Camareira- Senhorita Júlia, senhorita, acorda- sinto alguém me sacudindo.
Júlia- Me deixe dormir- escondo o meu rosto com o travesseiro.
Camareira- Hoje é seu primeiro dia de aula. A senhorita precisa se apressar, senão vai se atrasar- ela puxa o meu coberto e eu me encolho de frio
Júlia- Só mais um pouquinho- tento puxar o cobertor de volta.
Camareira- Pelas ordens da sua avó, a senhorita deve levantar imediatamente- ela fala em um tom firme.
Júlia- Eu nunca acordei tão cedo na minha vida- reclamo emburrada.
Vovó- Bom dia minha querida.
Júlia- Bom dia vovó- falo ainda sonolenta.
Vovó- Se anime querida, vá tomar um banho- ela me empurra até o banheiro.
Saio do banheiro com meu roupão. Preciso decidir o que vestir. Com que roupa eu vou? Será que vou com um vestido? Saia? Jeans? Como as meninas da minha idade se vestem? Como posso me vestir para parecer uma pessoa normal? Mas se eu parecer normal demais, as pessoas vão se assustar se descobrirem que sou a filha do senhor Capuleto. Eu tenho algumas revistas de adolescentes que eu andei estudando para descobrir o comportamento de uma garota normal, eu estou folheando, eu preciso me vestir como uma dessas modelos.
Mas não tem nenhuma combinação para ir para escola. Fico me perguntando como a Bia se veste, ela sempre usa calça jeans, blusa moletom e tênis, acho que vou usar algo assim. Apesar que a única blusa moletom que eu achei era um pijama, com essa combinação eu parecia uma garota normal.
Quando desço as escadas, Bia já estava me esperando, ela me prometeu que iríamos juntas na escola. Ela me encara por alguns segundos depois começa a rir.
Júlia- Por que você está rindo de mim?- falo emburrada.
Bia- Você vai assim na escola, vestindo seu pijama- ela continuando rindo.
Júlia- É a única coisa que eu achei.
Bia- Por favor, pare, meu estômago está doendo. Eu não acredito que a menina mais rica da escola está se vestindo assim- ela está rindo, agora com a duas mãos segurando a barriga.
Júlia- Mas você também está vestindo algo simples- eu tento me justificar, mas parece que ela está rindo cada vez mais.
Bia- Esse é o meu uniforme.
Júlia- Uniforme? Ninguém me falou de usar um uniforme.
Camareira- Senhorita Júlia, seu uniforme está ao lado da porta do seu closet.
Júlia- Com licença, eu irei me trocar.
Não era a roupa mais bonita do mundo, na verdade simples demais. Mas, se eu quisesse agir como uma menina normal, eu teria de usar essa roupa.
Depois de toda essa confusão matinal, enfim, chegamos a escola. Eu já tinha vindo aqui ontem, mas durante a manhã parecia diferente. Mesmo da entrada eu consigo avistar o jardim que ontem eu estava com aquele rapaz. Eu me distraio pensando nele, e logo acabo esbarrando em alguém.
Júlia- Ai, você me machucou! Você não olha para onde anda?- estou irritada.
Aluno- Mas foi você que se esbarrou em mim.
Bia- Dá um desconto, ela é nova aqui.
Júlia- Deixa quieto, vamos embora- eu puxo o braço da Bia para o outro lado.
Chegamos a nossa sala, fica no meio do corredor. Onde eu deveria sentar? Será q todos aqui já tem seus lugares fixos?
Bia- Senta aqui do meu lado- ela me indica a carteira ao seu lado.
Júlia- Está bem- vou me ajeitando colocando minhas coisas na carteira.
Júlia- Mas, não senta ninguém aqui?
Bia- Ah, acho que tem alguém que senta aqui, mas nem ligue, seu pai é o dono da escola.
Júlia- Não é bem assim, eu não quero que ninguém me trate diferente- quando eu me viro para atrás eu vejo o mesmo aluno que eu esbarrei no corredor.
