'𝐄 𝐒𝐄 𝐄𝐌 𝐔𝐌𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐉𝐎𝐆𝐎
do Botafogo X Corinthians muda-se
a vida inteira de duas skatista?
'𝑬 𝑺𝑬 𝑴𝑨𝑹𝑰𝑨 𝑪𝑳𝑨𝑹𝑨 𝑪𝑶𝑬𝑳𝑯𝑶 𝑷𝑨𝑮𝑨𝑵𝑰 𝑴𝑨𝑰𝑺 𝑪𝑶𝑵𝑯𝑬𝑪𝑰𝑫𝑨 𝑪𝑶𝑴𝑶 𝑪𝑳𝑨𝑹𝑨 𝑪𝑶𝑬𝑳𝑯𝑶, uma skatista ba...
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1 de junho de 2024 | 📍São Paulo 20:41 p.m. Meia hora antes do jogo do Botafogo e Corinthians na Neo Química Arena.
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ASSIM QUE ENTRAMOS NO ESTÁDIO, fomos direto para a área VIP, onde minha mãe havia comprado os ingressos. Tínhamos acabado de chegar em frente à nossa salinha da área VIP, quando o segurança, que estava na entrada, nos cumprimentou.
— Olá, tudo certo? — perguntou o segurança de forma respeitosa e educada.
— Tudo certo, e com você? — respondeu meu pai, cumprimentando o segurança com um aperto de mão.
— Tudo certo também. Vocês sabem que vão dividir essa área VIP com outra família de torcedores, né? — disse o segurança.
— Sim, sabemos, mas me diz, eles torcem para o Botafogo ou para o Corinthians? — perguntou minha mãe.
— Bom, são corinthianos, mas acho que vocês não terão problemas; eles são muito educados — respondeu o segurança, tentando nos tranquilizar.
— Então, tudo certo. Muito obrigada! — disse minha mãe.
— Sem problemas! Qualquer coisa, podem me chamar — respondeu o segurança, abrindo a porta da salinha para que entrássemos.
Assim que o segurança abre a porta, damos de cara com a família Leal. Rayssa Leal. Eu e ela nunca fomos próximas, mas trocávamos ideia quando necessário, já que fazíamos parte da mesma seleção, a Seleção Brasileira Feminino de Skate Street. No entanto, meu irmão e o irmão dela são bem amigos e sempre saem juntos, então acabamos convivendo no mesmo grupo, mas eu e Rayssa nunca ficamos a sós para conversar.
Por isso, não somos próximas o suficiente para sermos consideradas grandes amigas; somos apenas colegas. Não sei por que, nesses anos em que estamos no mesmo grupo de amigos e na mesma seleção, eu e a Leal nunca nos tornamos próximas. Talvez seja porque não temos muitas coisas em comum ou porque ela simplesmente não gosta muito de mim.
Uma coisa que não duvido muito, porque, sempre que tento conversar com ela sobre algo que não seja manobras de skate ou campeonatos, ela meio que se esquiva da conversa. Na minha cabeça, isso significa que ela não gosta de mim, ou talvez apenas não se sinta confortável comigo. Então, parei de tentar conversar sobre qualquer coisa que não seja skate e assuntos relacionados.
— Lilian!! Quanto tempo, menina! — diz minha mãe assim que vê Lilian, a mãe da Rayssa.
— Camilla!! Faz tempo mesmo, mulher! Já estava com saudades de te ver — responde Lilian, indo até minha mãe e lhe dando um abraço.
