Natália
Ainda parecia meio que surreal pra mim o fato de poder beijar Carol quando eu quisesse, ouvi-la me chamar de "amor" foi tipo uma das melhores sensações que já sentir na vida,1 depois que deixei ela no trabalho voltei pra galeria pois ainda tinha umas coisas para resolver por lá que eu tinha deixado de lado para ir vê-la, na verdade eu só fui mesmo porque em minha conversa com Pedro ontem ele questionou como seria depois que ela se mudasse, se eu tinha planos de ir com ela pro Canadá e bem, eu não soube responder, porque a gente não tinha chego nessa parte, Pedro me aconselhou a conversar com ela, e eu deveria fazer isso a noite, no nosso jantar, mas minha ansiedade realmente não deixou e eu me vi saindo correndo quando a minha reunião acabou e parando na panificadora mais próxima comprar um café da manhã para três.
No início foi meio estranho, Carol parecia nervosa e eu não sabia bem como agir, mas algumas palavras trocadas depois e a gente voltou ao nosso normal e a sensação de conforto que sempre rodeava a gente quando estávamos juntas se fez presente.
E eu não estava preparada para ouvir Carol dizer que não iria para o Canadá, meu coração quase parou quando ela disse que tudo o que ela precisava estava bem ali na frente dela.Eu amava tanto Carolina que as vezes sei lá, era difícil até de respirar, isso talvez não devesse ser considerado normal, mas tudo bem, porque eu nunca fui normal de qualquer maneira.
O dia realmente passou se arrastando, depois que voltei pra galeria, e na minha volta pra casa parei em uma loja para comprar um presente para Carol, talvez fosse um pouco cedo demais, rápido demias, porém pra mim estava tudo sendo como tinha que ser, chego em casa e tomo um banho um pouco demorado e resolvo vestir meu vestido azul escuro que tem a costa nua e fenda na lateral, minhas botas favoritas e pronto, coloco um pouco de perfume e um pouco de batom, perfeito!
Saio de casa do mesmo jeito que entrei, em completo silêncio, para que ninguém me visse, no caminho pra casa de Carol começo a me sentir nervosa, respiro fundo algumas vezes e presto atenção na estrada, afinal eu não vou querer sofre um acidente né?!
Não demoro muito pra chegar até lá, e rápido o porteiro me deixa subir, bato em sua porta depois de uma respiração profunda.
- Amoor - a voz que Carol usa para falar me faz ficar toda boba - já ia ligar pra você - sua fala agora vem acompanhada de um selinho
- Por que ?
- ah, você tava demorando - me dando espaço para entrar percebo o rosto dela corando profundamente, Carol era tão fofa
- A gente não marcou um horário, então achei que 20h00 estaria bem, nem muito cedo e nem muito tarde - coloco minha bolsa no sofá e me viro para olhá-la, ela estava vestindo uma camisa branca com um short preto, completamente a vontade e eu amava essa versão de Carol
- Verdade - ela se aproxima de mim e coloca as mãos em minha cintura - sentir saudades - seus olhos me encaram tão intensamente que fico até sem jeito.
- Você me viu de manhã
- Eu sempre vou sentir saudades de você - lá está a voz manhosa novamente e eu a abraço
- Se serve de consolo, eu também sentir sua falta a cada segundo do dia
- Verdade ?
- Sim
Ela sorrir tão lindamente pra mim e se aproxima ainda mais, colando nossos corpos, seu rosto próximo ao meu me faz fechar os olhos e sinto o nariz dela roçar no meu em um carinho me fazendo derreter um pouquinho mais antes dela me beijar, as mãos dela ainda em minha cintura e minhas mãos vão para trás de sua cabeça e eu a puxo mais pra mim, a língua dela invade minha boca me fazendo gemer, em um ato impensado da minha parte me sento no sofá e a puxo pro meu colo, o beijo só é quebrado quando a falta de ar é insuportável.