𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐀𝐑

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' 𝐊𝐚𝐭𝐡𝐞𝐫𝐢𝐧𝐞 𝐁𝐚𝐲𝐞𝐫 '

𝐉Á 𝐇𝐀𝐕𝐈𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎 uma semana desde o término, mas a sensação de vazio não parecia diminuir

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𝐉Á 𝐇𝐀𝐕𝐈𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎 uma semana desde o término, mas a sensação de vazio não parecia diminuir. Eu me sentia perdida, como se parte de mim tivesse desaparecido junto com Paige. Todos os dias desde então eram uma luta para continuar, para sair da cama, para encarar o mundo sem desmoronar

Minhas manhãs eram as piores. Acordar e perceber que não havia mensagens da Paige esperando por mim era um lembrete cruel da realidade. Antes, o som da notificação do celular era a primeira coisa que eu procurava, a voz dela do outro lado da linha era a primeira coisa que me animava. Agora, o silêncio do meu quarto parecia esmagador

Sentada no meu quarto, ainda cercada por caixas e lembranças que eu não tinha coragem de guardar, observei a blusa dela, aquela que ela me deu antes de partirmos do acampamento. Segurei o tecido com cuidado, o cheiro dela ainda impregnado no algodão. Apertei contra o peito, sentindo as lágrimas se acumularem mais uma vez

Por mais que eu tentasse me distrair, a ausência de Paige era impossível de ignorar. Tudo me lembrava dela: o skate no canto do meu quarto, as playlists que escutávamos juntas, as fotos no meu celular que eu não tinha coragem de deletar. O mundo parecia o mesmo, mas, sem ela, tudo parecia sem cor, sem vida

Rayssa havia me ligado quase todos os dias, insistindo que eu saísse de casa, que fosse tomar um ar, que me ocupasse de qualquer jeito. Mas eu me sentia paralisada. Como se nada fizesse sentido sem Paige ao meu lado. Era ridículo, eu sabia. Uma parte de mim queria odiá-la por ter se afastado, por ter me deixado para trás tão facilmente. Mas outra parte ainda amava cada pedacinho dela, mesmo que agora isso só me machucasse

Suspirei e passei a mão pelo rosto, tentando me recompor, mas as lágrimas não paravam de cair. Tudo que eu queria era um jeito de voltar no tempo, de consertar as coisas, de ter Paige comigo novamente. Mas tudo que eu tinha agora eram as memórias e uma saudade que parecia não ter fim

Eu estava deitada na cama, uma caixa de pizza fria equilibrada sobre o meu peito, enquanto mastigava lentamente o último pedaço de muçarela endurecida. Minha mente ainda vagava, presa nos últimos momentos com Paige, tentando entender onde tudo tinha dado errado. O quarto estava uma bagunça — roupas espalhadas pelo chão, embalagens de comida jogadas em todos os cantos, e as cortinas ainda fechadas, deixando o ambiente num estado constante de penumbra

De repente, a porta do meu quarto se escancarou, e Rayssa entrou sem nem se preocupar em bater, com uma expressão de quem já tinha visto o suficiente

— Katherine — ela começou, cruzando os braços enquanto me olhava de cima a baixo — Levanta dessa cama agora e vai viver sua vida

Balancei a cabeça, soltando um suspiro cansado

— Eu tô bem, Rayssa — murmurei, minha voz sem qualquer energia, enquanto mordia mais um pedaço de pizza fria

— Não, você não tá bem — Rayssa rebateu, se aproximando da cama — Você tá comendo pizza fria na cama, Katherine! E pelo amor de Deus, parece que você não escova o cabelo há dias! — Ela fez um gesto exagerado, apontando para o meu cabelo embaraçado — Esse quarto tá pior que um lixão, e você... você tá fedendo

𝐂𝐀𝐌𝐏 - 𝐏𝐚𝐢𝐠𝐞 𝐇𝐞𝐲𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora