cp7 pensamento

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No dia seguinte, o sol brilhou intensamente, mas Lucas sentia como se uma nuvem pairasse sobre ele. As palavras que ele havia escrito na noite anterior ecoavam em sua mente, mas a ideia de se abrir com Akira ainda o deixava nervoso. Ele sabia que precisava ser mais sincero, mas a dúvida o consumia.

Durante o intervalo na escola, Lucas e Akira se sentaram juntos em um dos bancos do pátio. O riso de Akira era contagiante, e Lucas se pegou sorrindo sem querer. Mas, por dentro, ele lutava com a decisão que precisava tomar.

“Você está bem?” Akira perguntou novamente, observando-o com uma expressão preocupada.

“Estou sim! Só... pensando em algumas coisas,” ele respondeu, tentando manter a voz leve. Mas seus olhos traíam a verdade.

“Você sabe que pode confiar em mim, né?” Ela inclinou-se um pouco mais perto, e isso fez o coração de Lucas disparar. “Seja lá o que for, estou aqui.”

Aquelas palavras pareceram um convite irresistível. Lucas respirou fundo e decidiu que era hora de ser honesto. “Akira, eu...”

Antes que pudesse terminar a frase, um grupo de amigos passou correndo, fazendo barulho e interrompendo o momento. Lucas bufou internamente de frustração, mas ao mesmo tempo sentiu um alívio ao não ter que se declarar naquele instante.

A tarde passou lentamente, e Lucas se viu preso entre a vontade de falar e o medo do desconhecido. Quando chegaram em casa, ele se trancou no quarto e começou a escrever novamente em seu diário:

“Hoje quase consegui me abrir com Akira. Sinto que ela também tem algo a dizer. Será que ela me vê da mesma forma? O que eu faria se ela não quisesse nada mais do que amizade?”

Com cada palavra escrita, seu coração ficava mais pesado. Ele queria ter certeza de como ela se sentia antes de arriscar tudo.

Naquela noite, enquanto tentava dormir, Lucas decidiu que precisava de um plano. Se ao menos pudesse descobrir o que Akira realmente pensava sobre eles antes de dar o passo final.

No dia seguinte, durante uma caminhada no parque após as aulas, Lucas teve uma ideia. Ele poderia criar uma situação em que ambos pudessem falar sobre seus sentimentos sem pressão. O parque estava cheio de vida: crianças brincando, casais passeando e o cheiro do outono no ar.

“Ei, Akira! Que tal fazermos algo diferente hoje? Podemos fazer um piquenique aqui,” sugeriu Lucas com um sorriso tímido.

Akira aceitou animadamente e logo estavam espalhando uma toalha no chão entre as árvores. Enquanto compartilhavam lanches e conversavam sobre trivialidades, Lucas tentava encontrar o momento certo para abordar seus sentimentos.

Depois de algum tempo conversando e rindo juntos, ele decidiu aproveitar a calma do momento. “Akira,” começou ele com cautela, “você já pensou sobre como algumas amizades podem se transformar em algo mais?”

Akira parou por um instante, olhando para ele com curiosidade. “Às vezes... mas é complicado, não é? E se as coisas mudarem?”

Lucas sentiu seu coração acelerar ao ouvir aquelas palavras. A abertura dela era tudo o que precisava para continuar. “Eu sei... mas talvez valha a pena arriscar.”

As palavras ficaram pairando entre eles enquanto a brisa suave balançava as folhas das árvores ao redor. O momento estava ali — silencioso e cheio de expectativa — mas seria suficiente para Lucas finalmente revelar seu coração?

Me afogando no passado Onde histórias criam vida. Descubra agora