Paixão

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Estava me sentindo tão só, não tinha amigos nem parentes meu pai estava distante e onde eu morava não havia ninguém para conversar. Calebe fazia questão de não falar e quando falava era só pra provocar, mas, até que gostava as vezes quando ele não pegava pesado.
Naquela época era tão carente...tão pura e boba, nunca tinha ido em uma festa ou saído sozinha pra me divertir e nem ao menos havia namorado, mas, isso estava prestes a mudar.
******
Desde que me mudei parece que tudo ficou ainda mais chato! Nada mudou com relação a minha rotina, ir a escola e voltar direto para "casa", tudo está muito monótono, aliás, o que me distrai é cozinhar a cozinha desta casa é linda! Branca, espaçosa e toda equipada é um sonho pra quem gosta de cozinhar fazer isso é uma terapia, é claro que minha terapia de vez em quando é interrompida por Calebe que insiste em me chamar de empregada! Isso me irrita tanto e ele sabe disso e faz de propósito.
Por falar em Calebe a um mês que estou aqui pude perceber o quanto ele é popular e não somente na escola, sai a tarde vai no cinema com os amigos e eles sempre vem aqui, inclusive umas meninas metidas e oferecidas, aff! Tenho tanta raiva disso! Quando vejo essas garotas fico ainda mais confusa com relação a forma como ele me trata, poxa! Sei que sou muito mais interessante do que elas...ta certo que não sou a garota "perfeitinha" de seios grandes, mas, sou legal, tenho certeza que posso fazer qualquer homem feliz, no entanto, ele insiste em me tratar mal. Aqui do meu quarto pela janela dá pra ver o movimento de entra e sai da casa, passo bastante tempo perto da janela lendo uns livros, quando desviei o olhar para o lado de fora notei que um carinha desceu do carro, é simpático acho que é um amigo de Calebe só pode ser, a campainha toca e só está eu em casa Calebe saiu foi não sei aonde, vou atender a porta.
-Quem é?- grito segurando a maçaneta.
-Sou um amigo do Calebe o Renan ele está aí?- abro devagarinho a porta e posso me certificar de que o garoto é realmente muito simpático, tem o cabelo curto escuro e é pardo usa uma camisa uma calça e um tênis, e com um sorriso estende a mão pra mim e eu a pego.- Prazer eu sou o Renan, posso entrar?
- Oi..prazer meu nome é Lena e não pode entrar não porque estou sozinha.
-Atá, mas, eu não vou te atacar.
-Eu não te conheço e não posso confiar em você.
- Você é estranha! Mas, tudo bem.- quando ia fechar a porta ele põe o pé para que não feche.- você deve ser a garota que o Calebe comentou...
-Ele falou de mim?
-Sim..mas, você é gata! Não tem nada a ver com o que ele havia dito.
-Ele disse que sou feia?
-Não foi com essas palavras...
-Filho da mãe! Quer dizer que ele fala de mim é?
- Bem...ele falou que havia uma garota chata morando na casa dele.
-Chata eu? Eu? Ele que é.- Falo alto de mais.
-Se me permite dizer...não vi nada de chato em você.- fico rubra. E acho que ele está me cantando. É quando ouço uma voz grossa, dizendo:
-Que porra é essa aqui? o que você ta fazendo Renan?
- Tô conversando com a chata.- fala brincando. Olho para Renan e depois para Calebe, por que ele está tão alterado?
- Lena entra.- fala olhando para mim com ódio no olhar, quem ele pensa que é?
- Você não manda em mim garoto! Ta doido? - ele se aproxima e fica entre mim e Renan.
-Garota você vai fazer o que eu tô dizendo, por bem ou por mal?- fala apontando o dedo pra mim. Então Renan pega no ombro dele e fala.
-Ei cara não fala assim com ela agente só tava conversando.- Calebe vira e acerta um soco bem no nariz de Renan o mesmo cai com a mão no nariz.
