Olá! Tudo bem? Quanto tempo rsrs aqui vai mais um capítulo 😊😁🖤💚
Boa leitura 📚O som das rodas da carruagem ecoa pela estrada de pedras, uma batida constante que parece acompanhar o ritmo acelerado dos meus pensamentos. Porto Real se aproxima, com seus muros altos e suas torres que se erguem como garras afiadas, prontas para agarrar qualquer um que ousar se aproximar demais. Meus olhos passam pelas ruas movimentadas, por pessoas que mal nos olham, ocupadas demais com suas próprias vidas para se importar com nossa chegada. Mas eu sei que há olhos atentos em algum lugar, espiando pelas janelas, observando cada movimento.
Dentro da carruagem, o silêncio continua. Baela, sempre tão altiva, mantém o queixo erguido, como se estivesse pronta para enfrentar o que quer que a capital tenha a oferecer. Ela sempre foi a mais forte de nós, a que nunca hesita em lutar por seu lugar no mundo. Rhaena, no entanto, está retraída, com as mãos inquietas no colo, como se algo dentro dela quisesse fugir. E eu... eu estou perdida entre essas duas partes de mim - a força que me puxa para frente e o medo que me mantém presa no lugar.
- Você acha que eles estão nos esperando lá? - Rhaena finalmente quebra o silêncio, sua voz suave, quase inaudível no ruído da carruagem. Ela não precisa dizer a quem - sabemos a quem ela se refere. Alicent. A rainha que agora comanda Porto Real com suas regras e sua fé, que espalha seus símbolos como um veneno invisível.
- Eles sempre esperam. - Baela respondeu, sem desviar o olhar da janela. Ela não tem medo de enfrentar o que está por vir, ou pelo menos, não demonstra.
Eu mantenho meus olhos fixos na cidade que se aproxima, as palavras delas ecoando em minha mente. Elas estão certas. Não somos bem-vindas aqui, não como deveríamos ser. Alicent e sua família não pareciam dispostos a ceder e agora tudo o que resta é a tensão no ar, um campo de batalha invisível esperando para ser travado dentro daqueles muros.
A carruagem diminui o ritmo à medida que nos aproximamos dos portões principais. Sinto o ar mudar, mais pesado, como se Porto Real respirasse uma expectativa sombria. Lucerys e Jacaerys, já visíveis na outra carruagem à frente, parecem entusiasmados, como se voltassem a um lugar familiar e querido. Mas para mim, não há nada de familiar aqui, exceto as sombras que nos cercam e a sensação de que algo está prestes a se romper.
Quando finalmente atravessamos os portões e adentramos a capital, vejo os estandartes da Fé dos Sete tremulando ao vento. Eles estão por toda parte, como se Porto Real tivesse se curvado completamente ao poder de Alicent e de sua religião.
A carruagem para, e eu respiro fundo antes que as portas se abram.
Fomos recebida por um dos senhores do conselho, um velho conhecido da princesa Rhaenyra. Uma sensação estranha me invadiu, como se estivesse sendo observada. Quando procurei com o olhar, avistei ao longe uma sombra se esgueirando. Com madeixas longas e brancas, a figura movia-se rapidamente, quase como um fantasma, desaparecendo tão rápido quanto havia surgido. Meu coração começou a pulsar fora do ritmo, batendo descompassado.
Lucerys observou meu semblante preocupado e, com uma expressão de preocupação nos olhos, virou-se para mim.
- Denys, você está bem? - Sua voz é suave
O olhar que trocamos falava mais do que palavras poderiam expressar. Ele sabia que esta viagem era tão difícil para mim quanto para ele.
- Sim, estou bem. - respondi, tentando sorrir, mas o esforço só fez meu coração disparar ainda mais. Enquanto falava, continuei a fitar o local onde a sombra havia desaparecido.
Enquanto caminhamos em direção à imponente Fortaleza Vermelha, ele sorriu tentando aliviar o clima.
- Você consegue acreditar que estamos realmente aqui? Parece um sonho.- disse Lucerys, com tom brincalhão.
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United by blood and fire
RomansApós a morte de sua mãe, a jovem Denyres filha de Daemon enfrenta a dor profunda da perda ao lado de suas irmãs mais velhas, em meio a um salão de lamentos e velas acesas. Entre os presentes está seu primo, o príncipe Aemond Targaryen, cuja presença...