— Você se supera nas cantadas a cada dia... — [Nome] diz em um tom irônico, cruzando os braços e se apoiando na parede da cadeia, observando a barraquinha de milho, que ficava bem em frente à cadeia, logo depois dos conjuntos de mesa e cadeira, onde pessoas que se sentavam perto da barraca do milho, degustavam do alimento.A jovem sentiu sua boca salivar. Milho era uma de suas comidas típicas de festa junina prediletas, já que comia desde a infância. Ela passou a língua pelos lábios, sentindo vontade de arrombar aquela cadeia e ir até a criança que comia o milho se lambusando das migalhas.
Denki olhou para a situação, sorrindo. Um brilho diabólico surgiu em seus olhos.
Era óbvio a muito tempo que Kaminari tinha uma queda gigante por [Nome], e já havia deixado tudo isso muito claro.
Por outro lado, a garota sempre fazia cu doce, mesmo que suas melhores amigas soubessem que ela também sentia algo por Denki.
Mas nunca, nunquinha mesmo, teria coragem de poder assumir.
Posso dizer até que, mesmo as pessoas que não são tão próximas da jovem, podiam ver um pequeno brilhinho no olhar sempre que conversava (discutia) com o garoto.
Denki amava beliscar a cintura da jovem, bagunçar seu cabelo, e dizer piadinhas ou simplesmente cantadas ruins para ela. Era seu passatempo viciante. Ela era seu passatempo viciante.
— Te pago um milho se me der um beijo. — O garoto diz, sorrindo maroto em quanto se aproximava lentamente de [Nome], com um olhar carregado de segundas intenções.
A garota apenas olhou para Kaminari com os olhos levemente arregalados, sentindo o rosto esquentar.
– Ai, da um tempo. — Exclamou irritada, dando um leve tapinha no braço do mais alto, que fingiu dor, mas logo em seguida gargalhou divertido.
Ele já amava irritar [Nome], principalmente vê-la irritada.
— Você fica linda brava, sabia? — Denki se inclinou de leve pra frente, com as mãos no bolso, sem tirar aquele sorrindo filha da putamente lindo dos lábios tão beijáveis naquele momento.
A garota apenas contraiu seus próprios lábios. Segurando sua própria vontade de ceder.
[Nome], virou o rosto para o lado, fingindo simplesmente não ter escutado a última fala dele.
Denki, dessa vez, riu nasal, apoiando-se de lado na parede, ao lado da garota.
— Qual é... eu sei que você também quer... — Disse, com a voz abafada. Seu tom de voz era mais profundo, e, por mais que não estivessem tão próximos, fez causar arrepios na jovem.
Ela optou por revirar os olhos, ainda com o rosto virado para o lado contrário — Cara feia pra mim é fome. — Ele murmurou, brincando com uma mecha do cabelo de [Nome] — Juro que te pago um milho. —
Silêncio.
— Ao menos olha para mim.. — Denki agarrou o queixo da moça, forçando-a a olhar para si. Ele sorriu satisfeito, observando o rosto dela corar em surpresa.
— Sabe... — Kaminari sussurrou, passando a língua pelos lábios, observando fixamente cada detalhe no rosto da garota, indo até onde seus olhos podiam. — Eu também estou com muita fome... e não quero ficar aqui o resto da noite. — O garoto lentamente passou sua mão na cintura de [Nome], a acariciando de leve com suas mãos quentes pelo frequente choque elétrico que causava usando elas como manuseio. Essas mesmas mãos que faziam as pernas de [Nome] ficarem levemente bambas.
Ele aproximou seu rosto do ombro da garota, e enterrou-o lá, cheirando a curvatura do pescoço da jovem, suspirando pesado, fincando seus dedos na cintura da menor, que contraia os lábios em sinal de nervosismo, e olhava para os lados, sem saber ao certo como reagir.
Denki riu contra a pele gélida de [Nome]. Amava cada reação que ela tinha. Similar as que ele tinha em seu sonhos onde ela estava junto.
O jovem iniciou uma trilha de beijos molhados pelo pescoço da mesma, descendo lentamente para sua clavícula, fazendo com que [Nome] colocasse suas mãos em seus ombros por reflexo, e então, os selares de Denki cessaram ao chegar perto do tecido do vestido da moça.
Kaminari olhou com um sorriso safado para a garota, antes de rir baixinho.
— Chama os polícia lá... pra provar que a gente vai escolher beijar para sair daqui. —
— Eu não concordei com nada —
— Seu cérebro não... mas seu corpo sim. —
[Nome] travou a respiração, sentindo o olhar de Denki pesar, carregado de segundas intenções.
E então ela percebeu que ele sempre olhou para ela desse jeito.
Denki sempre foi assim; manhoso, brincalhão e sempre tinha um puta sorriso nos seus lábios tão beijáveis, lábios os quais a garota encarava como se fosse o próprio milho pelo qual ela desejava minutos atrás.
Kaminari aproveitava cada segundo da situação, sentindo-se feliz e aliviado por até agora não ter levado um soco. Se bem que um soco de [Nome] também não seria tão ruim.
Mas, porra. As vezes ele só queria poder agarra lá e sufoca-la de seus beijos e carinhos.
Ela era tão linda.
Seus olhos sempre estavam direcionados para os de Denki, como se tivesse os desafiando, e ele amava a olhar assim de volta, como se os desafiasse de volta.
E sempre que ela ria das suas piadas ou de suas trapalhadas na sala de aula... era como se ganhasse um prêmio.
Por longos segundos, segundos esses que pareceram horas, os dois apenas apreciavam a presença um do outro, sentindo um sentimento de acolhimento gigantesco consumindo suas mentes.
Como se o mundo todo sumisse, e só eles estivessem ali.
Clássico, não?
Mas os clássicos sempre são os melhores.
Quando ela menos esperou, Denki já havia chamado Katsuki e Kirishima, e o barulho da cela se abrindo foi como um clique para a garota sair de seu transe.
E, em um piscar de olhos, Kaminari a puxou pela cintura num movimento repentino, lhe beijando com ternura, como se esperasse por isso desde o primeiro momento que a viu.
Como se a desejasse desde as vidas passadas.
[Nome] congelou por milésimos, mas rapidamente se recompôs e revidou o beijo apaixonado do garoto, sentindo-o abraçar sua cintura firmemente, em quanto a jovem contornava seus braços em torno do pescoço do maior, acariciando sua nuca.
Pequenos sorrisos e suspiros notáveis eram vindos do loiro, em quanto acariciava um pouco desesperadamente.
Quando o beijo estava prestes a sair de um beijo romântico para um beijo necessitado, Kirishima os interrompeu.
— Rapaz... — O policial diz, rindo — Quem diria, hein, Kaminari.. —
E o casal à frente se separou. Denki tinha o maior sorriso do mundo, um sorriso bobão, com a boca borrada de batom e gloss.
— Liberados. Totalmente liberados. — E ele deu um espaço para os dois passarem.
— Agora eu quero meu milho. — [Nome] fala, sorrindo de leve para o loiro, que sorriu de volta.
— Você quem manda! —
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One shots - BNHA.
FanficMergulhe fundo entre parágrafos e letras os quais estimulam sua imaginação de maneira intensa.