Prólogo

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As chamas da fogueira me deixam pensativa. Era só mais uma das quintas que Alberto tirava para conversamos ao ar livre, ele sempre gostava desses momentos que ficava " junto da natureza".
  Tudo podia ter ficado tranquilo, não me recordo como, mas a pergunta apareceu. Queria ter evitado mas agora era tarde demais, tenho que responde-la por mais que me doa mexer no passado- lembranças que eu evito. ao máximo, lembrar. Eles merecem saber no meu passado.
    Fazem 8 anos que estou em Screvet, nunca revelei nenhum detalhe 'á deles. O que sabem é que Alberto me salvou de um grupo de soldados que trabalham para Henrique, imperador de Djeirm, e que infelizmente minha irmã foi raptada e meu tutor morto. Nada mais. E por incrível que pareça me aceitaram.
     Olho pro fogo tentando organizar meus pensamentos, evito olhar psra os olhos azuis que estão me encarando esperando por uma resposta. Estou tão concentrada nisso que nem percebo que minhas mãos estão ficando brancas de tão fortes que estou fechando, minhas unhas estão furando a palma da minha mão a qualquer momento vai começar a sagrar mas me nego a abri-las tenho medo de desabar se fizer.
     Queria que tempo para inventar uma desculpa para não responder, uma história feliz sem sofrimento algum. Mas não tenho tempo, e tudo que consigo pensar é na verdade, o sofrimento, as mortes, perdas e incertezas da minha vida.
    Não tenho saída, respiro fundo e abro minhas mãos, realmente faltava pouco pra começar a sangrar. Limpo minhas mãos na calça e olho para Bernardo.
- Olívia, não precisa responder se vc não quiser.
- Não, tudo bem, eu respondo- digo do tom mais natural que consigo- Minha história começa assim...

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