CAPÍTULO III

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Dois dias depois, Felicia começou a senti dores fortes na barriga, ela gritava de dor. Nesse dia, tivemos sorte de dr. Emanuel está na casa de uma vizinha, então ele veio correndo para nos socorrer.
Ele entrou no quarto e fechou a porta, naquele momento, percebi que minha mãe estava muito mal. Mas não queria pensar nisso, então peguei Melissa e fui para o quarto do lado onde Ricardo estava.
- Eu trouxe Melissa para o senhor ve- la.
- Melissa ?
- Sim, sua filha.
- Então, esse é nome dela- deu um breve sorriso.- Chegue mais perto.
Quando cheguei mais perto, Ricardo a pegou no colo e começou a fazer carinho nas bochechas dela.
- O que será de você, minha filha?
RICARDO ESTA PREOCUPADO COM ELA? MAS ELE NUNCA SE PREOCUPA COM NINGUÉM, pensei.
- Mestre, o senhor está melhor?
- Estou melhorando- disse- E como Felicia esta ? Eu a ouvi gritando.
- Bem, ela...
Nessa hora, dr. Emanuel apareceu na porta do quarto, ele estava limpando as mãos ensanguentada num pano, suas mãos estavam sujas de .... sangue. Ele estava com um olhar triste, e eu nunca o tinha visto, dessa maneira antes, senti que tinha algo errado.
- Eu tenho uma má notícia pra vocês.
- O que aconteceu ?- olhou pra mim. - Olívia pegue Melissa, um estante.
- Sim- peguei Melissa no colo.
- Felicia teve uma hemorragia interna, eu fiz tudo que pude mas não consegui parar o sangramento.
- Esta querendo dizer que...- os olhos de Ricardo encheu de lágrimas.
- Felicia não resistiu, e acabou falecendo.
Ouvindo isso, Ricardo saiu do quarto cabisbaixo. Essa noticia tinha acabado com ele, sua esposa tinha morrido, a mulher que ele amava.
- Esse bebê já tem nome ?- disse dr. Emanuel quebrando o silêncio.
- O nome dela é Melissa.
- Que nome bonito. Quem escolheu ?
- Foi eu.
- Você escolheu muito bem.
Dr. Emanuel deu alguns passos na direção da porta, e se virou pra mim.
- poderia me acompanha até a porta.
Coloquei Melissa no berço e o acompanhei até a saída. Na porta, dr. Emanuel começou a falar comigo.
- Olívia, você vai ter que ser forte para ajuda Ricardo a cuida da Melissa.
- Eu sei. Eu vou ajuda.
- Qualquer coisa pode me chama.
- Obrigada, dr. Emanuel.
- Você é muito forte e especial, Olivia- passou a mão no meu cabelo e respirou fundo.- Tenho que ir agora. Até mais.
- Até mais.
Quando passei pelo quarto de Felicia, vi Ricardo segurando a mão dela. Quando me aproximei, parecia que Felicia estava apenas dormindo, mas ela estava tão imóvel.
- O que você esta fazendo aqui ?
- Eu vim ver como o senhor esta? Se precisa de alguma coisa ?
- Não quero nada, só quero fica sozinho.
- Mas, nós temos....
- Olívia, eu quero fica sozinho! Vai embora!
Ricardo se virou pra mim, e seus olhos estavam vermelhos e inchados, seu rosto estava molhado. Ele estava chorando muito. Era tão estranho ve-lo daquele jeito, tão arrasado.
-Como o senhor quiser.
Peguei Melissa e fui pro meu quarto, a deitei na minha cama e fiquei olhando pra ela.
- O que vai acontecer agora, pequena ?

Na manhã seguinte encontrei Ricardo no mesmo lugar, provavelmente nem tinha saido dali.Quando me aproximei, Ricardo se levantou e saiu.
Estava apenas eu e Felicia, e vendo ela ali, eu não conseguia senti nada, nem tristeza nem alegria. Só um alívio, agora ela poderia descansa em paz e sem tristeza.
Me retirei para arruma eu e Melissa para o funeral, que seria naquela tarde.

A tarde aconteceu o funeral. Um funeral simples com poucas pessoas. Algumas, eu nem conhecia. Ninguém chorou, nem mesmo Ricardo que chorou à noite inteira. Estaca rodeada de caras tristes, e tudo que eu queria era ir pra casa.
Fiquei aliviada, quando Ricardo colocou a mão no meu ombro e me chamou pra ir embora. Durante o caminho todo, Ricardo não pronunciou uma palavra, era um silêncio irritante mas eu não ousava quebrar.
Em casa, coloquei Melissa pra dormir e fui ver como Ricardo estava. Fiquei com medo de que ele me tratasse mal mas eu tinha que ir ve-lo.
Ele estava próximo a janela, era como se esperasse por alguém, pensei em ir pro meu quarto mas quando dei um passo para ir, Ricardo me chamou.
- Olivia, vem aqui. Eu tenho que te pedi um favor.
- O que o senhor quiser.
- Quero que prometa que vai cuida e protege Melissa.
- Por que o senhor esta me pedindo isso?- disse preocupada.
- Não se preocupe com isso. Apenas me prometa.
Ricardo estava agindç de uma maneira que nunca tinha visto antes- estava sensível. Assim a única coisa que consegui fazer foi concorda.
- Prometo, eu vou cuida da Melissa.
De repente Ricardo me abraçou e, isso me surpreendeu porque ele nunca tinha me abraçado antes.
O QUE ESTA ACONTECENDO?
Estava tudo estranho, queria pergunta o porquê de tudo aquilo mas preferi fica quieta para não irrita-lo.
- Obrigada, Olivia- ele se afastou e continuou:- E eu tenho mais um pedido. Caso aconteça alguma coisa comigo...
- Caso alguma coisa aconteça? Pra que isso, se nada vai acontecer? - digo quase gritando.
- Não estou falando que vai acontecer, só é uma prevenção, caso aconteça.- disse calmamente- Enfim, caso aconteça algo, eu deixei uma pessoa para cuida de você e Melissa.
- Quem é essa pessoa?
- Ele se chama Joaquim e mora em Schtheiver- disse- E confio muito nele.
- Ainda não entendi por que o senhor esta pedindo isso ? Não vai acontecer nada.
- Se acontecer, apenas siga minhas ordens e vá mora com ele, você e sua irmã. Estamos entendidos, Olívia?
- Sim, mestre.
- Ótimo, agora você já pode ir dormir.
- Certo, boa noite!
Antes que eu desse três passos, Ricardo me chamou.
- Eu tenho uma coisa pra você.
Ricardo pegou uma coisa que estava na estante, não consegui ver o que era. Só consegui ver, quando ele virou. Era um colar, com pigente de aranha. Uma viúva negra de cristal com uma pedra azul no centro. Era bonito.
- Isso é pra você. Ele vai ser muito importante no futuro.
ERA APENAS UM COLAR. ELE ERA IMPORTANTE PRA QUE ? PRA ENFEITAR O PESCOÇO ?
Não quis questiona naquele momento. Então aceitei e o coloquei no meu pescoço.
- Obrigada.
- Pode se retira agora.
Fui para meu quarto, segurando o pingente de viúva negra.

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