Aluno- Esse lugar é meu- ele diz sério.
Júlia- Mas...
Bia- Você de novo Rodrigo, ela é a filha do Sr. Capuleto. Lembra que você é só um bolsista, é graças ao pai dela que você está aqui- Bia corta a minha fala, e se levanta irritada.
Júlia- Pará Bia, eu vou procurar um outro lugar, não quero ser tratada diferente- eu me levanto, mas ele já está sentado na carteira detrás.
Rodrigo- Tudo bem, eu não vou brigar com você. Aqui está vago.
Será que eu deveria me desculpar pelo que aconteceu agora? Mas o que aconteceu antes também era minha culpa. Eu me irritei porque eu não queria admitir que eu estava distraída com o rapaz de ontem. Mas, ele também foi grosso comigo.
Logo a classe toda se encheu, e senta um garoto atrás da Bia. Ele está sorrindo para todo mundo, cumprimenta a todos, ele é alto, bonito, de cabelo castanho escuro, me lembra um pouco o rapaz de ontem. Será que é ele?
Marcos- Oi, tudo bem, você é a aluna nova?
Júlia- Sim, sou a Júlia- fico vermelha.
Marcos- Prazer, eu sou o Marcos- ele sorri.
A aula começou, eu estava animada, porque era a primeira vez que estava em uma sala de aula estudando com tantos alunos. Mas os professores pareciam os mesmos, eram sempre exigentes. Logo chega o intervalo, eu percebi que todos gostam desse momento mais do que as aulas.
Bia- Eu vou comprar um lanche, você quer um?
Júlia- Sim, estou morrendo de fome.
Bia- Então, fique sentada quietinha que eu já volto- ela vai embora, me deixando sentada sozinha no banco do pátio. Eu começo a olhar para todos e me sinto solitária.
Marcos- Oi, você está sozinha?-ele se aproxima de mim.
Júlia- A Bia foi comprar uns lanches, ela já volta.
Marcos- Vocês são bem amigas, né?
Júlia- Sim, praticamente irmãs.
Marcos- Isso é bom.
Júlia- Que demora da Bia, estou com fome- olho as horas no celular.
Marcos- Pegue, eu te dou a metade- ele reparte o seu sanduíche no meio e me oferece.
Júlia- Não, não precisa.
Marcos- Fica tranquila, eu ainda não comi- ele sorri.
Eu fico sem graça, mas não poderia recusar. Ele é tão gentil, me lembra um pouco o rapaz de ontem, será que é ele? Eu gostaria de saber, eu queria tanto falar com ele novamente.
Júlia- Você estava na festa da escola ontem?
Marcos- Sim, todos do Ensino Médio foram convidados.
Júlia- Isso é verdade.
Mas se for ele mesmo, por que não diz que falou comigo ontem? Por que todo esse mistério?
Marcos- A festa estava boa. Era boas vindas para uma garota nova, eu acho que ela está começando as aulas hoje também como você.
Será que ele não se lembra de mim? Mas, eu não estava usando máscara ou coisa do tipo. Eu estava diferente, mas não era tanto.
Júlia- Sim.
Eu também não quero dizer que a garota da festa era eu. Seria um pouco embaraçoso. Eu não quero que as pessoas me tratem diferente.
Marcos- Olhe lá, a Bia está chegando- ele aponta para frente.
Bia- Me desculpe, tinha muita gente. Eu acho que se comermos rápido vai dar tempo, antes da aula começar.
Marcos- Agora que você não está sozinha, eu vou indo. Até mais.
Júlia e Bia- Até.
Minutos depois, o intervalo termina, mal consegui comer o lanche que a Bia trouxe, entramos na sala, o professor ainda não havia chegado, poucos alunos haviam entrado também.
Bia- Ei, tem algum clima entre vocês?- Bia me cutuca.
Júlia- Quem?
Bia- Você e o Marcos?
Júlia- Acho que não.
Bia- Vocês estavam conversando bastante no intervalo.
