𝙾 𝙲𝙾𝙼𝙴𝙲̧𝙾 𝙳𝙾 𝙵𝙸𝙼
__________________________________________Era apenas um dia comum, eu e meus amigos estávamos no cinema para assistir à nova versão de "Titanic", um filme que eu sempre quis ver, mas nunca tinha tido a oportunidade. Quando minha mãe finalmente me deixou ir com eles, meu coração saltou de felicidade. A sala estava cheia, com cerca de 58 pessoas, mas apenas 9 delas eram meus amigos e eu.
Dividia um enorme balde de pipoca salgada com minha amiga, enquanto o ar gelado do cinema provocava um arrepio na minha pele, me fazendo me aconchegar inconscientemente no casaco. Após 50 minutos de filme, meu celular começou a tocar freneticamente. Ignorei por um tempo, mas logo o barulho se tornou tão incômodo que não pude mais evitar.
Ao abrir o telefone, não consegui acreditar no que meus olhos viam. Notícias sobre um vírus devastador, fotos de pessoas deformadas, com um tipo de fungo no rosto, inundavam a tela. Minha mão começou a tremer, e uma onda de medo se apoderou de mim. De repente, o cinema parou; a tela gigante apagou, e as luzes se apagaram, restando apenas o som do gerador funcionando. Funcionários entraram correndo, gritando de pânico.
Eles ordenavam que fugíssemos, e o desespero tomou conta da sala. Em poucos minutos, hordas de zumbis começaram a invadir o espaço, mais de 50 criaturas grotescas, ensanguentadas, perdidas em sua fúria. A multidão se espalhou em todas as direções, correndo pela vida.
Eu também corri, sem olhar para trás, até encontrar uma sala isolada e escura, onde a luz mal penetrava. Entrei e tranquei a porta, ofegante, meu coração parecia prestes a sair do peito. O suor escorria pelo meu rosto, enquanto os gritos e o caos ecoavam do lado de fora, misturados ao som de pessoas em agonia.
Depois de 30 minutos, o silêncio tomou conta do ambiente. Acalmei a respiração e, com um misto de medo e curiosidade, abri a porta lentamente, apenas o suficiente para vislumbrar o que havia acontecido. O que vi me paralisou: estavam todos... mortos. Meus amigos... as pessoas... todas elas... Mortas...
Ver aquela cena fez um gosto amargo aparecer em minha boca, me revirava o estômago ver tudo aquilo, nunca poderei esquecer os gritos de pânico ecoando em meus ouvidos... Eles me assombram até hoje...
.Olá, sou Hikari Fujimoto, nascida no interior de Osaka, tinha 16 anos quando tudo aconteceu, se passaram 2 anos depois de tudo aquilo, hoje é meu aniversário de 18 anos e em vez de estar comemorando com bolo, velas, presentes e música... Estou em um armazém velho, em busca de suprimentos para sobreviver
As paredes sujas e cobertas de lodo e plantas dos becos e lugares abandonados que eu passava eram a realidade da minha rotina. No caminho, avistava alguns ratos e baratas, mas já estava tão acostumada a isso, depois de viver todos os dias cercada por aqueles infectados malditos, que mal ligava. Também havia corpos no chão, tanto de infectados quanto de pessoas normais.
Por outro lado, aproveitava a oportunidade para buscar suprimentos nos bolsos das vítimas. Ao chegar ao armazém, peguei um pedaço de ferro e forcei o portão até que ele se abrisse.
Dentro, encontrei algumas ferramentas, materiais como plástico e ferro, e até algumas armas. No caminho de volta para meu refúgio, andei pela densa e escura floresta.
Mesmo à noite, alguns pássaros cantavam e construíam seus ninhos, e vi alguns coelhos também.
Anotei mentalmente que voltaria para caçá-los mais tarde.
Ao subir a pequena colina, cheguei à caverna escura, funda e estreita.
Somente eu conhecia o caminho exato para minha casa ali dentro. A caverna era tão longa e estreita que se dividia em vários caminhos possíveis, tornando quase impossível para alguém descobrir onde eu estava.
Também havia colocado armadilhas para qualquer eventualidade.
Abri a porta improvisada, mas bem reforçada, e tranquei as cinco fechaduras.
Joguei minha mochila, que estava nas costas, no sofá velho e aproveitei para organizar algumas coisas. Ao lado do sofá, havia dois porta-retratos: um meu, com a minha família, e o outro com meus amigos mortos.
Estar sozinha era uma verdadeira merda. Mesmo após dois longos anos, nunca consegui encontrar um grupo ou uma única pessoa.
Algumas pessoas foram para outros países na esperança de sobreviver, outras se dirigiram à famosa "Área Segura", um refúgio criado pelos prefeitos que sobraram, longe dos infectados, como se fosse um mundo normal, mas em menor escala.
Era 100% seguro lá, e todos tentavam chegar, mas muitos morriam pelo caminho. Eu não me arriscaria a tentar.
Assim, como sempre, deitei-me no sofá e olhei para o teto, pensando em como sobreviver...
De novo.
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Este foi o início do capítulo, só pra vocês entenderem melhor a temática e como mais ou menos será, espero que tenham gostado, um beijo!

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- 𝐓𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐬𝐭 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐲𝐨𝐮 - ⁺¹⁶
RomantikEm meio ao caos de um mundo devastado por um vírus mortal, Hikari e Bakugou, dois adolescentes marcados pela perda, lutam para sobreviver. Ela, sozinha e determinada, e ele, junto a um pequeno grupo de amigos. Quando seus caminhos se cruzam, uma con...