O Dilúvio no Alasca

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E então nós partimos. A rota secreta permitiu que os carros avançassem com rapidez e discrição, e os helicópteros silenciosos voaram perto das nuvens daquela noite sombria.

Eu estava em um desses helicópteros, junto com a minha divisão. Drones voavam acima das árvores, alternando entre visão noturna e lente térmica. Com o auxílio das informações previamente obtidas, o nosso alvo foi encontrado.

Lá estava ele, dentro de uma fortaleza escondida nas árvores, observando os arredores do pátio central do Posto Avançado CT-14, da Organização Red Eyes. Ninguém mais precisava se referir àquele lugar como uma base da Sky Science. A verdade estava batendo à porta, e nossa missão também.

Os Homens dos Olhos Vermelhos estavam montando pontos de observação nos telhados e nas torres dos sentinelas, tudo isso para tentar proteger o animal, que estava dentro da base. Eu esperava que o animal estivesse tentando proteger o Posto Avançado e seus segredos, mas, na verdade, os Terroristas Red Eyes tinham que defender sua criação genética abominável.

Eles sabiam que estávamos chegando, então não houve conversa nem enrolação. "Ordens de ataque! Pulem, agora!"

O paraquedas foi a segurança perfeita para a investida em queda livre naquele céu triste e gelado em uma terra medonha e chuvosa. E sim, a chuva nos acertou em cheio bem no momento em que saltamos. Os ventos estavam fortes, e a água gelada batia em meu rosto de forma impiedosa.

Abaixo do horizonte do salto, eu pude ver luzes vermelhas piscando na estrutura militar, que estava pequena devido à distância entre mim e o solo. Mas os tiros e explosões podiam ser vistos nitidamente, e eu pude sentir a atmosfera da guerra em minhas veias.

E eu odeio essa sensação. Odeio hoje e também odiava naquela época.

Capítulo 4 :

O Dilúvio no Alasca

Abri o meu paraquedas quando a visão do fogo vermelho não se mostrava tão longe de meus pés e pousei no topo de uma das torres de observação do interior do Forte.

18 metros de altura me separavam do pátio interno onde o Urso Polar Sangue de Neve devorava todos que se aproximavam. Ao mesmo tempo, do lado de fora, vários soldados do Esquadrão de Caça Extrema avançavam contra os Red Eyes, e o conflito armado entre humanos contrastava com a destruição causada pela criatura da neve que se encontrava perdida em meio àquele caos.

Renato estava trocando tiros na entrada do forte, ajudando o Esquadrão a eliminar as forças inimigas, enquanto Paul e Peter estavam em outras estruturas altas, também no pátio, atirando no urso, tentando derrotar a fera.

Não sei onde Leon estava, mas fiz uma chamada pelo rádio e ele respondeu, dizendo que estava vivo e atirando - não sei no que, mas atirando.

Só eu não tinha puxado o gatilho ainda, e isso não fazia o menor sentido. Eu tinha o AK-47 em mãos, e meu fuzil M4 também estava comigo.

Não havia o que esperar; era hora de lutar. Nada de ansiedade, nada de glória e nada de fúria; eu precisava ser racional, precisava matar aquele bicho e, se necessário, enfrentar os Homens dos Olhos Vermelhos, sabendo que isso poderia significar a morte deles ou a minha.

Mudei minha posição, saltei da torre enquanto me segurava em um cabo de energia desativado que estava preso no topo. Ele se esticou e ficou pendurado enquanto eu balancei em meu salto como se estivesse brincando com um arpéu em uma escalada qualquer.

O cabo serviu como corda e impediu que eu me emborrachasse no chão e me impulsionou com seu balanço até o topo de um galpão velho, perto da torre e ainda no pátio. Soltei o arpéu improvisado e caí no teto barulhento enquanto puxava o AK-47.

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