Cicatrizes do silêncio

Sussuros do Inconsciente

A musica acima, é a música cantada e tocada por Areum. 

''Somos como linhas paralelas, olhamos para o mesmo lugar, mas somos diferentes''

O som dos corpos se chocando ecoava pelo quarto, preenchido por gemidos entrecortados e palavras desconexas, quase sufocadas pelo calor do momento. A busca frenética por alívio os fazia perder qualquer noção de controle. A cada movimento, a tensão aumentava, a respiração acelerava e o desejo arrastava ambos para a beira do abismo do prazer. O ritmo de seus corpos era descompassado, mas a urgência em chegar ao clímax ditava a velocidade, suas mãos agarravam os lençóis e os dedos pressionavam a pele suada.

O coração de Taehyung pulsava violentamente em seu peito, como se estivesse subindo pela garganta. O relógio em seu pulso, que monitorava seus batimentos cardíacos, começou a apitar insistentemente. O som era agudo, quase irritante, um alerta claro de que ele estava ultrapassando seus limites. Mas, naquele momento, a linha entre o prazer e o perigo parecia tão tênue.

Ele tentou ignorar o aviso do dispositivo, seus quadris ainda se movendo com rapidez e força, mas o apito continuava, persistente, indicando que seus batimentos estavam ficando perigosamente elevados. Seus pulmões queimavam com a falta de fôlego e o suor escorria pela pele, mas ele não conseguia parar. A adrenalina misturada ao prazer parecia intoxica-lo, levando-o a continuar.

— Ah... Tae... — A voz ofegante cortou o ar, com uma tentativa de trazê-lo de volta à realidade. — Seu relógio... devagar... — as palavras saíam fragmentadas, quase inaudíveis entre os sons do quarto e os batimentos acelerados no ouvido de Taehyung.

Por um breve segundo, os olhos de Taehyung encontraram os do outro, seus corpos ainda em movimento, o momento era de pura tensão — um fio delicado entre prazer e perigo, uma decisão entre continuar ou parar antes que algo pior acontecesse.

— Eu não vou morrer... mas se eu morrer assim, será maravilhoso — Taehyung murmurou com a voz rouca, enquanto seus quadris começavam a se mover com mais suavidade, em um ritmo mais controlado.

Seus olhos brilharam de excitação ao ver o sorriso em forma de coração se abrir lentamente, Hoseok já corada pelo calor do momento, contrastava intensamente com o tom rosado dos cabelos que caíam em mechas desordenadas sobre sua testa. O suor escorria pelo pescoço, pingando suavemente, tornando a visão ainda mais irresistível.

O Min, que até então tentava manter um certo controle, sentiu a última fagulha de sanidade desvanecer-se ao ver aquele sorriso. O rosto avermelhado de Hoseok, os lábios entreabertos em pequenos gemidos, os olhos semicerrados em pura luxúria, tudo era simplesmente tentador demais. Seu corpo inteiro parecia um convite a perder o controle. E ele, sem hesitar, decidiu que, se aquele era o fim, seria o mais prazeroso de todos.

Cada curva, cada gesto, cada movimento fazia o ar entre eles parecer mais denso, e as batidas aceleradas do coração de Taehyung ecoavam entre os sons de respiração ofegante e pele contra pele. A tensão era palpável, os corpos alinhados em perfeita sincronia, movendo-se novamente com uma intensidade renovada. O desejo que se acumulava entre eles parecia explodir, um furacão de prazer e anseio que os arrastava.

As mãos de Tae deslizaram pelo corpo de Jung, agarrando-o com força, seus dedos cravando-se nas costas suadas. O ritmo, antes lento e calculado, agora se intensificava novamente, como se ambos estivessem em uma corrida desesperada para alcançar aquele ápice. O relógio no pulso de Taehyung continuava a apitar, ignorado, abafado pelos gemidos e sussurros. O quarto inteiro parecia se fundir em calor e desejo.