O silêncio no celeiro é preenchido pelo som das respirações aceleradas dos três, ainda processando a adrenalina da perseguição. Luna se encosta em uma das vigas, tentando recuperar o fôlego, enquanto Albara verifica o estado do Kuruma, inspecionando qualquer dano que o carro possa ter sofrido durante a fuga. Connor se aproxima, observando Luna com um sorriso de cumplicidade.
Connor - Achou que ia ser fácil?
Luna - Nunca disse que seria, mas não é por isso que deixo de aproveitar.
Albara se vira para eles, com um olhar sério.
Albara - Certo, tivemos sorte, mas eles estão vasculhando a região agora. Precisamos de um plano mais definitivo para desaparecer.
Connor - Podemos usar essas estradas secundárias e nos afastar ainda mais da área de busca, mas... logo vão aumentar o cerco. E se os helicópteros voltarem?
Luna olha ao redor, pensando, e então aponta para o fundo do celeiro, onde há um alçapão coberto de poeira e palha.
Luna - E se usássemos isso? Pode haver uma saída por baixo, talvez um túnel. Vale a pena verificar.
Connor - Gênio! Albara, o que acha?
Albara - Se tiver mesmo uma passagem, será nossa melhor chance. E se nos der algum tempo, podemos nos reagrupar e traçar uma nova rota.
Luna caminha até o alçapão e, com alguma dificuldade, consegue levantar a tampa de madeira antiga, revelando uma escada que leva a uma passagem subterrânea escura e estreita. Ela respira fundo.
Luna - Parece que vamos ter que descer. Alguém trouxe uma lanterna?
Connor vasculha sua mochila e puxa uma pequena lanterna, acendendo-a e iluminando o caminho.
Connor - Vamos nessa. Eu vou na frente.
Eles descem a escada com cuidado, um a um, ouvindo os ecos dos passos no túnel sombrio. As paredes são úmidas e antigas, dando um ar de mistério ao lugar. Ao avançarem, percebem que o túnel se estende por uma longa distância, e o som das sirenes vai ficando cada vez mais distante.
Albara - Isso deve nos levar para fora do perímetro de busca deles. Com sorte, podemos sair em um local seguro.
Luna - E depois disso? Qual é o plano?
Connor - Ainda temos o objetivo original. Precisamos pegar o que viemos buscar. Esse desvio foi um contratempo, mas não muda nada.
Albara faz um aceno de concordância enquanto seguem em frente. O túnel começa a se inclinar levemente para cima, indicando que estão próximos de uma saída. Em silêncio, eles trocam olhares, cientes de que a calmaria que estão experimentando é apenas temporária.
Finalmente, chegam a uma abertura que os leva para fora, em uma clareira isolada na floresta. A noite está escura, e os sons da natureza são os únicos que ouvem agora. Eles respiram aliviados, mas sabem que precisam continuar se movendo.
Connor - Então, qual é a próxima parada?
Albara - Há um ponto de encontro seguro a algumas horas daqui. Precisamos de um novo veículo e um pouco de descanso antes de planejarmos o próximo passo.
Luna - Vamos. Ainda temos um longo caminho pela frente.
Com determinação, eles se lançam na noite, deixando o celeiro e o caos da perseguição para trás, mas com a certeza de que a aventura está apenas começando.