- Nunca mais toque em mim! E não volte mais aqui seu aproveitador de merda.
-Vai se fuder Calebe! - Renan fala se levantando com o rosto sujo de sangue e volta com o rabinho entre as pernas para o seu carro.
- Você ta maluco? Machucou ele!- faço mensam de ir até Renan para ajudá lo e ele fica em minha frente.
- Nem pense nisso! Volta pró seu quarto. -Aponta para a casa. Esse garoto pirou de vez? Não vou obedecê lo não é nada para mim!
- Não vou te obedecer! Seu doido!
-Vou falar mais uma vez, vai para o seu quarto.- cruso os braços e o encaro, então ele vem em minha direção e abaixa pegando em minha coxa e me ergue em seus ombros, bato em sua costas.
-Me solta! Seu doido!- contínuo batendo nele, mas isso não o impede de entrar na casa, fechar a porta e caminhar comigo até a escada.
- Eu disse pra você! Fica quieta!
- Me solta pertubado! Seu idiota! Me solta!
-Vou soltar você no seu quarto.- chega no meu quarto abre a porta e me desce de uma forma que escorrego pelo seu corpo e ainda segura em minha cintura, estamos frente a frente próximos de mais, estou ofegante e ele também graças a caminhada que fez comigo em seu colo.
Sinto o cheiro de sua boca e pela primeira vez na vida sinto vontade enorme de beijar alguém. Ele me olha intensamente com a boca entreaberta.
-Por que fez isso?- falo devagar e quase sussurrando.
-Por que não suporto a ideia de alguém chegar perto de você.- ele diz e me puxa pra perto de si fazendo com que o sinta ali.
-Mas..você me odeia...
-Eu não te odeio Lena. Pelo contrário, estou apaixonado por você.-Então sou pega de surpresa, quando beija minha boca com exigência, suas mãos percorrem o meu corpo e eu seguro sua cintura para me equilibrar, e correspondo aos seus beijos, nossas línguas se encontram e eu o empurro contra a parede e ficamos nos beijando com paixão, mal consigo respirar, com uma mão segura minha nuca e com a outra minha bunda e a pressiona contra seu membro que a essa altura está bem visível pela calça, sinto uma vontade enorme de pegar, mas, me contenho.
Ele larga minha boca e continua dando pequenos beijos ao redor do meu rosto e desce dando beijos quentes pelo meu pescoço.
-Ah! Calebe- levanto minhas mãos e seguro seus cabelos e ele geme, então levanta uma de minhas pernas e pressiona seu membro em minha virilha, nossa! Isso é muito bom! Nunca tinha feito algo parecido. E nós somos apenas corpos entrelaçados e suados, ele me beija novamente e sua mão está segurando minha perna e a outra está em minha cintura, seu beijo é minha perdição, estamos perdidos naquele momento naquela intensidade. De repente ouvimos um barulho de porta se abrindo.
-Cheguei! Calebe? Lena? Cadê vocês?- nos olhamos.
-É o meu pai.- olho para ele e faço que sim.
-Eu sei.- então nos afastamos e tentamos recuperar o fôlego.
-Eu vou descer, ok. Depois agente conversa sobre...
-Sobre isso né.
-É.- ele me olha sem graça e passa a mão no cabelo e sai.
Fecho a porta e me incosto nela, mal podendo acreditar no que acabara de ocorrer. Eu e Calebe estávamos nos pegando pra valer! Foi ótimo! Estou tremendo e com o coração acelerado, pode um casal ter tanta química assim? Estou toda melada e só de lembrar que o seu membro estava rígido e que eu estava me esfregando nele fico mais vermelha do que estou! O que foi aquilo? O que vai acontecer agora? Eu não posso contar isso pra ninguém, se meu pai saber vai querer que eu saia daqui e agora  e eu não quero ir.

Arrebatadora Paixão.Onde histórias criam vida. Descubra agora