Cap 30: Onde o Coração Habita
Lover by Luna
Doarda •
A chuva que caia intensa, mas eu não me importava. Os cabelos molhados grudavam no meu rosto, misturando-se em lágrimas que teimavam cair, disfarçadas pelas gotas que desciam do céu cinza. Meus passos eram rápidos, quase desesperados, como se correr pudesse me levar para longe da tristeza que habitava em meu peito. O frio da chuva atravessava minha pele, mas a dor que eu sentia por dentro era muito mais intensa, muito mais profunda.
Eu corria pelas ruas vazias, sem direção. A cada poça que eu pisava a água respingava para todos os lados, mas nada parecia aliviar o peso que eu carregava nas minhas costas. Sofia vai embora. As lembranças tão vivas, flutuavam em minha mente como flashes de algo que um dia a fez sorrir e que agora só queria fugir. Meu coração batia acelerado, não pela corrida, mas pelo medo, o medo de perder Sofia. Toda vez que eu lembrava dela, um vazio enorme se formava dentro da minha alma.
De repente, em meio do barulho dss gotas e ao vazio que parecia me envolver, senti uma presença extravagante vindo atrás de mim. Me virei quase sem acreditar, e lá estava ela, como um raio de eluz em meio a tempestade. Seu olhar era firme, mas ao mesmo tempo carregava uma enorme tristeza que eu quase esqueci que existia. A santino não disse nada, apenas se aproximou lentamente, sem pressa, palavras agora já não eram mais necessárias.
Sofia estendeu a mão com um olhar cheio de lágrimas, mas a chuva parecia disfarçar perfeitamente. Eu sabia que seu toque simples me faria voltar, mas ao mesmo tempo eu não queria ir.
- Duda... - Ela diz em um tom calmo e sereno, porém carregando a tristeza em sua voz. - Fica. - E sem hesitar, pego sua mão.
Senti o calor de seus dedos entrelaçando-se nos meus constatando o frio da chuva. O toque simples, mas cheio de significado, parecia dizer que, apesar do medo de perder Sofia, ela não precisava enfrentar tudo isso sozinha, Sofia também estava triste, até pior que eu. Ela estava ali, para me lembrar de que, mesmo nos momentos difíceis, ainda havia alguém disposto a caminhar do seu lado.
Sem soltar minha mão, ela me puxou suavemente pra perto. A chuva continuava a cair ao redor deles, mas o mundo parecia silenciar naquele instante. Meus olhos, antes perdidos e tristes, agora encontravam abrigo nos do dela, como se todo medo e a solidão, tivessem se dissipado. Ela enxugou delicadamente cada lagrima que caia em meu rosto, e pela primeira vez eu senti que não era de tristeza que eu chorava agora.
Ali sob a chuva, ela sentiu o coração aquecer. Ela não era a solução de todos os meus problemas, mas era um alívio. Era um alívio te-lá por perto. Sua presença acalmava minha mente, era como uma âncora para me salvar de dentro do mar. Mesmo no meio de uma tempestade, o amor pode chegar ao menos de mansinho, trazendo esperança, conforto e até segurança. Sofia segura meus rosto e me beija na chuva. Seus lábios molhados pareciam me desejar o tanto quanto eu desejava ela naquele momento. Ela de repente me abraça me fazendo ficar de ponta de pé.
- Duda... por favor, fica. - Ela dizia quando as gotas de água cogitaram cair em meu rosto. Após ela dizer aquilo ficamos ali, abraçadas. Nenhuma de nós queria soltar ou algo do tipo.
- Sofia. - Falo baixo no seu ouvido. - Eu não quero te perder! - Ela em solta do abraço e olha pros meus olhos profundamente.
- Eduarda você não vai me perder. Você pode perder seus CD'S da Demi Lovato, seus livros, e até sua cabeça, né. Mas me perder não vai acontecer. É sério, e se você dizer que adora a lua, eu vou ficar olhando pra ela todas as noites e vou fazer questão de gritar que eu te amo. - Ela diz. Suas palavras acertam meu coração, mas de uma forma boa. Meu coração que antes estava frio ou até mesmo congelado agora estava quente como uma fornalha.
- Eu te amo. - Abraço ela com todas as minhas forças. Ela pega minha mão e vamos de mãos dadas até seu apartamento novamente. Entramos na sua casa encharcadas era como se tivéssemos tomado banho de roupa. Eu tremia de frio, o Caick e a Sabrina tiveram que desligar os ar-condicionados da casa inteira para a gente não gripar, mas mesmo assim ficamos gripadas. Tomamos um banho quente e colocamos moletons, todos da Sofia. Ele ficava gigante em mim, mas eu achava confortável. Nos sentamos no sofá e apagamos todas as luzes da casa, Caick jogou dois cobertores um pra eu e a Sofi, e o outro pra ele e pra Sabrina, colocamos um filminho natalino e eu me envolvi no colo de Sofia, ela abraçava minha cintura. Ali no calor improvisado do colo de Sofia, o frio foi se dissipando, o coracao dela que antes parecia vazio, estava agora preenchido com algo que nem o ventilador conseguiria levar. Acabei dormindo ali mesmo no abraço de Sofia, seu corpo parecia tão confortável que eu não aguentei e capotei.
...

VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Versão de Você
FanfictionSofia Santino tem 17 anos e está no terceiro ano do ensino médio, ela conhece uma garota chamada Doarda, que mudou sua vida. A história fala sobre autoconhecimento, como ajudar alguém que esteja ruim da cabeça, amadurecimento e claro, um romance gra...