- Quer dizer que Matthew Bellario foi com vocês no shopping ontem? -perguntou tia Áurea, feliz.
- Sim... Mas digamos que fui eu quem foi ao shopping com eles ontem.
Tomávamos o café da manhã às 09:00 da manhã, porque hoje meu dia inteiro seria dedicado à busca de empregos.
- Conseguiu encontrar um trabalho? -comi um morango, encarando minha tia com cara de "Ahá, peguei-na".
- Como sabia que eu estava à procura de um trabalho ontem? -encarou-me surpresa.
- Devias fechar o jornal para disfarçar melhor se não querias que eu visse a parte de "empregos". -tentei soar o mais inteligente possível.
O café terminou e eu subi para o quarto, louca para arrumar-me e correr para o táxi que chegaria em menos de cinco minutos.
Como não tinha experiência com nada relacionado à empregos e vendas, tia Áurea surgeriu que procurasse vagas em um fast-food, o playground do shopping ou até mesmo na Johnny Rockets. O principal problema seria encontrar um lugar que estaria disposto à me deixar trabalhar depois das aulas e das atividades extracurriculares.
- Olá? -disse ao chegar em frente ao balcão do estabelecimento.
- Bem-vinda ao Johnny Rockets, o que vai querer? -uma mulher de cabelos claros falou.
- Ahn, não comerei nada, gostaria de saber se sua equipe tem uma vaga disponível... -batia os dedos lentamente na bancada.
- Oh, me desculpe, mas não estamos precisando de funcionários. Caso um de nossos atendentes ou cozinheiros saírem, entraremos em contato para que você faça a entrevista.
Preenchi um pequeno formulário em um caderno cheio de nomes e números de telefone, o que me deixou apreenciva. Outras pessoas podiam estar precisando desse emprego também.
Vinte e três. Vinte e três lojas e restaurantes depois e nenhum estava precisando de um atendente, uma balconista ou uma simples cozinheira! Desse jeito, precisaria procurar trabalho em outros shoppings, longes de minha casa.
- Oi. -adentrei a cozinha de casa com a face mais inconsolável possível.
- O que aconteceu, querida? -Áurea acariciou meus cabelos encaracolados e soltos.
- Ai, tia, nenhum lugar tinha uma única vaga! Como vamos conseguir dinheiro enquanto você não trabalha?
- Oh, meu Deus, Anneliese! -balbuciou parecendo irritada -Ainda estão nos mandando a mesada do dia-a-dia que recebíamos durante o tempo que estávamos no reino. E eu também vou conseguir um emprego, com isso você poderá se concentrar unicamente nos estudos.
- Deixe-me trabalhar em algo pelo menos na primeira semana das aulas, ou mais, dependendo de minhas notas. Prometo que tirarei A+ em todos os exames! -juntei minhas mãos em posição de reza.
- Tudo bem... Mas só até que eu arrume um emprego, e você vai ter que tirar A++. -brincou.
Corri até a mesma, apertando sua bochecha com meus lábios, enquanto abraçava seu pescoço.
Depois de assistir um pouco de tevê segurando Kyla em meus braços, decidi pegar a coleira, buscar um sanduíche natural na Coffee and Reading e caminhar até o parque mais perto.
Peguei um sanduíche e uma garrafa de água para começar o passeio. Infelizmente, Lola, Kim ou Mabel não estavam na livro-cafeteria, o que me desanimou. Como iria encontrar as meninas novamente? Não tenho nenhum meio de comunicação para encontrá-las, e mal sei se estão na Denver Private School.
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American Princess
DiversosApós a morte de seu pai, Anneliese Geneviève Lendwort, princesa de um estado escondido no interior da França, precisa se mudar com sua tia para um pequeno vilarejo com apenas cinco anos, sendo obrigada a se esquecer de sua infância que havia vivido...