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Notas: Ao criar Maris, não pode deixar de imaginar a icônica Meryl Streep – mais especificamente, sua atuação encantadora em Mamma Mia. Sou apaixonada pelo trabalho dessa atriz maravilhosa, e Mamma Mia é o meu filme favorito de todos os tempos. No entanto, sintam-se livres para imaginar Maris da forma que preferirem. A beleza dos personagens está na maneira como cada leitor os enxerga e os traz à vida em sua própria mente. Uma boa leitura a todos!

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Cicatrizes e Possessão.

                                      Visenya.

Ela estava encolhida sobre a mesa, sentindo o sangue misturado ao sêmen de Aemond escorrer entre suas coxas, um lembrete amargo da dor e do ato que ele havia imposto a ela. A madeira fria contra sua pele machucada parecia uma ironia cruel, enquanto lágrimas silenciosas ainda marcavam seu rosto. Sua respiração tremia, e a sensação de vulnerabilidade a envolvia como uma sombra densa e opressiva.

Enquanto Aemond se vestia calmamente, ela viu de relance sua genitália manchada com o sangue dela. A visão era um soco em sua alma, tornando a humilhação ainda mais sufocante. Ela desviou o olhar, apertando os lábios para conter o gemido de dor e fúria que ameaçava escapar.

Ele notou e deixou escapar uma risada baixa, carregada de desdém. — Gostou do que vê, ñuha gevie? — provocou, com sarcasmo cortante. Ele se aproximou, e seus dedos tocaram delicadamente os cabelos dela, enrolando uma mecha entre eles. — Sempre achei que a primeira vez deixava marcas, mas essa... — Ele fez uma pausa, soltando a mecha de cabelo e movendo a mão para traçar o contorno do rosto dela, parando nos lábios. — Essa é especial. — O tom zombeteiro e cruel em sua voz fazia o sangue de Visenya ferver, mas a dor e o cansaço a mantinham em silêncio.

Aemond, percebendo sua fragilidade, aproveitou para pressionar ainda mais. Seus dedos desceram lentamente pelo pescoço dela, até a base de sua garganta, tocando-a de forma perturbadoramente suave. — Não fique assim — sussurrou com uma falsa doçura. — Nem todos os presentes são recebidos com gratidão.

Então, com um movimento brusco, ele jogou uma bolsa de moedas ao lado dela. O som do metal tilintando contra a madeira ecoou como um tapa na cara: brutal e frio. Era um lembrete de que, para ele, tudo aquilo não passava de uma transação – um pagamento que ela não havia pedido, mas que ele, com desdém, havia decidido que ela merecia.

Visenya apertou os punhos com força, lutando para manter o controle. Seus olhos se ergueram para encarar o rosto de Aemond, ainda que trêmulos. — Eu não sou uma mercadoria — murmurou, forçando a voz a sair firme, mesmo que seu corpo estivesse dilacerado e exausto.

O sorriso de Aemond se alargou, frio e cortante, como se saboreasse o desafio nos olhos dela. — Você foi esta noite — ele disse com uma calma glacial, como se decretasse uma verdade inabalável. — E te garanto que valeu cada moeda.

BLOODLINE • hotd Onde histórias criam vida. Descubra agora