A jovem moça não acreditava que seria tão ingênua a ponto de confiar cegamente naquele homem. Aquele que a deixou trancada ali, a deixou para morrer.
Raquel acreditava que em breve, seu doce perfume seria estragado pelo odor de decomposição que tomava conta do local, que nunca mais veria o rosto de seu amado gatinho, o mesmo que provavelmente morreria de fome, trancado no pequeno apartamento que mal havia aproveitado.
Naquele pequeno jazigo cheio de vítimas do destino, a moça relembrava suas melhores memórias, quando saía aos domingos com suas amigas, tantas coisas que agora só iria restar em suas memórias, memórias levadas consigo até o fim.
Embora uma pequena parte acreditasse que seria salva, outra parte de si rezava para que conseguisse a paz no paraíso.
Vendo que dias haviam passado, a voz de seu pensamento a aconselhava que apenas esperasse por ajuda ou pela morte.
Em um ato de desespero, Raquel desferiu socos no vidro através das grades que a impedia de sair, os cacos coloridos do vitral quebrado caíam em seus pés, sendo usados para cortar sua pele, a jovem arrependida do que havia feito, tentou gritar por ajuda.
Mas era tarde demais para fugir da morte.
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Narrativas em sala de aula
RandomA disciplina de Estágio Supervisionado 1 ofertada pela Universidade Federal de Alagoas - Ufal , foi o plano de fundo para o projeto desenvolvido no Colégio Santa Amélia Unidade Tabuleiro com as turmas do Oitavo e Sexto ano. O presente projeto refere...