Death do us part

Amizade

Elias chega em sua casa e logo vai ao banheiro toma banho.. ele sai do banheiro e vai em seu quarto e se prepara para dormi.

Naquela noite, Elias dormiu pensando no que encontraria no dia seguinte. Quando o sol começou a iluminar o quarto, ele acordou, ainda com a sensação estranha que havia guardado das últimas provocações dos "amigos". Contudo, ao lembrar que iria encontrar Alex, sentiu-se um pouco mais tranquilo. Ele se vestiu rapidamente e saiu de casa em direção à casa do amigo.

Chegando lá, Alex já estava à sua espera, sorrindo e pronto para acompanhá-lo. A caminhada até a escola foi cheia de risadas e conversas descontraídas. Alex sempre conseguia aliviar o peso que Elias carregava em silêncio, mesmo sem perceber.

Ao chegarem na escola, o ambiente começou a mudar. Os colegas de Elias se aproximaram sorrateiramente, como se fossem cumprimentá-lo. No entanto, com sorrisos maliciosos, eles colaram um cartaz no armário de Elias. A imagem no cartaz era uma foto recente de Elias com sua família, mas agora estava rabiscada com desenhos obscenos.

Elias parou, encarando a foto alterada e sentindo o rosto queimar de vergonha e humilhação. Seu peito doeu, mas ele fez um esforço para manter o controle. Ele respirou fundo e, sem dar o gostinho de reação aos colegas, caminhou direto para a sala de aula.

As horas passaram lentamente, e Elias mal conseguia se concentrar. Tudo que queria era o fim do dia. Quando finalmente chegou em casa, sentiu o peso do cansaço e da tristeza acumulados. Foi direto ao banheiro, tomando um banho demorado, como se a água pudesse lavar um pouco da dor que ele carregava.

Depois do banho, Elias vestiu um pijama confortável e se deitou em sua cama. Fechou os olhos, tentando afastar a imagem dos risos maldosos dos colegas, mas a tristeza era difícil de ignorar. Antes de adormecer, ele se perguntou se algum dia as coisas seriam diferentes.

No dia seguinte era final de semana e Elias acordou com o cheiro agradável de carne sendo preparada na churrasqueira. Seu pai e sua mãe tinham convidado o pai de Alex para um churrasco em sua casa, e o clima no ar era de descontração e alegria. Elias sabia que veria Alex novamente, e isso trouxe uma leve sensação de paz, como se aquela amizade fosse uma pequena luz em meio ao caos que ele enfrentava na escola.

Quando Alex chegou com seu pai, Elias o cumprimentou com um sorriso sincero, e os dois logo se afastaram um pouco da área da churrasqueira, indo até o quintal para conversar. Eles sentaram no gramado, observando o céu e deixando as palavras fluírem com naturalidade. Alex, percebendo o semblante de Elias, perguntou de maneira suave:

— Como você está? Vi que ontem você parecia meio triste...

Elias suspirou, sabendo que não poderia esconder o que sentia de Alex. Com a voz baixa, começou a contar sobre as provocações que sofria dos colegas, como eles constantemente zombavam dele e o humilhavam, transformando sua vida escolar em um pesadelo silencioso.

— Eu sei que deveria ignorar — disse Elias, olhando para o chão. — Mas, às vezes, parece que não consigo. Me sinto... sozinho.

Alex, sempre tão compreensivo, se aproximou mais de Elias e o abraçou com carinho. Sentindo a presença reconfortante do amigo, Elias foi surpreendido por um sentimento intenso, algo inexplicável que aquecia seu peito. O abraço de Alex parecia preencher o vazio que os dias difíceis haviam deixado, e Elias percebeu que, naquele momento, sentia-se genuinamente compreendido.

Eles ficaram assim por alguns segundos, em silêncio, até que Alex sussurrou:

— Você não está sozinho, Elias. Estou aqui com você, sempre. E, se precisar de mim, eu vou te apoiar.
— obrigado. — diz Elias dando um sorriso

Elias sorriu, sentindo um alívio que há muito não experimentava. Quando o sol começou a se pôr, e as famílias se reuniram novamente, ele percebeu que, talvez, ter Alex ao seu lado fosse o começo de um novo capítulo, onde ele não precisaria enfrentar tudo sozinho.

Naquela noite, ao deitar-se, Elias fechou os olhos e se lembrou do abraço de Alex. O sentimento inexplicável ainda pulsava em seu peito, trazendo-lhe um consolo silencioso e uma nova esperança para o que viria a seguir.