14.

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New York City.
Pov: S/N S/S.

Pude sentir as mãos dela me abraçando enquanto dormíamos, ou melhor, enquanto ela dormia.

Sem um pingo de sono, eu me debatía na cama, tentando encontrar uma posição confortável. Taylor, ao contrário de mim, estava exausta. Ouvia o ronquinho baixo dela, um som suave que só surgia quando ela realmente deixava o cansaço tomar conta.

Levantei com cuidado, evitando qualquer movimento brusco que pudesse acordá-la, e fui até o banheiro. A água morna caía sobre mim, envolvendo meu corpo em uma nuvem de vapor que parecia tentar espantar a inquietude que me acompanhava. Pensei nas horas que passamos juntos, em como os últimos dias foram intensos e desgastantes. Se um banho quente não me ajudasse agora, eu não sabia o que mais poderia fazer para desligar a mente.

Após longos minutos, finalmente deixei o chuveiro e voltei para a cama. Ao abrir a porta do banheiro, notei que Taylor estava acordada e sentada na cama, a expressão sonolenta e os cabelos bagunçados.

— Te acordei? Desculpe — murmurei, tentando esconder meu arrependimento.

— Não, você não me acordou. Eu só... não consigo dormir mais — respondeu esfregando os olhos igual criança, achava fofo. Havia uma fração de tristeza em sua voz, como se a frustração da noite sem sono também a atingisse.

— Quer conversar? — perguntei, sentando-me ao seu lado. A ideia de passar o resto da noite conversando parecia mais atraente do que tentar forçar o sono.

Taylor me lançou um olhar curioso, e logo um leve sorriso se formou em seus lábios.

— O que você quer saber?

Pensei um pouco, tentando escolher as palavras certas.

— Eu sei que temos muitas coisas para fazer amanhã, mas às vezes, só quero saber o que passa pela sua cabeça. Como foi seu dia? O que está te deixando assim?

Ela suspirou, apoiando a cabeça em meu ombro.

— Ah, foi um dia longo. Os preparativos para a turnê estão me matando, e às vezes me sinto perdida. Mas, quando estou com você, sinto que tudo fica mais fácil.

Sorri, envolvendo-a em um abraço.

— Então, vamos fazer algo para mudar isso. Que tal planejarmos uma escapada de fim de semana? Um lugar só nosso, longe de todas as preocupações.

Os olhos dela brilharam com a ideia.

— Isso seria incrível! Poderíamos ir para a praia?

— Praia seria ótimo.

— Eu sempre quis passar um tempo só nós duas à beira-mar — disse Taylor, empolgada. Sua energia começou a ser contagiante, e percebi que o brilho nos olhos dela era a resposta que eu precisava.

— Então vamos fazer isso — declarei, começando a esboçar planos. — Podemos sair na sexta-feira à noite, pegar um hotelzinho em algum lugar tranquilo, onde possamos relaxar. E quem sabe, podemos fazer uma fogueira na areia, ver o pôr do sol.

— Perfeito! — exclamou, afastando-se um pouco para me olhar nos olhos. — Estar com você me faz sentir que tudo é possível.

— É isso que quero. Que você se sinta assim sempre — respondi, tocando seu rosto de forma suave.

Um silêncio confortável se instalou entre nós enquanto ela se aconchegava novamente ao meu lado, e eu não podia deixar de me perder nos pensamentos sobre o que mais poderia surpreendê-la naquele final de semana. A ideia de estar longe de tudo, com apenas o som das ondas como fundo musical, parecia exatamente o que precisávamos.

Dancing with our hands tied (Taylor Swift e S/N)Onde histórias criam vida. Descubra agora