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Eram exatamente 3:50 da manhã quando escutei batidas na minha janela. Logo me assustei. Para me prevenir, peguei meu taco e fui em passos lentos até a janela.
Assim que puxei a cortina, vi JJ com um semblante abatido e vários machucados no rosto e nos braços. Larguei o taco e abri a janela rapidamente.
— JJ? Amor? O que aconteceu? — perguntei, preocupada.
Ele não disse nada, apenas me abraçou chorando. Envolvi meus braços ao redor de seu corpo e o abracei, passando minhas mãos em seus cabelos na intenção de tentar acalmá-lo.
Aos poucos, ele foi se acalmando.
Guiei Maybank até a cama e o fiz sentar.
— Está mais tranquilo? Podemos conversar agora? — perguntei, passando as mãos em seu rosto, secando as lágrimas e fazendo um carinho gentil.
— Você sabe... é o meu pai, não é novidade. — Ele começou. — Desculpa por aparecer assim tão tarde, mas é que eu precisava de você. — Seus olhos marejaram novamente.
— Ei, shh, não tem problema, amor. Estou aqui para quando quiser e para quando precisar. Eu te amo mais que tudo. — Falei, acariciando seu rosto. — Seu pai é um babaca; ele não merece o filho incrível que ele tem. Ele não sabe valorizar o garoto precioso que você é. E não precisa se preocupar, sabe o motivo? Porque a partir de hoje você vai morar comigo, não importa o que os outros digam. — Terminei, e ele começou a chorar novamente.
Ele me abraçou forte, chorando em volta da minha cintura enquanto eu fazia um cafuné em seus lindos cabelos loiros.
— E-eu não sei nem como te agradecer. Você é a mulher da minha vida, eu te amo tanto, morena/loira/ruiva. — Maybank falou ainda abraçado à minha cintura, mas dessa vez olhando nos meus olhos.
Ele se aproximou e me puxou para um beijo, um beijo totalmente apaixonado e cheio de sentimentos. Nós nos separamos pela falta de ar e encostamos nossas testas enquanto sorríamos.
— Eu também te amo, Loirinho. — Falei e dei um beijo na ponta do seu nariz. — Agora, vamos cuidar desses seus machucados; estão bem feios. — Falei enquanto analisava os ferimentos que o "pai" dele fez questão de causar. Um velho fudido que desconta suas frustrações no filho.
Eu faço questão de fazer o impossível por ele, até porque, no fim, sempre será só eu e ele.