Júlia- Isso era porque ele não queria me deixar sozinha.
Bia- Era de esperar, ele é assim com todo mundo. Ele é popular com as garotas.
Júlia- Deve ter muita garota na fila- falo meio irritada, isso é ciúmes?
Bia- Já está gostando dele?
Júlia- Não... Mas, tenho dúvidas que ele seja o rapaz de ontem.
Bia- De novo aquele rapaz?- ela se irrita.
Júlia- Mas se for ele mesmo?
Bia- Por que tem de ser o rapaz?
Júlia- Por que não?
Bia- Ju, você não sabe nada dele. Talvez ele só quisesse brincar com seus sentimentos. Eu não quero que você se machuque.
Júlia- Só vou me machucar se realmente eu gostar dele?
Bia- E você gosta?
Júlia- Eu- de repente Rodrigo surge na minha frente, ele está parado, me encarando.
Rodrigo- Com licença, você está no meu caminho- percebo que coloquei a cadeira do lado da Bia, mas isso acabou bloqueando a passagem.
Júlia- Me desculpa- eu retiro a cadeira.
Rodrigo passa entre nós, falou comigo friamente, e nem me agradeceu. Eu não sei, mas parecia que ele não gostava de mim.
Bia- Ju, você gosta dele?- ela volta o assunto.
Júlia- Eu não sei, mas eu quero descobrir o que eu sinto.
Bia- Está bem, você venceu. Eu vou te ajudar, assim eu estou segura que você não faça nenhuma bobagem.
Júlia- Obrigada.
Bia- Mas, ele não deixou nenhuma pista? Não se lembra nada dele?
Júlia- Ele usava uma máscara que ele pegou na sala de teatro.
Bia- É isso!- ela se empolga.
Júlia- Como assim?
Bia- A sala de teatro. Só pode entrar lá, quem é do clube de teatro. O rapaz de ontem tem de estar lá.
Júlia- Isso mesmo. Vou me inscrever para esse clube- eu começo a me animar.
Rodrigo- Que menina fácil! É só um cara lhe der atenção, você já fica toda animada- ele zomba de mim.
Júlia- Eu não tolero- me levanto irritada.
Rodrigo- Falei algo demais para você?- ele usa um tom sarcástico.
Júlia- Desde quando eu cheguei, você foi o único que foi grosso, mal educado comigo. O que eu te fiz?- respondo imediatamente.
Bia- Chega vocês dois! O professor está chegando- ela segura meu braço.
Poucos instantes depois, eu percebo que causei uma cena dramática, apesar que não tinha tantos alunos na sala, ainda me sinto mal. Me sinto envergonhada por ter feito isso no meu primeiro dia de aula.
Mas, estou aliviada que Marcos não estava lá. O que ele poderia pensar de mim? Porém, toda essa confusão era culpa daquele Rodrigo. Por que ele me trata tão mal? Por que ele tinha de se intrometer na minha vida? Fico tão nervosa, tão irritada que não consigo me concentrar na aula.
Professor de Matemática- Júlia, Júlia, Júlia Capuleto- ele chama a minha atenção, mas revela o meu sobrenome para todos, todos os alunos estão cochichando.
Júlia- Sim- respondo sem graça.
Professor- Você não parece muito atenta na aula. É o seu primeiro dia, deveria honrar a família Capuleto!- ele está zangado.
Júlia- Sim- respondo de cabeça baixa, que vergonhoso.
Professor- Sim, é a sua única resposta?- ele parece mais zangado, eu preciso ser mais firme.
Júlia- Sim- levanto a minha cabeça e respondo firmemente.
Todos começam a rir, acho que não era isso que eu deveria responder. O pior de tudo, eu gostaria de ser uma garota normal, mas desde o primeiro dia todos sabem quem eu sou.
As aulas terminam enfim, mas nem estou com coragem de voltar aqui amanhã de novo. Nunca passei tantas coisas estranhas em um dia só. Foi um dia totalmente constrangedor.
