Eu não preciso de você

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Sem esperar por uma resposta, Penélope se virou e entrou no chalé, a cabeça girando. Eloise e Kate trocaram um olhar preocupado e a seguiram, deixando o resto do grupo em um silêncio pesado e desconfortável.

Penélope entrou no chalé com passos rápidos, tentando manter a compostura, mas assim que passou pela porta, sua respiração se acelerou, e lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Ela foi direto para um canto, do salão do bar, longe dos demais frequentadores, abraçando-se como se quisesse se proteger da dor que a consumia.

Eloise e Kate a seguiram de perto.

— Penélope... — Eloise começou, sua voz cheia de preocupação. — Fala com a gente.

Penélope balançou a cabeça, tentando afastar as lágrimas. — Eu não... eu não consigo acreditar nisso. — Sua voz saiu trêmula, quase inaudível. No entanto, ela queria ter forças para gritar.

Do lado de fora, o clima também estava tenso. Colin segurava a caixa nas mãos, o olhar perdido. Marina, sem perceber o impacto de suas ações, sorria satisfeita, segurando sua barriga ainda plana.

— Colin, amor, você está bem? — Marina perguntou, colocando uma mão no ombro dele.

Colin não respondeu de imediato. A confusão e o conflito interno eram evidentes em seus olhos. Finalmente, ele levantou a cabeça, seu olhar frio e distante.

— Marina... nós precisamos conversar — ele disse, a voz baixa e firme.

Marina franziu o cenho, claramente não esperando aquela reação. — Conversar? Sobre o quê? Pensei que estaria feliz...

Colin suspirou, passando a mão pelos cabelos, tentando encontrar as palavras certas. — Eu... eu não posso fingir que tudo está bem. Isso tudo... — ele gesticulou para a caixa e depois na direção ao bar onde Penélope estava — ...não pode ser resolvido assim.

Marina, sem entender, o interrompeu: — Mas, Colin, estamos esperando um bebê... nos amamos.

Antes que Colin pudesse responder, Anthony se aproximou, o rosto sério. — Colin, acho que você precisa resolver isso agora. — Ele olhou para Marina, seu olhar cheio de julgamento.

Colin sabia que tinha que tomar uma decisão. Ele respirou fundo e, sem mais uma palavra, virou-se e seguiu na direção do bar onde Penélope estava. Marina tentou segui-lo, mas Anthony a impediu, segurando seu braço gentilmente.

— Deixe-o resolver isso, Marina — disse Anthony, sua voz firme.

Marina, ainda perplexa, ficou parada ali, sem saber o que fazer, enquanto Colin se aproximava da porta, cada passo mais pesado do que o anterior.

Colin entrou no bar, mas foi interceptado por Kate, que se colocou firmemente na frente dele.

— Não é o momento, Colin — disse ela, sua voz baixa, mas firme. — Penélope precisa de espaço agora.

Sem dar chance para mais protestos, Colin desviou de Kate e foi à procura de Penélope.

— O que você está fazendo aqui, Colin? — Penélope exigiu, a voz tremendo de emoção.

Colin avançou, tentando se aproximar, mas Penélope ergueu a mão para barrá-lo, seu rosto vermelho de raiva.

— Não me toque! — ela gritou. — Você não tem o direito de me tocar agora!

— Penélope, por favor, me deixe explicar — Colin começou, sua voz tensa e cheia de frustração.

— Explicar? Sobre o quê? — Penélope interrompeu, os olhos lançando chamas. — Sobre como você mentiu para mim? Escondeu a gravidez de Marina! Como você fez de mim uma idiota na frente de todos que eu amo.

Polin - Limite da amizadeOnde histórias criam vida. Descubra agora