O cio de Luffy

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       Já fazia três meses que Luffy montou seu bando pirata, e eles tinham acabado de entrar na Grand line.

Nesse tempo eles se depararam com vários perigos, dentre eles o avô de Luffy os caçando, que estreitou os laços entre os membros do bando.

De modo que eles estão começando a repensar a relação deles.

Era sabido que, quando havia um beta feminino ou ômega, o que era o caso de Nami, em um bando pirata, frequentemente, significava que essa tripulação tinha uma relação romântica entre si, embora esse conceito carregasse muito preconceito e equívoco. Quando Nami entrou nenhum deles viu a ômega como uma desculpa para se relacionarem entre si, mas à medida que foram se conhecendo eles não conseguiam não pensar nessa possibilidade, o que ocorreria mesmo se ela ainda não fosse companheira deles.

Só havia um problema.

A única pessoa que poderia iniciar algo dessa magnitude era o capitão, mas Luffy estava mais ocupado querendo explorar ilhas e desfrutar sua nova liberdade como pirata do que prestando atenção nos sentimentos que floresciam entre eles.

Nem mesmo quando estavam em seu ninho, em um emaranhado de corpos e cheiros, num momento de intimidade única, ele exibia algum tipo de reação.

Isso causava uma grande insegurança em seus tripulantes, o Monkey não os queria? Ele tinha alguém em sua antiga vila? Só queria os ver rastejando atrás dele? Ou simplesmente era muito tapado para notar as tentativas de cortejo?

E nem mesmo eles podiam usar seu olfato para identificar as verdadeiras intenções do chapéu de palha, pois este era um beta e não emitia feromônios que detectassem seu interesse, ou falta, deixando a ômega, os dois alfas e o outro beta  no escuro.

Bem, até aquele dia.

De início eles não perceberam. O beta estava mais agitado que o normal, sempre perto de um deles, em um grude anormal, sua fome também estava ainda maior, e ele parecia incomodado com alguma coisa.

- Luffy, assim você vai acabar com toda a comida do navio para o mês. - repreendeu o cozinheiro, que estranhamente estava sentindo a cozinha mais abafada, principalmente quando o garoto estava no recinto, o que o irritava.

- É vai com calma não queremos que você passe mal. - pontuou Nami, recebendo um dos sanduíches do capitão. Aí todos estranharam mesmo, sabiam que o D. não era de dividir comida.

- Ô Luffy, você está se sentindo bem?- sondou o imediato.

- É, você esteve estranho o dia todo, sem falar do que aconteceu ontem.

O atirador se referia a quando a marinha estava os perseguindo e Sanji e Usopp foram atingidos, o futuro rei dos piratas atacou os marinheiros com fúria animal ao ver seus companheiros feridos, ele parecia outra pessoa. Mas quando saiu de seu estupor de raiva agiu normalmente e apenas queria ficar a maior quantidade de tempo possível com sua tripulação, esse cuidado excessivo dele acabou por fazer com que nenhum deles tocasse no assunto antes.

- Tô sim, só com um pouco de calor. - respondeu com a boca cheia- você tá melhor? Toma, come um pouco pra se recuperar- o entregou um sanduíche e empurrou-o para deitar-se em seu colo. Os outros se entreolharam, isso talvez significasse alguma coisa? Talvez ele tivesse demonstrando interesse?

- Estou… foi só um arranhão.

- Eu dei conta dessa vez, mas a gente deve providenciar um médico logo…

- E um músico, não se esqueça do músico Nami. - ele aproveitou que a ruiva estava a seu lado e deitou a cabeça em seu ombro, em seguida enterrando o nariz em seu pescoço, bem onde fica a glândula aromática, a garota se arrepiou com o contato- você cheira bem, pace tangerina. -  Ele só ficou ali, de olhos fechados, ainda comendo, e eventualmente alimentando a navegadora e o atirador.

Bando ou matilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora