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Eu estava sentada na cama, ainda me recuperando do momento com Cate, quando me vi imersa na tarefa de física. Meus joelhos estavam flexionados, as folhas de papel espalhadas à minha frente enquanto eu quebrava a cabeça com equações desafiadoras. Cada linha escrita era um esforço para entender os princípios por trás dos números e símbolos, uma tentativa de encontrar clareza após a complexidade emocional que havia passado. A luz suave do quarto criava uma atmosfera tranquila, contrastando com a intensidade do meu pensamento.

Depois de um tempo, Cate retornou com uma expressão neutra no rosto.

— Então, você conseguiu ajudá-la? — perguntei com curiosidade. Ela se jogou na cama ao meu lado, deixando escapar um suspiro.

— Sim, consegui — murmurou, e se moveu para descansar o queixo no meu ombro. Seus olhos tinham um brilho brincalhão enquanto ela fazia um beicinho. — Parece que fomos interrompidas — disse, com um leve sorriso.

— Sim, nós fomos — respondi, ainda focada na tarefa. Senti ela me observar em silêncio por um momento, admirando minha concentração, antes de decidir me distrair. Ela começou a colocar beijos suaves e provocantes ao longo do meu pescoço e mandíbula, esperando obter uma reação minha, e conseguindo. — Cate... — murmurei, tentando escapar dos seus beijos. — Pare — disse, meu tom leve e divertido. Ela continuou, os beijos suaves lentamente se transformando em leves mordiscadas.

— Por que eu deveria? — sussurrou roucamente em meu ouvido, seus dentes roçando levemente minha pele.

— Para que eu possa te fazer um pedido — respondi, tentando me controlar com a sensação de seus beijos. Ela se afastou um pouco, com uma pitada de curiosidade nos olhos. Levantou uma sobrancelha e sorriu, com um brilho brincalhão no olhar.

— Qual?

— Você pode fazer meu dever de casa? — disse, entregando os papéis a ela. Cate não conseguiu conter a risada, pegando os papéis de mim e olhando para as equações.

— Você realmente sabe como estragar o clima.

— Por favor? Faça isso pela sua namorada...

— Ah, agora eu sou sua namorada? — questionou, arqueando as sobrancelhas com um ar de desafio. Fiz um beicinho. Ela revirou os olhos de brincadeira, um pequeno sorriso nos lábios. Suspirou enquanto colocava uma mão na minha coxa. — Tudo bem, mas só porque você pediu tão gentilmente. E porque eu sou fã daquela palavra com “n” que você usou. — Eu dei uma risada alegre e um longo beijo na bochecha dela.

Cate sorriu com o gesto e balançou a cabeça antes de olhar para a tarefa em questão. Ela começou a passar pelas equações, sua expressão mudando de brincalhona para séria. Não demorou muito para que ela começasse a resolver os problemas. Sua inteligência e habilidade nas áreas de matemática e ciências eram evidentes.

— Tenho sorte que minha namorada é a melhor em física — comentei, observando-a. Ela riu, ainda focada nas equações à sua frente. Ela estava resolvendo rapidamente um problema após o outro, passando pelos cálculos sem esforço.

— E você tem muita sorte que sua namorada esteja se sentindo particularmente generosa hoje.

— Sim, isso também — concordei.

Ela murmurou enquanto anotava soluções e explicava os conceitos com clareza. Acompanhei seu raciocínio, impressionada com a facilidade com que ela lidava com os problemas. Ela levantou os olhos para mim de vez em quando, sorrindo ao perceber que eu a observava. Depois de mais alguns minutos, ela terminou a última das tarefas e olhou para mim com uma expressão que era uma mistura de triunfo e aborrecimento fingido.

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⏰ Última atualização: Oct 27 ⏰

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