Rayssa frequenta um acampamento há anos, e sempre o considerou o lugar mais especial do mundo. Todo ano ela convida Katherine para ir com ela, mas a garota sempre rejeita o convite...mas dessa vez, ela resolve aceitar, e lá, se aproxima de uma das a...
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𝐄𝐍𝐓𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐔𝐌𝐀 𝐃𝐎 𝐋𝐀𝐃𝐎 𝐃𝐀 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐀 no almoço, e por mais que tentássemos agir como se fosse algo casual, a tensão era quase palpável. Katherine estava tão perto que eu conseguia sentir o calor dela, o perfume suave que me trazia tantas lembranças felizes e dolorosas
Nossas mãos estavam próximas, quase se tocando na mesa, e eu prendi a respiração quando nossos dedos finalmente se encostaram. Foi um toque sutil, acidental, mas a faísca que senti fez meu coração disparar. Por um instante, nenhuma de nós se mexeu, como se aquele toque fosse uma pequena ponte entre tudo o que éramos e o que ainda poderíamos ser
Olhei para o lado, meus olhos encontrando os dela, e vi a hesitação no olhar de Katherine. Era como se ela estivesse sentindo a mesma coisa, aquela mistura de esperança e medo, de querer ceder mas sem saber se seria seguro. Ela não recuou, mas também não se aproximou mais, e fiquei presa na incerteza daquele momento
- Está... tudo bem? - murmurei, minha voz saindo quase em um sussurro
Katherine abriu a boca como se fosse responder, mas então o som ao redor da mesa pareceu voltar à nossa realidade, quebrando o momento. Ela apenas deu um sorriso pequeno e puxou a mão de volta, deixando um vazio onde o toque dela tinha estado. Eu suspirei, tentando esconder a frustração, mas ainda assim, um pouco de esperança permanecia, mesmo que tímida
' 𝐪𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 '
Estava longe das outras pessoas, indo para o quarto. O sol filtrava-se entre as árvores, lançando sombras suaves pelo chão. Estava em busca de um pouco de ar fresco quando, de repente, quase trombei com Katherine
Ela parou de repente, surpresa, e nossas respirações ficaram presas por um instante. No reflexo, minha mão foi para a cintura dela, segurando-a para evitar que se desequilibrasse. Meu coração disparou no mesmo segundo, a sensação de tocá-la de novo me atingindo com uma intensidade quase dolorosa
Katherine olhou para mim com os olhos arregalados, e havia algo ali que parecia confusão, ou talvez um desejo relutante. Minhas mãos permaneceram em sua cintura, e eu percebi que meu corpo se inclinava para mais perto, sem que eu pudesse controlar
- Desculpa... - murmurei, mas não recuei. O calor do corpo dela parecia me prender, um ímã invisível que me mantinha ali, próximo demais para ser inocente, mas também ainda distante o suficiente para sentir o peso da distância que tínhamos construído
Ela não se moveu, mas seu olhar caiu para os meus lábios por um breve momento, tão rápido que quase poderia ter sido um truque da luz. Meu coração implorava por mais, por tudo o que eu tinha perdido, mas eu também sabia que não podia pressionar
