Na casa do ChaPeleiro

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Enquanto a festa chegava ao fim, as criaturas e amigos começaram a se dispersar, levando consigo risadas e lembranças da noite mágica. Alice ficou ali, parada, olhando para o céu estrelado. A alegria da festa ainda pulsava no coração dela, mas uma pontinha de solidão começou a surgir.

Foi então que ela sentiu um toque suave no ombro. Virando-se, encontrou o Chapeleiro, que a observava com aquele sorriso encantador.

(Chapeleiro) “Vamos, Alice! Hora de ir.”

(Alice) “Para onde?” perguntou ela, meio confusa.

(Chapeleiro) “Como você não tem onde ficar esta noite… que tal vir para minha casa?” ele sugeriu, com os olhos brilhando.

Alice hesitou por um momento. A ideia de passar mais tempo com o Chapeleiro era empolgante, mas também dava um frio na barriga.

(Alice) “Você tem certeza? Não quero ser um estorvo.”

(Chapeleiro) “De jeito nenhum! Minha casa é gigante e cheia de surpresas. E sua companhia é sempre bem-vinda!”

Enquanto caminhavam, o Chapeleiro contava sobre as bizarrices da sua casa—um lugar onde os relógios nunca marcavam a mesma hora e os móveis pareciam ter vida própria. Alice ria das histórias dele, se sentindo cada vez mais à vontade.

(Chapeleiro) “E isso é só o começo! Hoje à noite vamos ter chá… e quem sabe algumas histórias malucas!

Alice sorriu, sentindo-se  feliz  e bem acolhida.

Chegando na casa do ChaPeleiro...
Quando chegaram na casa do Chapeleiro, ele abriu a porta com um gesto dramático.

(Chapeleiro) “Bem-vinda ao meu lar! Prepare-se para uma noite cheia de surpresas!”

Alice estava totalmente encantada enquanto explorava a casa do Chapeleiro. Cada cômodo era uma nova surpresa: uma sala com um relógio de pêndulo que girava ao contrário, uma biblioteca onde os livros sussurravam em vez de serem lidos, e uma cozinha onde os utensílios dançavam como se estivessem em uma festa!

(Alice) “E então, como você conseguiu tudo isso?” perguntou ela, com os olhos brilhando.

(Chapeleiro) “Ah, minha querida Alice, aqui no País das Maravilhas, tudo é meio doido! As coisas têm vida própria. É tudo um pouco… diferente,” ele respondeu com um sorriso travesso.

Quando chegaram à sala de chá, o Chapeleiro começou a preparar a bebida. Ele usou uma chaleira que parecia sempre estar fervendo, mesmo sem fogo. Enquanto despejava o chá em canecas que mudavam de cor, ele começou a contar suas histórias malucas sobre as aventuras que já teve—encontros com a Rainha de Copas e desafios com o Gato Sorridente.

(Alice) “E aí, o que rolou quando você desafiou a Rainha?” ela perguntou, super curiosa.

(Chapeleiro) “Ah, isso é uma longa história! Mas posso te garantir que foi uma partida de croquet bem… interessante,” ele disse, rindo ao lembrar.

Enquanto conversavam e davam boas risadas, Alice percebeu que estava cada vez mais à vontade. O clima aconchegante da casa do Chapeleiro fazia suas preocupações sumirem. Eles trocavam histórias até que o relógio na parede começou a tocar.

(Chapeleiro) “Hora do chá!” anunciou ele dramaticamente, levantando sua caneca como se fosse um troféu.

Alice ergueu sua caneca também e brindou: “À amizade e às aventuras!”

O Chapeleiro sorriu e fez um gesto exagerado com o braço. “E que venham muitas mais!”

Depois de alguns goles do chá mágico—que parecia ter o sabor de todas as delícias do mundo—Alice se sentiu nas nuvens. O Chapeleiro teve uma ideia: cada um tinha que contar uma verdade e uma mentira sobre si mesmo. Alice adorou a brincadeira!

(Alice) “Ok! Minha vez! Eu já viajei pelo mundo… e eu também posso falar com flores!”

O Chapeleiro ficou pensativo por um momento. “Hmm… eu diria que falar com flores é a mentira.”

(Alice) “Acertou!” Ela riu. “Mas eu adoraria saber como seria isso.”

O Chapeleiro então compartilhou suas próprias verdades e mentiras—ele já dançou com um coelho e tinha um chapéu tão grande que poderia esconder um elefante. Alice não conseguia parar de rir, sabendo que no fundo sempre havia um pouco de verdade nas loucuras do País das Maravilhas.

Enquanto a noite avançava e as estrelas brilhavam lá fora, Alice sentiu que tinha encontrado não só um abrigo temporário, mas também um amigo verdadeiro no Chapeleiro.

CONTINUA…



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