Por Paula Figueiredo Martins:
Depois daquela conversa tensa que eu tive com o Sr. Molina e ainda ter que aguentar o Capitão Nascimento falando bosta do meu lado, eu voltei a delegacia e deixei o depoimento com o advogado e delegado Danilo.
— Eu fui até o Molina, e bem foi isso aí que ele respondeu - Falei enquanto puxava uma cadeira e me sentava.
Enquanto isso pude ver pelo vidro Nascimento conversando com alguns dos seus amigos, mas ignorei e voltei a conversa com o Danilo.
— É... complicado em, ele falou que não sabe de nada mesmo?, nenhuma coisinha que tenha feito os bandidos fazerem isso com a família dele?
A voz de Danilo era meio desconfiada
— Então, ele disse que não tem assim...como saber se a mulher dele teve algum tipo de contato com alguém antes do acontecido, porém eu acho estranho essa história toda.
— Por quê?
— Bem quando eu olhei os corpos na sala da perícia, eu vi realmente que a mulher estava realmente grávida de gêmeos, ela estava com 23 semanas, os médicos disseram que as crianças não sobreviveram.
— Sim, infelizmente uma história muito triste, mas o que me incomodou foi o fato deste homem falar que não sabe de nada, porra ele tava lá na hora e só ele ficou vivo?, porra aí tem coisa meu.
Ele jogou a pasta que lia enquanto falava comigo a sua mesa de novo com certo desgosto e desconfiança pura
— Eu entendo que isso seja difícil, eu tentei tirar todas as informações possíveis.
— Eu também Paula, eu mandei os polícias na casa dele, até então acharam um cofre com dólar, uma quantia de uns mil reais e uma arma calibre 38, que este senhor falou a polícia que era do pai dele a arma e por isso estava guardada dentro do cofre pois era lembrança, junto ao dinheiro.
— Estranho, ele não mencionou isso para mim e nem para o Nascimento.
Cruzei os braços pensativa
— Se acha mesmo que ele ia soltar a boca Paula?, este senhor está sendo nosso principal suspeito além dos bandidos que estão foragidos, fora que dizem que tem dedo do Pistolinha aí nisso tudo.
— Sinceramente é uma corrida contra o tempo
Ele assente enquanto ficamos em silêncio durante uns instantes.
— e você Paula , está tudo bem?
Ele me tirou de meus devaneios e eu respiro suavemente e o respondo.
— Sim, está tudo bem comigo, só tô meio avoada nisso tudo.
— Vai pra casa, descanse, se precisarmos eu mando uma mensagem no seu WhatsApp.
Eu assenti e me levantei saindo de sua sala, pelo corredor eu vi Nascimento sentado em sua cadeira dentro de sua sala com uma cara de poucos amigos.
— Oi, você tá bem? - Perguntei me apoiando no batente da porta suavemente.
— Estou bem sim - Ele diz engolindo seco pelo que percebi
— Tá, eu vou voltar para casa e qualquer coisa eu volto aqui - Falei e ele apenas mexeu a cabeça.
Eu continuei meu caminho ainda pensativa e tentando juntar as peças desse caso tão difícil, entrei no meu carro e fui embora.
Durante o percurso eu recebi uma ligação de Nascimento.
( Ligação: )
— Sim ?
— Você recebeu as fotos que o Douglas mandou ?
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Destinos Proibidos
Literatura FemininaPaula é uma Perita Criminal do PMRJ , onde ela trabalha desde os seus 18 anos. Hoje com 23 anos , sempre deu valor ao seu trabalho, e quando conheceu o famoso Capitão Nascimento, sua vida mudou, eles eram muitos amigos, porém Rosane sua esposa era c...