Capítulo 3 Paula

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Por Paula Figueiredo Martins:

Depois daquela conversa tensa que eu tive com o Sr. Molina e ainda ter que aguentar o Capitão Nascimento falando bosta do meu lado, eu voltei a delegacia e deixei o depoimento com o advogado e delegado  Danilo.

— Eu fui até o Molina, e bem foi isso aí que ele respondeu - Falei enquanto puxava uma cadeira e me sentava.

Enquanto isso pude ver pelo vidro Nascimento conversando com alguns dos seus amigos, mas ignorei e voltei a conversa com o Danilo.

— É... complicado em, ele falou que não sabe de nada mesmo?, nenhuma coisinha que tenha feito os bandidos fazerem isso com a família dele?

A voz de Danilo era meio desconfiada

— Então, ele disse que não tem assim...como saber se a mulher dele teve algum tipo de contato com alguém antes do acontecido, porém eu acho estranho essa história toda.

— Por quê?

— Bem quando eu olhei os corpos na sala da perícia, eu vi realmente que a mulher estava realmente grávida de gêmeos, ela estava com 23 semanas, os médicos disseram que as crianças não sobreviveram.

— Sim, infelizmente uma história muito triste, mas o que me incomodou foi o fato deste homem falar que não sabe de nada, porra ele tava lá na hora e só ele ficou vivo?, porra aí tem coisa meu.

Ele jogou a pasta que lia enquanto falava comigo a sua mesa de novo com certo desgosto e desconfiança pura

— Eu entendo que isso seja difícil, eu tentei tirar todas as informações possíveis.

— Eu também Paula, eu mandei os polícias na casa dele, até então acharam um cofre com dólar, uma quantia de uns mil reais e uma arma calibre 38, que este senhor falou a polícia que era do pai dele a arma e por isso estava guardada dentro do cofre pois era lembrança, junto ao dinheiro.

— Estranho, ele não mencionou isso para mim e nem para o Nascimento.

Cruzei os braços pensativa

— Se acha mesmo que ele ia soltar a boca Paula?, este senhor está sendo nosso principal suspeito além dos bandidos que estão foragidos, fora que dizem que tem dedo do Pistolinha aí nisso tudo.

— Sinceramente é uma corrida contra o tempo

Ele assente enquanto ficamos em silêncio durante uns instantes.

— e você Paula , está tudo bem?

Ele me tirou de meus devaneios e eu respiro suavemente e o respondo.

— Sim, está tudo bem comigo, só tô meio avoada nisso tudo.

— Vai pra casa, descanse, se precisarmos eu mando uma mensagem no seu WhatsApp.

Eu assenti e me levantei saindo de sua sala, pelo corredor eu vi Nascimento sentado em sua cadeira dentro de sua sala com uma cara de poucos amigos.

— Oi, você tá bem? - Perguntei me apoiando no batente da porta suavemente.

— Estou bem sim - Ele diz engolindo seco pelo que percebi

— Tá, eu vou voltar para casa e qualquer coisa eu volto aqui - Falei e ele apenas mexeu a cabeça.

Eu continuei meu caminho ainda pensativa e tentando juntar as peças desse caso tão difícil, entrei no meu carro e fui embora.

Durante o percurso eu recebi uma ligação de Nascimento.

( Ligação: )

— Sim ?

— Você recebeu as fotos que o Douglas mandou ?

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