Capítulo 17

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"Lembre-me de nunca ficar do seu lado ruim," Draco assobiou. "Você tem certeza de que é um Grifinório?"

Hermione revirou os olhos para ele.

Sinceramente, Hermione não tinha certeza disso. Ela não tinha mais certeza de nada. Olhando para suas ações recentes, ela teve que concordar com Draco que parecia mais algo que um sonserino faria. O pensamento trouxe uma pontada de desconforto, mas ela escolheu ignorar. Ela sempre gostou de pensar que ser uma grifinória não a definia completamente. O chapéu seletor havia originalmente debatido entre colocá-la na Corvinal ou na Grifinória, alegando que ela tinha as características para ambas. Quem poderia dizer que ela não tinha um pouco de sonserina nela também? E ela supôs que era inevitável quando alguém estava cercado por nada além de sonserinos diariamente.

De qualquer forma, Bellatrix estava recebendo o que merecia.

Virando-se, ela começou a subir as escadas com Draco e a Sra. Malfoy seguindo atrás dela. Ela ficou surpresa com a facilidade com que conseguiu navegar pela casa, sabendo exatamente onde tudo estava. Um feito que ela inicialmente pensou ser impossível considerando que a mansão tinha mais de cem cômodos diferentes.

"Eu perdi alguma coisa enquanto estive fora?" Hermione perguntou. "Sabe, além do que eu já aprendi."

Draco deu de ombros. "Não muito, a menos que você conte uma visita de Greybeck e sua tropa de ladrões."

"O que eles estavam fazendo aqui?"

"Eles vieram para libertar prisioneiros."

Hermione parou bruscamente. "Alguém que conhecemos?"

Houve um momento de silêncio antes de Draco responder. "Dean Thomas, Dirk Cresswell e Edward Tonks estavam entre os capturados", ele explicou. "No entanto, Dean foi o único que chegou aqui vivo."

Um suspiro agudo escapou de seus lábios. "Edward Tonks, como em Ted Tonks? O marido de Andrômeda?"
Draco assentiu com a cabeça.

É claro que Ted teria sido capturado pelos sequestradores, sendo um nascido trouxa bem conhecido.

Pobre Tonks. Seu coração doeu com o pensamento. Ela só conseguia imaginar o que ela e Andrômeda estavam passando. Pensar que ela tinha passado a última semana vivendo sem sequer pensar em todos aqueles que estavam sofrendo como resultado dessa guerra terrível. E ainda assim, uma das primeiras coisas que lhe veio à mente foi o quão devastada ela ficaria se fosse seu próprio marido que morresse.

Sem saber o que pensar ou mesmo sentir em relação a isso, ela se forçou a continuar andando até chegar à porta do seu quarto, abrindo-a e entrando. A Sra. Malfoy a seguiu para dentro e Draco se moveu para fazer o mesmo, mas foi parado por sua mãe.

"Não é apropriado que um bruxo solteiro como você esteja no quarto de uma bruxa casada", afirmou a Sra. Malfoy.

"Oh, pelo amor de Merlin!" Hermione exclamou. "Você só pode estar brincando."

A Sra. Malfoy balançou a cabeça. "É uma das muitas regras de protocolo que você terá que aderir agora que está casada."

"O Lorde das Trevas tem que aderir a uma regra semelhante?"

O toque de simpatia nos olhos claros da Sra. Malfoy respondeu à sua pergunta.

Hermione desviou o olhar. Ela deveria saber que seria esse o caso. Os puro-sangues sempre foram bastante antiquados em suas visões. As regras que eram dadas às mulheres não eram as mesmas que as regras dadas aos homens. Era nojento e muito errado.

Draco também não pareceu muito satisfeito com isso, mas mesmo assim ele cedeu e voltou para o corredor, fechando a porta atrás de si.

Assim que ele saiu, a Sra. Malfoy pegou sua varinha e lançou Muffliato na porta. Uma sensação de pavor tomou conta de Hermione quando a Sra. Malfoy então a pegou pela mão e a levou para se sentar na beirada da cama.

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