O mundo de Elizabeth Hughes não vai ser mais o mesmo após uma paixão do passado reaparecer para reencontrá-la no dia do seu aniversário. Tudo que ela acreditava sobre aquele homem vai mudar da noite para o dia, enquanto ela irá descobrir o amor em J...
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POV : JAMES B. BARNES
Despertei assim que os primeiros raios solares invadiram as janelas sem cortina da cabana.
O corredor que levava ao quarto estava completamente silencioso, denunciando que Elizabeth ainda não havia acordado, ou que estava com medo demais para sair.
Aproveitando o momento sozinho, dei uma boa olhada em tudo ao redor. Ainda faltavam muitos detalhes para que eu pudesse chamar aquela cabana de lar, mesmo que temporário.
Fora as janelas sem cortina, havia uma lista de coisas que eu precisava resolver. A cozinha estava sem nenhum mantimento, no banheiro havia apenas alguns itens de higiene que deixei para trás na última vez que estive aqui, e eu precisaria verificar o sistema de segurança, assim como o de luz e água.
Era estranho estar de volta.
Da última vez que pus meus pés aqui, eu estava completamente ensanguentado, e buscando um local seguro para me recuperar após minha última missão, mas mal tive chance de descansar quando Arthuro Goncharov, líder do submundo Russo, me solicitou novamente.
Saí por esta porta prometendo a mim mesmo que aquela seria a última vez. Minha merda com Goncharov já estava passando dos limites, mas o que eu não esperava, é que o filho da puta iria me designar em uma caçada sem fim aos seus traidores.
David Sinclair era só mais um na lista, e a medida que eu me aproximava do fim dela, eu arrastava todos os podres de Goncharov comigo, enquanto eu mesmo planejava trai-lo.
Senti meu telefone vibrar no bolso da calça, com uma mensagem de texto que indicava que Adam, meu único amigo de confiança, e hacker, havia chegado em Alexandria.
Passei rapidamente o endereço do nosso ponto de encontro e me arrumei para sair.
Graças a algumas roupas guardadas no carro, não precisei bater na porta de Elizabeth às 5h da manhã, e correr o risco de assusta-lá mais ainda, ou ser recebido com uma faca de serra no pescoço.
Não me obriguei a deixar nenhum bilhete, já que não pretendia demorar muito a voltar, mas optei por usar minha antiga moto, guardada no galpão, e deixar meu carro estacionado em frente a cabana, para caso ela visse, imaginasse que eu estava por perto e talvez não cometesse nenhuma besteira.
***
O mercadinho de esquina no bairro simples de Alexandria não levantava qualquer suspeita. As pessoas entravam e saiam e não davam a mínima pra minha presença nos corredores, demorando mais do que o necessário em alguma sessão aleatória enquanto aguardava a chegada de Adam.
Estava parado a vinte minutos na sessão de produtos de higiene quando o sino da porta balançou, indicando que mais um cliente havia entrado.
Graças aos meus instintos militares, pude ouvir os passos de Adam se aproximando quando ele me encontrou, e me virei minimamente em sua direção.
