'𝐄 𝐒𝐄 𝐄𝐌 𝐔𝐌𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐉𝐎𝐆𝐎
do Botafogo X Corinthians muda-se
a vida inteira de duas skatista?
'𝑬 𝑺𝑬 𝑴𝑨𝑹𝑰𝑨 𝑪𝑳𝑨𝑹𝑨 𝑪𝑶𝑬𝑳𝑯𝑶 𝑷𝑨𝑮𝑨𝑵𝑰 𝑴𝑨𝑰𝑺 𝑪𝑶𝑵𝑯𝑬𝑪𝑰𝑫𝑨 𝑪𝑶𝑴𝑶 𝑪𝑳𝑨𝑹𝑨 𝑪𝑶𝑬𝑳𝑯𝑶, uma skatista ba...
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7 de junho de 2024 | 📍São Paulo 13:46 p.m. Duas horas antes do voo para o Rio de Janeiro.
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TINHA EXATAMENTE SEIS DIAS DESDE da minha primeira conversa com a Rayssa sem skate ou competição no meio. Quando eu falei que nunca tínhamos conversado além de assuntos sobre skate e competição, eu não estava exagerando.
Eu estava terminando de arrumar minha mala para voltar para o Rio. Já estava com saudade da minha casinha; não é fácil passar dias fora de casa, ainda mais quando se tem um trabalho que exige estar constantemente viajando. Quando terminei de organizar tudo, já estava pronta: banho tomado e café da manhã tomado. Fiz uma maquiagem leve, aplicando apenas blush, rímel e gloss, nada além disso. Estava usando um conjunto de moletons da Essentials Fear of God da cor cinza. Por baixo do moletom, vestia um cropped faixa preto, um pouco mais longo, mas ainda assim acima do umbigo.
— Branquela, você tá pronta? Precisa de ajuda para descer a mala? — pergunta meu irmão, abrindo a porta sem bater antes.
Ok, isso me irrita exageradamente. Imagina se eu estivesse trocando de roupa! Esse filhote de cruz-credo abre sem bater; parece que nunca aprende.
— Cauê! Bate na porta antes de entrar! — repreendo o mais velho.
— Foi mal, veinha, mas precisa de ajuda?
— Claro que preciso. Leva essa mala lá pra baixo pra mim.
Ele se aproxima, pega a mala e vai até a porta novamente, agora carregando a mala.
— Termina logo e vai lá pra baixo; tá quase todo mundo pronto.
— Tá bom — digo, fazendo um joinha para ele.
Assim que ele sai, verifico se tem mais alguma coisa minha no quarto da casa que alugamos aqui em São Paulo. Dou uma boa olhada, não encontro mais nada, então pego minha bolsa, onde estão meu carregador, fone, nécessaire e mais algumas coisas.
Logo desço as escadas, indo ao encontro da minha família, que já está quase toda reunida na sala.
— Bom dia, pai — falo, indo abraçar o careca do meu pai.
— Bom dia, minha princesa — ele retribuiu o abraço.
Só estava o meu pai na sala, e havia um monte de malas. Bem, eu não fazia ideia de onde o resto desse povo estava.
— Pai, sabe o que eu estava pensando? — pergunto.
— Não sei, mas me diga — diz ele, rindo.
— Bem que a gente podia ir a Imperatriz e em Porto Velho visitar nossa família. Tô com saudade deles.
