Lá vem meu pequeno Diego com seu carrinho pela estrada fora levando seus docinhos para a vovozinha — só que não — Diego Souza Cruz vulgo Digão para os íntimos vinha nada contente dirigindo seu bebê; uma caminhonete 4x4 cabine dupla prata que ele carinhosamente apelidou de Dorotéia e que digo mais combinava perfeitamente com ele, meu menino agora é um homem e que homem! Cabelo preto cortado estilo militar, olhos negros, tez clara, um corpo com mais de 90 kg de músculos distribuídos em seus quase dois metros de altura para ser mais exato 1.97, vestido em roupas sociais era sem dúvida de encher os olhos.
Carrancudo e resmungão vinha ignorando umas leis de trânsito falando ao celular — no fone é lógico — com seu amigo/sócio Ricardo:— Me lembra de novo Ricardo por quê estou dirigindo a mais de 7 horas já, indo pra uma droga de cidade perdida no meio do nada que eu pensei que nunca mais colocaria meus pés?
— Hum... deixa eu pensar um pouquinho. Ah já sei, deve ser porque você não quis deixar a Dorotéia pra traz e economizar umas horas indo de avião não é? hahaha...
— Engraçadão você né? Tô rindo muito ó. Deixa de graça Ricardo não tô com paciência!
— Então deixa de drama Digão, parece a Fabi na tpm! Essa obra ta nos rendendo grana demais e precisa do nosso melhor engenheiro para supervisiona-la de perto e depois um ano passa rápido, além do mais você nem precisa ficar todo o tempo aí pode perfeitamente vir de avião sempre que quiser, já ficou mais tempo do que isso em outros lugares e nunca reclamou assim. Isso tudo é pela história que contou pra Fabi e eu de quando era uma criança gordinha, pensei que já tivesse superado grandão!
— E já superei, tive uma vida maravilhosa longe dessa cidade, daquela escola e principalmente daqueles garotos. Sei que depois de tanto tempo eles nem se lembrem mais de mim se é que algum deles ainda mora por lá, só não queria viver novamente numa cidade no meio de lugar nenhum. Não tem nada lá sabia?
— Tudo muda Diego ou nosso cliente não estaria nos pagando para construir um shopping lá! Você vai ver tenho certeza que você vai achar algo pra se divertir rapidinho! Só pelo amor de Deus segura um pouco a onda do seu Dieguinho, mais um filho e o seu salário vai inteiro só pra pagar pensão, três filhos um de cada ex namorada/ficante já basta né?
— Hahahaha de Dieguinho meu brinquedo não tem nada, sabe que ele é proporcional ao meu tamanho, quanto aos meus filhos, eles são os meus tesouros e seus também padrinho desnaturado mas não se preocupe foram só arroubos de adolescente aprendi a pensar mais com a cabeça de cima! E espero que a Fabi tenha conseguido pelo menos um bom lugar pra eu dormir e que não tenha pulgas pelos céus!
— Minha Fabi é competente e conhece você como ninguém, vai morar num pequeno apartamento acima do restaurante/churrascaria da cidade e vai ter só o dono como vizinho e que segundo as informações passadas é um carinha gente fina, portanto não assusta ele com essa sua cara feia não amigo!
— Hoje você está tão engraçadinho Ricardo desse jeito você vai me matar de tanto rir, sabe que de nós dois eu sou o mais bonito, nem sei porque a Fabi escolheu você quando tinha eu á disposição.
— Vai te catar Digão! A Fabi nunca te deu moral porque eu sempre fui mais bonito e tenho uma coisa que você não tem!
— Hahahaha... eu sei, olhos azuis! Agora vai trabalhar Ricardo, tô desligando, chegando aqui na maravilhosa Lovelândia a cidade do amor, até mais!
— Falou, até mais!
E Digão entrando na cidade cortou algumas ruas — que não eram muitas — e chegou ao pequeno prédio que abrigava não só seu futuro lar por um ano como também o magnífico, maravilhoso, requintadissimo, digno dos melhores chefes franceses e 5 estrelas (só que não) Lovelândia Restaurante e Churrascaria, o único!
Sarcasmo? Não imagina! Foi só isso que pensou meu docinho de coco Digão.
Estacionou Dorotéia numa das incontáveis vagas existentes ali — que eu contei eram quatro — tirou o cinto, desabotoou o colarinho e os punhos da camisa levando as mangas até os cotovelos, respirou fundo abriu a porta da caminhonete/Dorotéia e enfim seus pés tocaram mais uma vez o solo de Lovelândia...CONTINUA...
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Seu Urso...
RomanceO destino brincando com dois homens que se conheceram crianças e que se detestavam sem saber porquê (coisas de crianças). Um grandão e um baixinho. Depois de muitos anos sem se verem eles se reencontram e... Se você deseja se divertir com um conto r...