Capítulo 4 - A Elfa

2 1 0
                                    


Após ler a carta que o convidava a participar do Exame Real, Galandriel passou boa parte da noite treinando.

Antes mesmo do sol nascer, ele já estava de pé.

Despediu-se de sua mãe, a única que sabia sobre o exame.

Com passos firmes, o jovem saiu pela porta e caminhou até o movimentado centro de Eldória, onde seria realizada a contagem dos participantes.

Com o coração radiante de esperança, o bravo e humilde guerreiro Galandriel chegou ao seu destino: o centro econômico de Eldória, onde se localizam o palácio do rei e dos seus ministros. Ao chegar, ele avistou uma aglomeração em volta de uma tenda. Um homem já avançado em idade tentava controlar a multidão.

"Calma, por favor, esperem! Uma carta de apresentação por vez," disse o velho homem com a voz fraca e rouca.

Galandriel se aproximou da tenda e testemunhou um dos participantes agredindo o velho que conferia as cartas.

"Seu velho! Veja a minha carta primeiro, você sabe quem eu sou!" exclamou o jovem participante ao senhor.

O velho respondeu rispidamente: "Você não passa de um merdinha."

O jovem agressor sacou a espada e a apontou para o velho senhor.

Galandriel, incapaz de suportar a injustiça, interveio na situação.

"Ei! Você aí, por que não luta comigo? Se eu perder, rasgo minha carta e volto para casa.

Mas se você perder, terá que sumir daqui," disse Galandriel com autoridade.

"Olha só, temos um herói. Não sei quem você é, mas aceito o seu desafio," respondeu o jovem, que se chamava Ulysses.

"Vou cuidar do herói, depois venho te matar, velhote," disse Ulysses com desdém.

O velho olhou para Galandriel, como se o reconhecesse.

Galandriel sacou sua espada e assumiu uma posição de batalha.

Ulysses percebeu que Galandriel não hesitaria; suas mãos começaram a suar.

Então, Galandriel o provocou:

"Pode vir! Vou deixar você tentar acertar um golpe," disse Galandriel com um sorriso de canto de boca.

Ulysses avançou em direção a Galandriel com uma intensidade feroz.

Galandriel, com agilidade e precisão, desviou do golpe e aproveitou a brecha para acertar uma joelhada no estômago de seu adversário.

O impacto foi tão forte que Ulysses vomitou sangue e caiu de joelhos, ofegante e visivelmente abalado.

Galandriel se agachou próximo a Ulysses e, com um tom de voz baixo e firme, sussurrou: "Você de joelhos não me parece tão valente."

Ulysses, ainda atordoado pelo golpe, não conseguia erguer sua espada. Seus olhos refletiam a dor e a humilhação que sentia.

"Agora desapareça daqui," ordenou Galandriel, olhando firmemente nos olhos de Ulysses.

Galandriel ergue-se com uma aura de majestade e caminha até o ancião, conhecido como Tobias.

"Minha gratidão é eterna por teres vingado minha honra," disse Tobias, sua voz carregada de emoção e alívio.

Enquanto isso, alguns guardas, levaram Ulysses para o cárcere.

Galandriel recebeu sua carta carimbada por Tobias e, em seguida, foi orientado por um instrutor.

As instruções eram claras: ele deveria se aproximar do portão dourado que dava acesso à Floresta Negra.

Enquanto caminhava na direção indicada, algo prendeu seu olhar. Ao lado, uma elfa branca de cabelos azuis brilhantes destacava-se entre os demais. 

Seus longos fios contrastavam lindamente com o arco que carregava, feito de madeira e raízes. 

A jovem se chamava Lilfe, a primeira elfa a participar do exame.

Lilfe notou o olhar hipnotizado de Galandriel e, com um sorriso suave, colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, exibindo a ponta delicada de suas orelhas élficas.

O brilho nos olhos dela refletia a determinação e a coragem, enchendo o coração de Galandriel de uma mistura de curiosidade e admiração.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 04 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

As Crônicas de GalandrielOnde histórias criam vida. Descubra agora