezes mais belo quando sorria sob a luz radiante do sol. Um curto sorriso saiu dos lábios da mulher com esse pensamento.

Hiroki finalmente se virou para o lado, observando o curto sorriso da rainha.

Hiroki-Do que está rindo, querida?

Se aproximou dela passando seus dedos pelos cabelos escuros da mulher.

Aika-Não é nada, apenas uma lembrança veio à minha cabeça.

Outro sorriso surgiu em seu rosto e Hiroki levou suas duas mãos ao rosto dela, acariciando suas bochechas.

Hiroki-E então...conseguiu alguma coisa com ele?

O belo sorriso lentamente foi se desfazendo no rosto de Aika, a tristeza presente em sua expressão fez Hiroki rapidamente entender tudo, ela não precisava dizer nada, pois ele já sabia a resposta.

O homem suspirou e quebrou a distância que tinha ali, dando um longo beijo em sua amada. Quando se separaram, Hiroki deu um beijo em sua bochecha e acariciou mais uma vez suas bochechas.

Aika-Eu tentei de tudo, mas mesmo assim ele não quis sair do quarto. Me sinto uma péssima mãe.

Hiroki-Querida, não diga isso por favor. Você é uma mãe incrível, assim como é uma esposa maravilhosa.

Deu um último beijo em Aika antes de segurar nas mãos dela e a puxar para uma porta de vidro na qual levava para uma grande sacada.

Hiroki-Sei que o dia não deve ter sido fácil para você, então porque não finalizamos esse dia como sempre fazemos? Sempre em todo ano, sinto que você fica mais leve quando fazemos o que prometemos.

Aika concordou, deixando ser guiada por seu marido que abriu a porta e andou até a sacada que dava a vista perfeita de todo o reino. Próximos de duas colunas, no centro havia um pedestal com uma lanterna cilíndrica em cores azuis e amarelas, no meio da lanterna havia um desenho de uma bela Lua. Aquela era uma das lanternas que ambos lançavam no céu em todo dia 8 de agosto, uma forma de esperança que o filho mais novo pudesse voltar algum dia.

Hiroki-Gostaria de fazer as honras, meu amor?

Disse tirando uma caixa de fósforo de seu bolso

Aika-Adoraria.

Pegou a caixa das mãos do homem e acendeu um fósforo, logo aproximou a pequena chama em um círculo presente no fundo da lanterna, e não demorou muito para ela começar a flutuar. Hiroki a segurou com cuidado para não ser levada pelo vento e Aika encarou a lanterna brilhante com um curto sorriso nos lábios.

Aika-Por favor, mais uma vez eu imploro aos céus... que meu filho seja encontrado e trazido em segurança para casa. Por favor.

Hiroki fechou seus olhos fazendo uma oração antes de então soltar a lanterna e deixá-la ser levada pelo vento.