Bia- Vamos embora, vamos- ela puxa minha blusa.
Júlia- Estou um pouco desanimada, me deixe ficar um pouco aqui, nós já vamos- me debruço na carteira.
Bia- Foi só os primeiro dia, com o tempo vai melhorar- ela tenta me animar.
Júlia- Eu não quero chegar em casa, e ver a vovó desse jeito, preciso concertar o meu humor.
Bia - Tem algo que vai te animar- ela sorri.
Júlia- O que?
Bia- O clube de teatro, você pode ir agora se inscrever. Eles fazem os ensaios depois das aulas todo dia. É na sala de teatro.
Júlia- Eu sei onde é. Eu vou lá. Você me espera- me animo rapidamente, e saio correndo até a sala de teatro.
Finalmente chego na sala, é a primeira vez que vejo tanta gente lá, o ambiente está claro. Eu preciso me informar, vejo uma garota com uma prancheta na mão. É ela quem eu escolho para pedir informações.
Júlia- Oi, eu gostaria de me inscrever para o clube.
Gabi- Oi, eu sou a secretaria, mas você precisa falar com o presidente do clube.
Júlia- Tudo bem. Onde ele está?
Gabi- Está logo ali... Rodrigo, tem uma garota que está te procurando- ela grita.
Eu não acredito no que estou vendo, Rodrigo, o mesmo que estuda comigo, que me irrita toda vez. Sim, é ele, ele é o presidente desse clube. Agora, eu não tenho nenhuma chance de conseguir isso. Ele se aproxima de mim, eu tento pensar em alguma desculpa, alguma coisa, algo que possa me fazer sair daquela situação horrível.
Rodrigo- O que você quer?- ríspido como sempre.
Júlia- Não era nada na verdade, eu já estou indo embora mesmo. Eu devo ter entrando na sala errada- estou tentando me sair de fininho dessa situação.
Gabi- Pelo que você me disse, você quer entrar para o clube- ela se intromete.
Júlia- Bem... Era isso, só que...
Rodrigo- Se conseguir entrar não vejo mal nenhum, só não atrapalhe as pessoas que levam a sério.
Júlia- Então você está dizendo que eu não consigo entrar em um clube qualquer?- me irrito novamente.
Rodrigo- Eu não disse isso. Mas, quero deixar claro que tudo isso não é mais uma brincadeira que você pode se divertir e descartar quando quiser.
Júlia- Você acha que eu não levo a sério as coisas?
Rodrigo- Eu não acho, eu tenho certeza.
Júlia- Pois bem, então eu vou provar para você que tudo que você disse a meu respeito é uma mentira.
Rodrigo- Júlia, isso não é um joguinho para ver que está mentindo ou não. Se você não levar a sério, você não terá a minha aprovação.
Júlia- Isso é injusto, porque por algum motivo que eu desconheço, você me odeia tanto. Você está levando para o seu lado pessoal por isso não me aceita.
Rodrigo- Eu julgarei você imparcialmente, se quer tanto entrar no clube, a Gabriela te dará as instruções- ele se retira depois disso.
Gabi- Então, você quer entrar no clube, né?
Júlia- Sim.
Gabi- Me desculpe, eu nem me apresentei, eu sou a Gabriela, mas me chame de Gabi.
Júlia- Eu sou a Júlia.
Gabi- Eu nunca vi o Rodrigo se irritar tanto.
Júlia- De alguma maneira eu o incomodo.
Gabi- Mas não se preocupe, pelo que eu o conheço, mesmo ele não gostando de você, ele não leva as coisas para o lado pessoal.
Júlia- Mas, eu não vou desistir, principalmente agora pelas coisas que ele me falou.
Gabi- Então, vamos começar o processo.
Júlia- Vamos.
Gabi- Primeiro você deve escrever seus dados nesse formulário, e amanhã você vem depois da aula, eu te darei mais instruções.
Júlia- Tudo bem. Então, eu já vou indo, até amanhã.
Gabi- Até.
