Zé Raphael, Palmeiras

85 11 12
                                    

Assim que terminei o treino e fui para o corredor do vestiário, avistei Eloísa encostada na parede, me esperando

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que terminei o treino e fui para o corredor do vestiário, avistei Eloísa encostada na parede, me esperando. Aquele cansaço do treino, que parecia pesar em cada músculo, desapareceu no instante em que a vi.

Ela estava linda, recostada casualmente, mas com uma confiança que só a moça tinha.Vestia uma blusa leve que deixava os ombros à mostra e uma saia justa que valorizava suas curvas, de um jeito que fazia meu coração bater mais rápido.

Quando nossos olhares se encontraram, o sorriso discreto no canto dos lábios dela me fez perceber que a escolha de sua roupa havia sido exatamente essa; me deixar maluco.

Aproximei-me devagar, sem desviar o olhar dela, e tentei manter o tom despreocupado, mas era impossível esconder o sorriso.

— Por que não me disse que chegaria hoje?  — murmurei, como se ainda estivesse tentando controlar a intensidade do que eu sentia só por tê-la ali, me esperando.

A loira sorriu e deu de ombros, como quem sabe exatamente o efeito que causa em mim. E ela sabia, sei que sabia.

— E estragar a surpresa? — respondeu, inclinando um pouco o rosto, seu olhar  estava radiantes de um jeito que me deixava hipnotizado. Eu amava o verde em que habitava em seu olhos, eram lindos e  combinava com sua personalidade — Achei que fosse gostar de me ver.

Aproximando-me ainda mais, reduzi a distância entre nós, a ponto de sentir a leveza do perfume dela, que misturava notas doces, e agradava-me facilmente. Inclinei o rosto, tentando manter o tom casual, mas sabendo que ela via muito além disso.

— Eu sempre gosto de te ver — sussurrei, com um sorriso que não consegui disfarçar. — Mas você sabe o que acontece quando aparece assim, sem aviso?

Ela riu, e foi como levar um golpe  mais forte do que eu esperava. Cara, aquele sorriso malicioso dela misturado com uma pitada de doçura me derrubava sempre.

— Acho que sei... mas Prefiro quando me mostra em prática.

Foi a provocação que eu precisava. Sem hesitar, passei o braço ao redor da cintura dela e a puxei para perto. Nossos corpos se encontraram, e naquele instante nada mais parecia importar.

Senti suas mãos se entrelaçarem atrás do meu pescoço, os dedos dela deslizavam pela minha nuca, puxando-me ainda mais. O beijo começou lento, explorador, mas foi ganhando intensidade conforme eu sentia o calor crescer entre nós. Ela suspirou contra meus lábios, como se aquele momento fosse tudo o que a própria desejava.

Não tinha nada melhor que o beijo da minha mulher após um treino cansativo, era como o chá de boldo para os doentes, a luz para quem estar na escuridão, o futebol para quem era triste.

Em outras palavras, era tudo o que eu precisava nesse momento.

Aos poucos fomos nos afastando, recuperando o fôlego que tínhamos perdido. A loira encarou-me nos olhos e acariciou meu rosto com carinho.

— Vem comigo — disse, com a voz rouca, guiando-a pela mão até o vestiário, onde sabíamos que teríamos mais privacidade.

Quando chegamos, ela olhou ao redor. Apesar de já namoramos um tempo, nunca a trouxe até aqui. Geralmente, o vestiário estava sempre cheio de gente, não era nada proporcio para o que pretendo fazer. Mas desta vez era  diferente, os garotos e toda comissão técnica do palmeiras estavam a beira do gramado comemorando o aniversário de um deles.

Está era a deixa perfeita.

— Aqui? — perguntou, com um ar provocador, mas ainda sorrindo.

Fechei a porta atrás de nós, aproximando-me dela.

— Ninguém vai aparecer, fica tranquila.

Eloísa me olhou por um instante, antes de se sentar no banco, seus olhos estavam  fixos em mim enquanto eu tirava a camisa devagar, deixando-a cair no chão.

Senti o olhar dela percorrer cada parte do meu corpo, e um arrepio percorreu minha pele. Havia algo naquele olhar, uma mistura de curiosidade e desejo que fazia meu coração bater ainda mais rápido.

Ela se levantou e, sem desviar o olhar, deslizou as mãos pelo meu peito, os seus  dedos exploravam cada linha e contorno do meu corpo, como se ela já não tivesse feito isso a pelo menos um milhão de vezes antes. Seu toque era suave, mas intenso, como se quisesse registrar cada detalhe.

— Tá me provocando, Zé? — murmurou, com a voz baixa, podia decifrar um tom de desafio que me deixava ainda mais atraído.

Sorri, tentando disfarçar o quanto aquele toque me afetava.

— Só pagando na mesma moeda, Eloísa.

Ela sorriu, inclinando-se para mim, sua mão ainda exploravam meu peito e depois deslizou-a para meus ombros. Os olhos dela eram como uma chama que parecia me consumir por dentro.

— Você sabe que eu gosto de cada minuto disso, né? —  sussurrou, seus  lábios estavam  tão perto dos meus que eu podia sentir sua respiração quente contra minha pele.

Aproximei meu rosto, deixando que nossos narizes se tocassem, e segurei seu rosto entre as mãos, com o polegar acariciando sua bochecha. Cada detalhe dela era perfeito; o calor da pele, o brilho no olhar, o toque suave dos dedos que me percorriam.

Tudo. Absolutamente tudo.

— Então me espera assim todos os dias.

Vi seus olhos transferem uma certa douçura misturada com malícia, que só ela sabia ter. Minha namorada trabalhava muito, estava quase sempre a viajar, então, quase não tínhamos esses momentos, como hoje.

Mas, todas as vezes que a gente nos ver, a nossa conexão era a mesma, sempre intensa e fogosa, além de sentir que a amo mais a cada dia que se passa.

Um pouco de saudades não era o fim do mundo. Ela amava o seu trabalho, e eu amava ver-la feliz. Então, não me importo de a ver somente  algumas vezes na semana, com tanto que isso signifique que ela esteja bem.

Elô pouxou-me para mais perto, com seus  braços se fechando ao redor do meu pescoço. E eu expandi os lábios em um risinho bobo.

— Esse é o plano, jogador — respondeu, encostando a testa na minha, antes de me beijar de novo, com uma ternura que, de alguma forma, parecia tão intensa quanto o desejo que queimava entre nós.

Naquele instante, com ela nos meus braços, percebi que não existia cansaço, treino, nada. Havia apenas nós dois, e era tudo o que eu precisava.

 Havia apenas nós dois, e era tudo o que eu precisava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pedido de: @Dudwly

Espero que você tenha gostado anjo. Desculpe a demora. Demorou, mas aí estar.

E você mero Humano, o que achou?
Bom? Ruim? Mais ou menos?
Comente e vote, é importante.

INVISIBLE PLAYERS | Jogadores Onde histórias criam vida. Descubra agora