Foi frustrante, mas agora eu não posso desistir. Até que me lembro que deixei a Bia esperando. Ela estava trocando mensagens com alguém para passar o tempo, ainda bem que não estava brava comigo pela demora.
Júlia- Desculpa a demora.
Bia- Eu não sabia se iria demorar, por isso eu estava matando o tempo. Mas, tudo bem... E, você não parece muito alegre, aconteceu alguma coisa? O clube não te aceitou?
Júlia- Eu ainda não sei. Tem um processo antes de ser aprovada.
Bia- Parece tão complicado. Será que vale mesmo a pena fazer isso só por causa de um rapaz?
Júlia- No começo eu só que queria entrar para eu me aproximar mais do rapaz de ontem, mas agora tenho mais um motivo.
Bia- Qual?
Júlia- Rodrigo.
Bia- Não me diga que você gosta daquele cara estúpido- ela se assusta com a minha resposta.
Júlia- Não, ele é o presidente do clube, ele deu a entender que eu não sou capaz de participar do clube, quero provar o contrário.
Bia- Júlia, esquece esse cara, você não precisa provar nada para ele.
Júlia- Nunca ninguém me disse aquelas coisas, por que ele me odeia?
Bia- Ju, eu já disse, esqueça! Não vale a pena.
Júlia- Mas, eu me sinto mal com tudo isso.Enfim, meu primeiro dia de aula não foi um dos melhores, na verdade não saiu nem um pouco como eu imaginei. Mas eu esperava que amanhã fosse melhor. Estou debruçada na minha cama, sem esperanças, com raiva daquele Rodrigo, com ódio de mim mesma. De repente, ouço alguém bater na minha porta, é a vovó.
Vovó- O que aconteceu querida? Você nem desceu para comer, hoje tem macarrão com molho branco, do jeitinho que você gosta- ela acaricia meu cabelo, enquanto eu escondo meu rosto com o travesseiro.
Júlia- Eu estou sem fome- falo em um tom baixo, bem desanimado.
Vovó- Você sem fome não é normal.
Júlia- É que eu não entendo o por quê- eu começo a chorar.
Vovó- Me conte, eu vou te ajudar a encontrar a resposta- ela me abraça bem forte, um abraço quente e confortante, era como se dissesse ' Estou do seu lado, não vou te deixar'.
Júlia- As coisas sempre davam certo, tudo o que eu planejava, todas as pessoas que eu conhecia, todos gostavam de mim, parecia até que era tudo perfeito. Eu resolvi ir para escola, porque eu estava cansada de viver uma ilusão, porque eu sabia que as coisas não eram como eu pensava, eu sei que muitos fingem gostar de mim, por causa da minha família, eles gostam de me bajular para ganhar algo em troca, e sei também que muitas coisas acontecem por causa do título que eu levo, posso conseguir qualquer reserva, em qualquer restaurante, posso comprar tudo o que eu quiser. Eu estava cansada de tudo isso. Mas hoje eu descobri que não estou preparada para ser uma garota normal.
Vovó- Sempre existirão pessoas que se importarão com o que você pode oferecer a elas, mas sempre existirão pessoas que se importarão como você realmente é. Você poderá chegar a lugares bem longe, comprar coisas maravilhosas com o que você tem, mas tem coisas que só serão alcançadas pelo o que você realmente é.
Júlia- O verdadeiro amor é uma delas?
Vovó- Sim, muitos gostarão de você, mas apenas um vai poder te amar.
Júlia- Que profundo vovó- eu enxugo minhas lágrimas com o meu braço, e sorrio para ela.
Vovó- Apenas dê o seu melhor, aproveite o momento, se não der certo hoje, amanhã você pode tentar de outra maneira.
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Júlia Capuleto
RomanceJúlia é uma herdeira de um empresário milionário. Graças a isso, leva uma vida diferente de outras adolescentes. Insatisfeita pela vida que leva, procurando buscar algo diferente, ela se arrisca a virar uma garota normal. Começa a frequentar a escol...